O balanço do terceiro trimestre da Profarma trouxe um resultado
expressivo no lucro líquido. Ela reverteu prejuízo e reportou lucro
líquido de R$ 29,4 milhões no 3T20, o melhor resultado em oito
anos.
No acumulado dos nove meses de 2020, o lucro líquido ficou em R$
25,8 milhões, um resultado superior em R$ 33,2 milhões na
comparação com o mesmo período de 2019, quando o prejuízo líquido
foi de R$ 7,4 milhões.
Os resultados da Profarma (BOV:PFRM3)
referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2020 foram
divulgados no dia 04/11/2020.
→ A Profarma é uma empresa do setor de saúde que atua com
distribuição, especialidades e varejo. Confira
a análise completa da empresa com informações
exclusivas.
O resultado do Ebitda (lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) mostrou uma evolução de 36,5%, o que
equivale a um montante de R$ 69,8 milhões. No mesmo período de
2019, o Ebtida ficou em R$ 51,1 milhões.
Já a margem Ebitda saiu de 4% no terceiro trimestre de
2019 para 5,3% no mesmo período deste ano.
A dívida líquida/Ebitda ficou em 0,6x contra 2,4x apresentados
no terceiro trimestre de 2019.
A receita líquida teve aumento, de 5%, saindo de R$ 1,26 bilhão
para R$ 1,32 bilhão.
Em se tratando da receita bruta, esta cresceu 4,4% em relação ao
3T19. O montante subiu de R$ 1,467 bilhão para R$ 1,532 bilhão.
Outras informações do balanço
O endividamento da Profarma teve uma significativa queda, saindo
de 2,4x para o,6x. Segundo a empresa, isso se deu em virtude da IPO
da rede de drogarias d1000.
O nível de serviço da Profarma também surpreendeu, atingindo o
recorde histórico de 92%.
O patrimônio líquido da empresa saltou de R$ 984 milhões para R$
1,081 bilhão quando se compara o resultado do 3T20 com o do
3T19.
Teleconferência
Teleconferência, onde serão discutidos os resultados do 3T20,
apresentado pelos Srs. Sammy Birmacker, CEO do Grupo, e Max
Fischer, Vice-Presidente de Finanças e Relações com
Investidores.
A gente apresentou um crescimento de receita de 4,4% em relação
ao ano anterior, atingindo R$1,5 bilhão, com uma margem bruta de
15,3%. Conseguimos, em mais um trimestre, apresentar diluição das
despesas de SG&A, nesse caso, em 1 ponto percentual, atingindo
10% da receita líquida.
Conseguimos também um crescimento bastante significativo do
nosso EBITDA, 36% de crescimento, batendo 5,3 de margem EBITDA e
quase 70 milhões, 69,8 milhões de EBITDA. Advento da melhoria
operacional do Grupo e também pelo IPO da d1000 conseguimos uma
significativa redução da alavancagem da Companhia, saindo de 2,4x
para 0,6 dívida/EBITDA.
E atingimos o maior lucro no trimestre desde 2012, agora fazendo
R$29,4 milhões. A gente teve um trimestre bastante interessante.
Foi impactado positivamente pelo aumento de preço, mas não é a
única razão da melhoria dos nossos resultados. Na verdade, é a
consequência de vários bons trimestres onde nós fomos conseguindo
acertar todos os detalhes e estratégias da operação.
A receita bruta atinge, no ano de 2020, 4,6 bilhões, 13,3% maior
em relação ao mesmo período do ano passado, mantendo uma média de
crescimento de dois dígitos nos últimos oito trimestres, mais ou
menos uns 14%. Essa evolução é, principalmente, por causa do
crescimento de 16% nas vendas da distribuição. Lembrando que o
crescimento médio anual do mercado nos últimos três anos, e nesse
último ano também, foi de 8%.
Outro destaque foi a redução das despesas operacionais, 12%, 1.4
pontos percentuais na comparação com o ano anterior. Isso vem de
sucessivas reduções trimestre a trimestre desde final de 2017. E
vale ressaltar que, tanto a distribuição quanto o varejo, d1000,
têm uma parcela relevante das despesas fixas. Então, a diluição é
uma alavanca muito importante para a geração de valor da
Companhia.
Agora, falando um pouco do EBITDA, a soma do crescimento
contínuo que a gente viu com expansão de lucro bruto, aliado à
redução das despesas operacionais, aparece no EBITDA, que acumulou
quase 170 milhões no ano, 23% acima do mesmo período do ano
passado, com um ganho de 8% na margem operacional, atingindo 4,1%
neste período acumulado de nove meses. Agora falando do lucro
líquido, só comentar um pouco sobre a dívida que o Sammy comentou.
A queda de 75% para 0,6x dívida líquida/EBITDA, obviamente, foi
impactada positivamente pelo aumento de capital da d1000, mas
também dois outros aspectos são muito importantes.
E a gente gerou nestes últimos 12 meses um caixa perto de 50
milhões, e a evolução do resultado operacional, LTM dos últimos 12
meses, o resultado cresceu quase 20%, chegando a 220 milhões.
Então, essa combinação de redução de dívida com aumento do EBITDA,
que a gente já vem entregando há alguns anos, nos últimos dois
anos, pelo menos, levou o endividamento a cair nessa proporção. O
lucro líquido, consequentemente, também tem esse impacto positivo.
A gente acumula 26 milhões no ano.
E esse resultado é fruto da evolução operacional do Grupo e
também da queda do nível de endividamento ao longo desses últimos
doze meses e agora muito mais pelo IPO do varejo. Lembrando que
tanto no EBITDA como no lucro líquido, esse é um ponto que o Sammy
abordou também, a gente não tem ainda os impactos positivos do
varejo que, até agora, teve um crescimento limitado, pela estrutura
de capital, acompanhada pelo mercado, até meados do semestre
passado, e impactado também nesses últimos dois trimestres pela
pandemia.
Embora no último trimestre, o varejo já tenha recuperado bem. Na
distribuição, a gente apresentou um crescimento… (desculpe, esse
resultado é só do trimestre, tá? Comparando o 3T20 com o 3T19.) …um
crescimento perto de 6%, 6,6%, desculpe, acumulando no ano uma
evolução de 16%. Esse crescimento foi, principalmente, ligado ao
aumento no número de clientes e, também, pela alteração do perfil
de consumo que começou o início da pandemia e continua até agora,
que é a mudança de consumo das grandes redes para as farmácias
independentes, que eram um dos nosso focos, já tem uns dois, três
anos que a gente vem aumentando a nossa participação nesse segmento
de cliente.
O lucro bruto foi de 18% maior, aqui tem um impacto, como o
Sammy falou, do aumento de preço. Mas no acumulado do ano que
elimina esse fator, porque torna as bases mais comparáveis, o
crescimento foi de 12%, que é muito importante. A gente chama essa
da segunda alavanca de resultado. Quando você tem um negócio de
escala que precisa crescer, o lucro bruto precisa crescer 70, 80%
desse crescimento. E isso acontece nesse período como a
distribuição. Isso reflete junto com a redução de despesas no ganho
operacional de margem.
Falando de lucro… com o aumento do lucro bruto, como eu falei, e
a diminuição de 12% nas despesas operacionais, o EBITDA cresce 55%,
atingindo 45 milhões no trimestre, e acumulando no ano 100 milhões,
104 milhões, quase 50% maior em relação ao mesmo período do ano
passado. Uma coisa importante também de ressaltar é que, ao longo
dos últimos cinco trimestres, a gente percebe uma expansão gradual
da margem EBITDA, consistente, de 0,4 pontos percentuais em média
nesse período.
E já nesse ano, a gente já percebe nos nove meses acumulados,
uma expansão de mais 0.6 pontos percentuais, comparando com o mesmo
período do ano passado, e aqui atingindo 2.8%. Falando agora de
lucro líquido. O lucro líquido de 27 milhões é 400% maior. É muito
importante esse número para a gente. A gente, acho que desde 2012,
a gente não tem um lucro perto, tanto no consolidada quanto na
distribuição, nesse nível e é mais importante porque ele é
sustentável, ele não é um ponto fora da curva.
Esse lucro vem da evolução operacional de gestão eficiente de
capital de giro, acumulando, a gente olha só a distribuição,
acumulando quase 41 milhões, nesse período, 380% maior que o mesmo
período do ano passado.
VISÃO DE MERCADO
Eleven Financial
No terceiro trimestre a Profarma reportou resultado positivo e
acima das nossas expectativas já otimistas. Os seus dois segmentos
apresentaram ganhos de eficiência. Seguimos construtivos com a tese
de investimento. Seguimos positivos com a tese de investimentos.
Este é mais um resultado que reforça a consistência e evolução da
companhia. Reforçamos que vemos como uma vantagem o modelo
integrado entre distribuição e varejo juntamente com o bom trabalho
de contenção de custos e despesas que está sendo realizado.
A Eleven mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$
9,00.
PROFARMA ON (BOV:PFRM3)
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De Abr 2024 até Mai 2024
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