
Curva de juros sofre inclinação com vértices longos pressionados, enquanto contratos curtos do DI Futuro mostram menor ajuste.
Os juros futuros encerraram o pregão desta quarta-feira, 17 de dezembro, em forte alta ao longo da curva de juros, refletindo um ambiente de maior aversão ao risco no mercado doméstico. O movimento foi marcado por uma abertura expressiva dos vértices da curva de juros, sobretudo nos prazos mais longos, enquanto os vencimentos curtos apresentaram variações mais contidas, resultando em uma curva mais inclinada e defensiva.
Destaques positivos e negativos da curva
Entre os ajustes do dia, o destaque negativo ficou para os contratos com vencimento em janeiro de 2033 (BMF:DI1F33), que avançaram 1,51%, encerrando a 13,74% ao ano, acompanhados de perto pelos contratos com vencimento em janeiro de 2031 (BMF:DI1F31), com alta de 1,49%, a 13,635%. Já no extremo curto da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) teve leve alívio, com queda de 0,02%, fechando a 14,90%, destoando do movimento predominante de alta observado no restante do DI Futuro.
Contratos de curto e médio prazo mais negociados
A liquidez permaneceu concentrada nos vencimentos intermediários, considerados os mais negociados do DI Futuro. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) lideraram o giro financeiro, com volume negociado de 994.676 contratos, seguidos pelos janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), que movimentaram 844.784 contratos, reforçando o interesse dos investidores nos vértices mais líquidos da curva.
Contratos de longo prazo mais negociados
Nos prazos mais longos, tradicionalmente mais sensíveis ao cenário fiscal e político, o destaque ficou para os contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29), com 602.794 contratos negociados, e para os janeiro de 2031 (BMF:DI1F31), que somaram 376.428 contratos. Esses vértices refletiram a maior exigência de prêmio de risco por parte dos investidores.
Fatores que movimentaram o mercado – ambiente doméstico
O avanço das taxas ao longo da curva esteve diretamente ligado ao aumento da percepção de risco no mercado brasileiro. A combinação de incertezas políticas e eleitorais para 2026 levou os investidores a demandarem retornos mais elevados, principalmente nos vértices longos da curva de juros, onde o impacto desse tipo de risco costuma ser mais intenso.
Política monetária no radar
Outro fator relevante foi a continuidade da leitura cautelosa da última comunicação do Banco Central. A sinalização de manutenção da Selic em nível restritivo por um período prolongado reforçou a precificação de juros elevados por mais tempo, sustentando a alta dos contratos futuros, sobretudo a partir dos vencimentos intermediários.
Volatilidade e mercado correlato
O pregão também foi marcado por maior volatilidade, potencializada por eventos técnicos na B3 e pelo desempenho negativo de outros ativos domésticos. A pressão observada no câmbio e no mercado acionário acabou se refletindo diretamente na curva de juros, ampliando o movimento de abertura das taxas.
Leitura do mercado
Na avaliação dos participantes, o comportamento dos juros futuros indica um mercado mais defensivo, com menor apetite ao risco e foco na proteção diante de um cenário ainda incerto para a economia brasileira e para a condução da política econômica nos próximos anos.
Expectativas para os próximos pregões
Para o curto prazo, analistas avaliam que a dinâmica da curva seguirá sensível a qualquer sinalização política ou fiscal, além das expectativas em torno da inflação e da trajetória da Selic. Movimentos de realização pontual podem ocorrer, mas o viés permanece de cautela.
Curva de juros em destaque
O fechamento desta quarta-feira reforça a leitura de uma curva de juros mais inclinada, com vértices longos incorporando prêmios adicionais, enquanto os contratos curtos seguem mais ancorados pela política monetária vigente.
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