A Eletrobras informou que a usina nuclear Angra 2, da subsidiária Eletronuclear, iniciou parada para manutenção e reabastecimento de combustível nuclear, com duração inicial prevista de 22 dias. A previsão é de que Angra 2 esteja de volta ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no início da segunda quinzena de agosto.

Segundo a estatal (BOV:ELET3) (BOV:ELET6), durante as inspeções realizadas nesta parada, foi detectada, nos elementos combustíveis carregados no último ciclo de operação, uma oxidação superficial “inesperada” no revestimento dos tubos que contém as pastilhas de urânio enriquecido.

A estatal destaca que o incidente não comprometeu a segurança e o desempenho da usina de Angra 2, que operou continuamente por 13 meses, registrando inclusive o recorde de produção em 19 de junho, com a marca de 200 milhões de megawatts-hora (MWh) gerados desde 2001.

Os testes serão realizados pela empresa responsável pelo projeto da usina, que dependerão da chegada dos equipamentos necessários e dos técnicos estrangeiros à central nuclear, com previsão de início para a segunda quinzena de setembro.

“O objetivo é determinar as causas da oxidação e verificar a viabilidade da utilização destes elementos combustíveis por mais um ciclo operacional, conforme planejado. Todos os resultados serão submetidos à análise do órgão licenciador, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)”, acrescenta a Eletrobras.

Para viabilizar o retorno da operação de Angra 2 no menor tempo possível e, segundo a empresa, seguindo todos os protocolos de segurança, a Eletronuclear substituíra todos os 52 elementos combustíveis, que ainda serão inspecionados, para o próximo ciclo de operação.

Parte desse elementos combustíveis será substituída por 24 elementos novos e que já estavam prontos para uso na usina e por outros 28 elementos usados e que estavam armazenados na piscina de combustível usado de Angra 2. A nova configuração de reabastecimento do núcleo do reator permitirá o funcionamento da usina para um ciclo aproximado de nove meses.

2T20

Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras – divulgou lucro líquido de R$ 4,59 bilhões no segundo trimestre de 2020, uma queda de 17% sobre o lucro líquido de R$ 5,56 bilhões apurados no mesmo trimestre do ano passado.

Leia a seguir a íntegra do documento

“Centrais Elétricas Brasileiras S/A (“Companhia” ou “Eletrobras”) (B3: ELET3, ELET5 & ELET6; NYSE: EBR & EBR.B; LATIBEX: XELT.O & XELT.B) informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que em 22 de junho de 2020, conforme programação, foi iniciada a parada para manutenção e reabastecimento de combustível nuclear na Usina de Angra 2 (“Angra 2”), da subsidiária Eletrobras Termonuclear S.A. – Eletronuclear (“Eletronuclear”), com duração inicial prevista de 22 (vinte e dois) dias. A cada reabastecimento, é substituído cerca de um terço dos elementos combustíveis do reator. Durante as inspeções realizadas nesta parada, foi detectada, nos elementos combustíveis carregados no último ciclo de operação, uma oxidação superficial inesperada no revestimento dos tubos que contém as pastilhas de urânio enriquecido, o que requererá rigorosos testes de inspeções para uma avaliação deste evento. Vale destacar que esse incidente, em nenhum momento, comprometeu a segurança e o desempenho da usina de Angra 2, que operou continuamente por 13 meses, tendo inclusive batido seu próprio recorde de produção no último dia 19 de junho de 2020, com a marca de 200 milhões de MWh gerados desde 2001. Os testes serão realizados pela empresa responsável pelo projeto da usina, os quais dependerão da chegada dos equipamentos necessários e dos técnicos estrangeiros à central nuclear, com previsão de início para a segunda quinzena de setembro de 2020. O objetivo é determinar as causas da oxidação e verificar a viabilidade da utilização destes elementos combustíveis por mais um ciclo operacional, conforme planejado. Todos os resultados serão submetidos à análise do órgão licenciador, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (“CNEN”). Para viabilizar o retorno da operação da Usina de Angra 2 no menor tempo possível e seguindo todos os protocolos de segurança, a Eletronuclear está substituindo todos os 52 (cinquenta e dois) elementos combustíveis, que ainda serão inspecionados, para o próximo ciclo de operação. A substituição destes elementos combustíveis está sendo feita em parte por 24 (vinte e quatro) elementos combustíveis novos e que já estavam prontos para uso na Usina de Angra 3 e 28 (vinte e oito) elementos combustíveis usados e que estavam armazenados na piscina de combustível usado (PCU) de Angra 2. Essa nova configuração de reabastecimento do núcleo do reator permitirá o funcionamento da usina de Angra 2 para um ciclo aproximado de 9 (nove) meses. As demonstrações financeiras da Eletronuclear reportadas na data base de 30 de junho de 2020 não contém os efeitos destes eventos, uma vez que a Eletronuclear ainda avaliará a viabilidade da utilização integral dos 52 (cinquenta e dois) elementos combustíveis a serem ainda inspecionados. Também não foi possível ainda mensurar os impactos da perda de receita que a Eletronuclear irá incorrer devido aos acréscimos de dias de interrupção não planejada. A Companhia informa que a Eletronuclear já obteve a aprovação da CNEN para o carregamento do núcleo do reator, ocorrida por meio do Ofício nº 97/2020-DRS/CNEN de 5 de agosto de 2020, e, até a data de aprovação das demonstrações financeiras, aguarda a aprovação final do Relatório do Projeto Nuclear e Termohidráulico (RPNT) para retorno de sua operação. A Companhia tem a expectativa de retorno da usina de Angra 2 ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no início da segunda quinzena do mês de agosto de 2020”.

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