Petrobras manterá postura seletiva em leilão de áreas, diz Parente
27 Março 2018 - 1:34PM
ADVFN News
O presidente da Petrobras (BOV:PETR3)
(BOV:PETR4), Pedro Parente, disse nesta terça-feira(27)
que a estatal continuará mantendo uma postura seletiva na
15ª Rodada de Áreas que a Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP) realizará nesta
quinta-feira (29), embora a companhia mantenha como objetivo
aumentar o seu portfólio exploratório.
“Vamos entrar de maneira seletiva, vamos continuar, pelo menos
tentar, a aumentar o nosso [portfólio], mas não sabemos se vamos
ganhar”, disse Parente. Ele admitiu que a tendência da companhia é
manter a política de parceria com outras empresas nos campos que
exigirem maior volume de investimentos.
“Já deixamos claros que nesses campos mais custosos, o modelo
ideal é o de parceria, mas se vamos entrar como operador ou não
isso vai depender das conversas com os parceiros”.
O presidente da Petrobras disse que há a possibilidade de que,
geologicamente, algumas das áreas ofertadas possam ser do pré-sal
e, por isso mesmo, ele acredita que o leilão de quinta-feira será
bastante disputado.
“Se imagina, geologicamente, que alguns campos sejam pré-sal,
legalmente não são. Mas é uma fronteira e de fato são campos que
podem ter um interesse importante. Acho que nós temos que aguardar
o leilão, mas nós, volto a afirmar, vamos estar olhando para esses
campos de maneira seletiva. Mas [por essa possibilidade se ser
pré-sal] isso tem que ser visto em conjunto, porque esses campos
são contínuos à áreas do pré-sal. Então, a nossa avaliação, sempre,
dentro da gestão de portfólio, é a de que tem que se olhar os dois
leilões em conjunto”.
Sobre o folego da Petrobras para essa rodada, Parente lembrou
que a empresa tem orçamento [disponível], mas que também obedece a
limites. “Temos orçamento e temos um processo de governança dentro
da empresa que estabelece limites”.
Repetro
Em palestra realizada na apresentação do Plano de Negócios e
Gestão da Petrobras 2018/2022, realizado na Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da Petrobras
admitiu a possibilidade de que a não adesão do Rio de Janeiro ao
Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens
Destinados à Exploração e à Produção de Petróleo e Gás Natural
(Repetro), em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio
de Janeiro (Alerj), poderá levar empresas a deixar o estado e até o
país, com prejuízos à economia.
“É muito importante que a Alerj considere isso ao deliberar
sobre o assunto, pois a decisão terá consequências que poderão ser
extremamente danosas para aqueles que eles [os deputados] estão a
representar”.
Um pouco antes, ao abrir o evento, o presidente da Firjan,
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, já havia chamado a atenção para a
possibilidade de o Rio perder empresas e investimentos para outros
estados, condenando os efeitos negativos de uma possível não adesão
do estado ao Repetro.
“A maioria dos políticos do estado tenta destruir um negócio por
conta de um passivo que o setor econômico não tem nada a ver.
Imaginar que a margem do barril do petróleo é infinita, é uma
imagem completamente distorcida. Uma coisa é a crise
econômico-financeira em que o Rio se meteu e a gente não sabe bem
por que”.
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