CCR quer investir em novos projetos de infraestrutura
08 Abril 2019 - 2:24PM
ADVFN News
A CCR (BOV:CCRO3) vê como possibilidade elevar
seu endividamento para aproveitar novas oportunidades de
investimento. Segundo o presidente da companhia,
Leonardo Vianna, a CCR vê espaço de alavancagem de R$ 5 bilhões
para aproveitar novas oportunidades.
Vianna afirmou, durante evento com analistas e investidores, que
está na hora da empresa buscar novos investimentos. Com relação a
projetos em São Paulo, onde a companhia tem uma série de concessões
que se encerram até 2022, o comando da CCR acredita que a maior
oportunidade no curto prazo é desenvolver negócios dentro dos
contratos atuais.
“Temos mais de R$ 3,6 bilhões em investimentos projetados para
contratos existentes em São Paulo”, afirmou Vianna. Mais cedo, o
governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou que tem a
intenção de renovar todos os contratos de concessões estaduais que
vencem até o fim de seu mandato.
O maior grupo de infraestrutura do país também pretende reformar
sua estrutura de governança corporativa. Em 18 meses, a companhia
espera apresentar ao conselho de administração uma proposta de
revisão dos instrumentos de governança e controle, disse Pedro
Sutter, vice-presidente de compliance da companhia.
Sutter não citou diretamente as investigações que a empresa
enfrentou nos últimos meses, mas defendeu mudanças no modelo de
governança — há tempos apontado como referência para o mercado.
“Nós não vamos descansar enquanto a governança não for estruturada
para lidar com novos desafios”, disse Sutter.
A revisão será baseada em 12 frentes. Serão analisadas, por
exemplo, as ferramentas de controle, as políticas de transação, o
regulamento dos conselhos, a política de sucessão e a de
remuneração dos executivos. Fora isso, a CCR quer revisar seu
código de ética e conduta, para simplificá-lo e criar uma “política
de consequências”. “É importante saber quais são as consequências
para a não conformidade dentro da empresa”, disse Sutter.
Um dos pilares da nova estrutura de governança, segundo o
vice-presidente, será o exemplo da alta administração. “É o apoio
das lideranças, o compromisso de fazer a coisa certa custe o que
custar”, disse ele.
O envolvimento de executivos da companhia em malfeitos,
inclusive o ex-diretor-presidente, Renato Vale, culminaram na
assinatura de um acordo de autocomposição da companhia em São Paulo
e no de leniência no Paraná. Segundo Leonardo Vianna, que assumiu a
presidência após a saída de Vale, a revisão faz parte de um
“processo de aprimoramento”. “Sempre fomos destaque em governança e
queremos aprimoramento contínuo”, disse Vianna.
As informações são do jornal Valor Econômico
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