
Trabalhadores rejeitam contraproposta da estatal e confirmam paralisação para segunda-feira (15/12), elevando tensões nas negociações do ACT e reacendendo debates sobre benefícios, Petros e remuneração na B3.
A Petrobras (BOV:PETR4), um dos principais ativos da bolsa de valores brasileira, entrou oficialmente em estado de alerta diante da aprovação de uma greve nacional pelos trabalhadores do Sistema Petrobras a partir da zero hora de segunda-feira (15/12). A decisão foi comunicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), após a categoria considerar “insuficiente” a segunda contraproposta apresentada pela companhia para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Segundo a FUP, o documento entregue pela companhia na terça-feira (09/12) não avançou em pontos-chave que vêm sendo negociados desde o início das tratativas. A entidade destaca que demandas centrais, especialmente relacionadas ao equacionamento dos déficits da Petros, continuam sem resolução, afetando diretamente aposentados e pensionistas.
A greve ocorre em um momento em que a Petrobras busca manter estabilidade operacional. Uma fonte da estatal afirmou à Reuters que não há risco para produção ou operação e que a empresa utilizará todos os mecanismos de contingência necessários. Esse tipo de mobilização, quando curto, raramente impacta o volume produzido. Ainda assim, o movimento traz pressão política e sindical em plena negociação salarial.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, destacam-se: solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros; melhorias no plano de cargos e salários; recomposição sem vínculo a mecanismos de ajuste fiscal; e manutenção de benefícios históricos da categoria. Segundo a FUP, a rejeição da contraproposta levará os sindicatos a notificar oficialmente a Petrobras sobre a paralisação ainda nesta sexta-feira (12/12).
A Petrobras, até o momento, não comentou publicamente a decisão da categoria. Internamente, porém, uma fonte da companhia classificou a mobilização como “estratégia de negociação”, afirmando que o pleito por aumento real e bonificação é natural em uma empresa lucrativa e independente, que distribui dividendos relevantes aos acionistas.
Enquanto isso, aposentados e pensionistas retomaram uma vigília presencial no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro, reforçando pressão por avanços nas negociações relativas aos equacionamentos da Petros. Paralelamente, representantes da categoria cumprem agendas em Brasília, com reuniões no governo federal para tratar do tema.
Reação do mercado e desempenho da ação PETR4 no pregão desta quarta-feira (10/12)
Às 14h04, Petrobras (BOV:PETR4) registrava queda de 0,56%, cotada a R$ 31,68, recuando frente à abertura de R$ 31,88, em linha com o movimento cauteloso do mercado diante das negociações trabalhistas. A ação já variou entre a mínima de R$ 31,54 e a máxima de R$ 31,97 no dia.
Sobre a Petrobras (PETR4)
A Petrobras é a maior companhia integrada de energia do Brasil, com operações em exploração, produção, refino, logística e comercialização de petróleo, gás natural e derivados. Listada na B3 (BOV:PETR4) e na NYSE (NYSE:PBR), disputa mercado com players globais de energia e grandes refinadoras. É tradicionalmente uma das ações mais negociadas entre investidores que acompanham dividendos, políticas de preço, governança e ciclos de commodities.
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