O ano de 2020 foi fatídico para muitas empresas, porém, no
acumulado dos nove meses, quando ainda nem se tinha uma perspectiva
de vacina contra a epidemia, as ações da Cyrela (BOV:CYRE3)
performavam no positivo, marcando mais de 13%.
Mas qual foi o grande diferencial da companhia para continuar
recebendo investimentos mesmo quando o mercado inteiro estava mais
retraído? De acordo com os analistas da Toro Investimentos: “A
Cyrela (CYRE3) se destaca dentro do setor por uma gestão de
qualidade, um operacional sólido, além de um portfólio que se
diferencia pela qualidade e foco no segmento de alta renda, que
tende a ser mais resiliente”.
Isso somado ao fato de que a pandemia fez as pessoas repensarem
sua relação com a moradia – e até mesmo a convivência com seus
familiares em um mesmo espaço – foi um chamariz para que essa
empresa especializada em incorporação e construção de imóveis
tivesse uma visibilidade, mesmo em meio à maior crise de saúde
mundial da atualidade.
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC), em sua pesquisa de Indicadores Imobiliários Nacionais, as
vendas de imóveis vinham aquecidas desde 2018, porém a epidemia
desestabilizou os resultados. Ao contrário das expectativas
pessimistas, a retomada do desempenho ocorreu muito antes do
previsto. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o número de
vendas de imóveis novos subiu 8,4% quando comparado ao mesmo
período do ano anterior. Já em se tratando do segundo trimestre de
2020, quando houve as maiores perdas, o resultado do 3T20 foi 57,5%
superior.
Quanto a isso, vale destacar que o pior desempenho da Cyrela
seguiu a tendência do mercado: ocorreu no segundo trimestre do ano,
quando foi realmente o auge das contaminações, o que contaminou
também o lucro líquido dela, que saiu de R$ 114 milhões no 2T19
para apenas R$ 68 milhões no 2T20, com um consumo de caixa de R$ 69
milhões, contra uma geração de caixa de R$ 13 milhões no 1T20 – só
para se comparar, no 2T19, a geração de caixa havia ficado em R$
196 milhões.
Já no terceiro trimestre de 2020 (pasme!), o lucro líquido dela
subiu estratosféricos 1.200% no comparativo com o mesmo período de
2019, ficando em R$ 1,41 bilhão, com uma geração de caixa de R$ 745
milhões. Comparado ao lucro do segundo trimestre, o resultado do
terceiro foi uma alta de 1.900%! E não foi só o aumento das vendas
de imóveis que justificou tudo isso.
De acordo com a empresa, o que também impactou principalmente na
geração de caixa foram as IPOs das suas joint-ventures
Plano & Plano (PLPL3), Cury (não é o Augusto, e sim CURY3) e
Lavvi (LAVV3). As duas primeiras operam empreendimentos de baixa
renda, enquanto a Lavvi tem foco nos imóveis de médio padrão.
Vamos aproveitar e dar uma olhada em como andam os papéis dessas
empresas, ainda estreantes na bolsa?
Obs.: a última cotação data de 4 de dezembro de 2020.
Esse gráfico é exclusivo, feito especialmente para você que está
acompanhando este artigo, mas é possível ver uma análise minuciosa
de todas essas empresas com o scanner
ADVFN. Como sempre, o conhecimento fica sendo o
melhor investimento!
E o investimento aumenta também após todo esse período
conturbado de 2020. A pesquisa da CBIC mostrou mais um dado
interessante: o quanto a pandemia interferiu na intenção de compra
de um imóvel novo. Em abril, 11% dos entrevistados para a pesquisa
relataram terem sido motivados pelo vírus do isolamento, em junho a
porcentagem chegou a 15% e em outubro marcou 14%, um aumento
gradativo que tende a se manter.
Segundo Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain Inteligência
Estratégica, e que comenta os resultados publicados pela CBIC, “dos
46% de pessoas que a pesquisa indicou em outubro que têm intenção
de comprar, 13% já estão procurando imóveis. Esse é um número
importante, pois significa que estamos 5% acima da média de antes
da pandemia”. E, com mais demanda chegando, os números da Cyrela
também tendem a ir cada vez mais alto e ela se manter nessa
passCyrela de sucesso.
Como ela chegou até aqui
Quem vê hoje os empreendimentos de alto padrão da Cyrela não
imagina como foi o começo dessa empresa. Na verdade, esse começo
tem um nome: Elie Horn, um sírio que desembarcou no Brasil ainda
jovem, com seus 11 anos, e que já na adolescência aprendeu o ofício
da construção civil (pesado, diga-se de passagem) e também o valor
do dinheiro suado.
Embora a Engenharia Civil teria sido uma opção de estudos para
ele devido ao seu trabalho, decidiu cursar Direito e fundou sua
própria construtora, trocando o trabalho dos músculos físicos pelo
intelectual, para fazer sua companhia crescer. Em 1962 surgiu, em
São Paulo, a Cyrela.
Horn é o típico self-made man, que começou sem um
tostão, mas hoje é um filantropo que doa sua fortuna para diversas
ações. Atualmente, ele não atua mais na companhia, porém sua
história precede sua imagem de grande empresário brasileiro.
A companhia começou realizando incorporações residenciais e
comerciais e terceirizando os serviços de mão na massa – as
construções e as vendas. Porém, no começo da década de 80, foram
criadas as subsidiárias Cyrella Construtora e Seller, para então a
própria empresa de Horn poder dar o seu toque às obras.
Em 1994, Horn já havia criado uma joint-venture com a
companhia argentina IRSA, dando origem à Brazil Realty, incluindo
de vez a empresa nos projetos de empreendimentos de alto padrão.
Apenas dois anos depois as ações já estavam listadas na bolsa de
valores e, em 2002, o total de participação na empresa foi
adquirido por Horn.
Foi em 2005 que a então denominada Cyrela Brazil Realty S.A.
Empreendimentos e Participações (CBR) fez sua IPO. De lá para cá,
ela criou suas subsidiárias, como é o caso da já mencionada Plano
& Plano e muitas outras. Em 20174, ela oficializou sua
participação na Tecnisa (TCSA3) em mais de 13%, uma importante
companhia também de incorporação, construção e venda de imóveis
pelo Brasil – e que também tem ações negociadas na bolsa de valores
brasileira.
Veja como está a performance das ações da Tecnisa (TCSA3) neste exato momento. E
aproveite para conferir outras informações exclusivas sobre ela e
todas as empresas que você tem em carteira.
E as ações da Cyrela, como estão?
Se você tivesse investido R$ 10.000,00 nas ações da companhia lá
em 2005, quando ela estreou na bolsa de valores, cinco anos depois
você teria um total acumulado de mais de R$ 68.000,00. Em 2019,
seria superior a R$ 84.000,00. Em novembro de 2020, com a retomada
dos números das companhias em geral, seu acumulado estaria por
volta de R$ 92.000,00.
→ Quer saber como seria o desempenho do seu investimento nas
outras empresas que tem em carteira? Acesse o scanner
ADVFN!
O scanner ADVFN também vai te mostrar, por exemplo, que a Cyrela
é uma boa pagadora de dividendos, revelando seu desempenho dos
últimos 24 anos. Não só isso, você pode analisar ainda as
concorrentes, que são muitas.
Só para te dar um gostinho de tudo o
que pode ver por lá, confira o gráfico de desempenho de algumas
dessas concorrentes da Cyrela e perceba como ela anda performando
diante dos seus pares no segmento, entre eles Eztec (EZTC3), MRV
(MRVE3), JHSF Participações (JHSF3) e Even (EVEN3).
Obs.: a última cotação data de 4 de
dezembro de 2020.
Quer saber muito mais sobre a Cyrela para realmente tirar a
prova real de se ela é uma boa empresa para você ter em carteira?
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que traz conteúdo atualizado e em primeira mão para você ficar
sabendo de tudo.
E deixe seu comentário aqui e compartilhe o conteúdo com seus
amigos e colegas investidores. Será que eles também não gostariam
de saber mais sobre a Cyrela? É uma boa oportunidade para conhecer
ainda mais sobre ela. Aproveitem e bon$ investimento$!
CYRELA REALT ON (BOV:CYRE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
CYRELA REALT ON (BOV:CYRE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024