
Os mercados globais iniciam esta quinta-feira, dia 11 de dezembro, em clima de maior cautela, com os índices futuros dos Estados Unidos operando no vermelho. O humor mais defensivo surgiu após o resultado trimestral da Oracle reacender preocupações sobre a sustentabilidade do ciclo de valorização das empresas de tecnologia, especialmente aquelas ligadas ao segmento de inteligência artificial — um dos motores da alta de 2024 e 2025. O desempenho fraco da gigante de software voltou a alimentar receios de que o mercado possa estar próximo de uma exaustão no apetite por tecnologia.
A reversão do sentimento ocorre apenas um dia após o Federal Reserve ter cortado sua taxa básica em 25 pontos-base, movimento amplamente antecipado pelos investidores e que havia impulsionado os mercados na sessão anterior. O alívio monetário nos Estados Unidos reforçou a percepção de que o banco central está confortável com o processo de desinflação, mas não ofereceu maiores sinais sobre a velocidade dos próximos cortes — fator que, por si só, já convidava a uma postura mais seletiva no pré-mercado.
O presidente Jerome Powell manteve o tom cuidadoso ao mencionar que o Fed pode “pausar” os ajustes, mas deixou claro que a decisão dependerá do fluxo de dados até a próxima reunião. A fala reforçou a leitura de que o movimento de ontem não representa, necessariamente, o início de um ciclo acelerado de afrouxamento. Isso contribuiu para o ajuste nos futuros de Nova York, já que parte do mercado esperava uma sinalização mais clara sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu pela manutenção da Selic em 15%, também sem fornecer indicações firmes sobre o comportamento futuro dos juros. O comunicado da autoridade monetária preservou o tom de vigilância sobre as pressões inflacionárias, alinhado a uma postura mais conservadora, embora as projeções internas apontem para um cenário mais benigno à frente.
As revisões baixistas para a inflação, destacadas no texto do Copom, reforçam a possibilidade de que o IPCA alcance o centro da meta já no segundo trimestre de 2027 — uma interpretação que tende a trazer algum alívio ao mercado de renda fixa e aos setores mais sensíveis aos juros. Ainda assim, a falta de sinalizações mais explícitas por parte da autoridade monetária mantém a curva de juros doméstica sensível ao noticiário.
Com juros elevados por mais tempo no Brasil e cortes graduais nos Estados Unidos, o ambiente continua favorável às operações de carry trade. A combinação de diferencial de juros elevado e menor aversão ao risco global tem oferecido suporte ao real frente ao dólar e ajudado na sustentação do Ibovespa, que vem demonstrando resiliência mesmo em dias de maior volatilidade internacional.
No pré-mercado desta quinta-feira, os futuros da bolsa brasileira acompanham o movimento mais contido dos Estados Unidos, embora o mercado local conte com o apoio do fluxo estrangeiro atraído pelos rendimentos elevados. A força das empresas ligadas à economia doméstica e o desempenho estável das commodities tendem a limitar a intensidade de qualquer correção na abertura.
Ainda assim, o noticiário internacional continuará ditando o ritmo do dia. A repercussão do balanço da Oracle deve seguir no radar, especialmente porque qualquer sinal de fraqueza nas empresas de tecnologia costuma contaminar outros segmentos, dada a sua relevância nos principais índices globais. Investidores monitoram também indicadores a serem divulgados ao longo do dia, que podem ajustar rapidamente as expectativas para inflação e crescimento.
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