Uma empresa precisa ter energia de sobra para encarar o mercado
financeiro, e é por isso que entrevistamos Maurício Botelho, CFO da
Energisa (BOV:ENGI3), (BOV:ENGI4) e (BOV:ENGI11), empresa com 116
anos de história – e só isso já faz da Energisa o maior grupo
privado do setor elétrico nacional e também o maior na Amazônia
Legal.
Os investidores adoram essa empresa por ser uma das primeiras a
abrir capital no Brasil, em 1907. A companhia possui uma das
operações mais robustas e completas do campo energético brasileiro.
Ao todo são 11 distribuidoras, com presença em Minas Gerais,
Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Tocantins, São Paulo, Paraná, Rondônia e Acre.
E não para por aí. A Energisa atua com um portfólio
diversificado de outros serviços do setor com a Alsol Energias
Renováveis, Energisa Transmissora, Energisa Soluções, Energisa
Comercializadora, Multi Energisa e, mais recentemente, a Voltz, uma
carteira digital completa que é também a primeira fintech
do setor elétrico.
Com receita líquida anual de R$ 18 bilhões (2020), o Grupo
atende, por meio da distribuição, 8 milhões de clientes (que
representam uma população atendida de mais de 20 milhões de
pessoas) em 862 municípios de todas as regiões do Brasil, além de
contar com 20 mil colaboradores próprios e terceirizados.
Porém, mais do que ficar falando da empresa, o melhor é ouvir
(ou melhor, ler) o que Maurício Botelho diz aos leitores da ADVFN.
Vamos lá?
ADVFN – Para o investidor que não conhece ainda muito
bem a atuação da Energisa, mas está de olho nos papéis da empresa,
quais os estados em que o grupo atua e em quais deles há uma boa
perspectiva para este 2021?
Maurício Botelho – Nossa presença nacional é um
grande diferencial em relação às demais companhias de distribuição
do setor elétrico. Destacamos nossa atuação em regiões produtivas
do agronegócio, o que nos permite levar desenvolvimento da
atividade econômica para o país como um todo e especificamente para
os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia,
Acre e oeste de São Paulo.
ADVFN – O ano de 2021, então, está sendo bom para a
Energisa?
Maurício Botelho – Estamos nos preparando para
que nosso negócio esteja em consonância com a macrotendência de
transição energética, que trará novas formas de como geramos e
consumimos eletricidade, com mudanças no ambiente concorrencial,
inclusive. Assim, definimos nosso posicionamento estratégico
baseado em crescimento, inovação, diversificação e
sustentabilidade, com o objetivo de tornar o Grupo uma plataforma
completa de serviços de energia, juntando o fio da distribuidora a
negócios que suprem demandas dos clientes. Nesse sentido, a
Energisa se desenvolve dentro do conceito de Energia 4D, no qual
Diversificação, Descentralização, Digitalização e Descarbonização
estão no centro da estratégia de negócios e são tendências do
setor.
ADVFN – E o que merece ser destacado nessa história
toda?
Maurício Botelho – Dentro dessas tendências e
objetivos, destacamos o maior programa de desligamento de usinas
termelétricas do país, que estamos realizando na Amazônia. O
projeto teve início em 2019 e prevê o descomissionamento até 2025
de 19 plantas, sendo 13 em Rondônia, cinco no Acre (estados em que
a empresa distribui energia) e uma no Pará. As regiões deixarão de
consumir energia desses sistemas de geração isolados e serão
conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), beneficiando mais
de 400 mil pessoas em 16 municípios da região Norte com energia
mais limpa e de maior confiabilidade. Os investimentos somam R$ 1,2
bilhão e, quando o programa for concluído, 502 mil toneladas de
CO2 deixarão de ser emitidas anualmente.
ADVFN – O setor de energia não foi afetado
negativamente pela pandemia, muito ao contrário, com
um maior número de pessoas em home office, o consumo de
energia elétrica cresceu absurdamente. A Energisa, por exemplo, no
segmento residencial, conseguiu uma alta de 12,3% – a maior taxa
para o trimestre desde 2005 – e esses dados se mantiveram no
segmento rural (+14,4%). Podemos apontar esse setor de energia como
um dos mais notáveis em tempos de crise?
Maurício Botelho – Com a retomada gradual da
economia, as vendas de energia do Grupo Energisa terminaram 2020
com crescimento de 0,9%, ante a redução de 1,6% da média nacional,
segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No
total, foram 36.454,5 GWh nas 11 áreas de concessão do Grupo,
divididas em 11 estados. Fatores climáticos, com clima quente e
seco principalmente nos últimos quatro meses do ano, e o bom
desempenho do agronegócio foram determinantes para esse
resultado.
ADVFN – O setor agro teve papel fundamental no
desempenho da Energisa?
Maurício Botelho – Considerando apenas o quarto
trimestre, constata-se um crescimento de 5,2%, alcançando 9.877,5
GWh, a maior alta para o período dos últimos três anos. O consumo
foi impulsionado pelo agronegócio, com destaque para a produção de
soja, a reabertura de algumas atividades econômicas e as altas
temperaturas nas regiões de atuação da empresa. As classes rural,
residencial e industrial se destacaram no período, com evoluções de
14,4% (133,9 GWh), 12,3% (428,7 GWh) e 5% (92 GWh).
ADVFN – A crise, então, não bateu tão
forte?
Maurício Botelho – De uma maneira geral, o
setor de distribuição de energia tende a ser mais resiliente em
tempos de crise. Normalmente, não cresce na casa dos dois dígitos,
mas também não apresenta uma queda significativa. Durante a
pandemia, as medidas de isolamento social introduziram mudanças de
hábito entre os consumidores residenciais, como o teletrabalho e a
educação a distância. Consequentemente, houve uma redução no
consumo da classe comercial no início de 2020, mas que foi retomada
ao longo do ano passado. O bom desempenho da Energisa em 2020 é
atribuído a fatores conjunturais, mas também à forma responsável e
eficiente com que fizemos a nossa gestão de caixa.
ADVFN – A Energisa divulgou recentemente dados de
consumo de energia nas suas áreas de concessão e o consumo no
mercado aumentou 5,2% entre outubro e dezembro do ano passado ante
o mesmo período de 2019. Mais do que estar em um setor que é bem
buscado, quais as ações da Energisa para manter esse
crescimento?
Maurício Botelho – Olhar os desafios do setor
elétrico tem sido um compromisso constante do Grupo Energisa há 116
anos. A Energisa se desenvolve dentro do conceito de Energia 4D, no
qual Diversificação, Descentralização, Digitalização e
Descarbonização estão no centro da estratégia de negócios. Assim,
definimos nosso posicionamento estratégico baseado em crescimento,
inovação, diversificação e sustentabilidade, com o objetivo de
tornar o Grupo uma plataforma completa de serviços energéticos,
juntando o fio da distribuidora a negócios que suprem demandas dos
clientes. Uma plataforma aberta, que inclui, por exemplo, a
colaboração entre empresas de diferentes segmentos, e a aquisição e
criação de novos negócios como a Alsol e a criação da fintech
Voltz.
Atuamos ainda no segmento de transmissão de energia, em que
possuímos no momento cinco empreendimentos, dos quais dois foram
concluídos em 2020 e estão em operação. Somando os cinco projetos,
o investimento estimado chega a R$ 2,5 bilhões. Completam esse
portfólio a Energisa Soluções, a Energisa Comercializadora e a
Multi Energisa.
ADVFN – Para o setor industrial, o que impulsionou esse
crescimento? Tivemos um aumento de demanda em quais
setores?
Maurício Botelho – Tivemos uma recuperação em
formato V no último trimestre, associado à reposição de estoques e
o dinamismo das regiões onde a Energisa atua. O segmento
industrial, associado ao agronegócio e minerais não metálicos,
ajudou a impulsionar o consumo na classe industrial, notadamente
nos segmentos alimentícios, proteínas, insumos agrícolas e
cimento.
ADVFN – A Energisa comunicou que recebeu versão
atualizada do laudo de avaliação das ações de emissão da Rede
Energia, elaborado pela Técnica Assessoria de Mercado de Capitais,
instituição avaliadora indicada e nomeada no âmbito do procedimento
de revisão de preço. No mesmo comunicado, foi informado também que
essa nova versão do laudo de avaliação, que apurou o valor justo de
R$ 8,42 por ação de emissão da Rede Energia, foi encaminhada para
que a Rede Energia providencie a sua divulgação ao mercado. O que
podemos dizer a respeito desse comunicado?
Maurício Botelho – Em 1999, o antigo Grupo Rede
assinou um Contrato Particular de Opção de Venda de Ações de
Emissão da Rede Energia com o BNDESPar – essas ações estavam
atreladas a um acordo de acionistas. Em fevereiro de 2019, a
empresa foi notificada pelo BNDESPar a respeito do exercício da
opção de venda de 67.642.986 ações ordinárias, que representam
3,29% do capital social da Rede Energia Participações S.A. Assim, a
CVM entendeu que a Rede deveria ter realizado uma Oferta Pública
Ações (OPA) para todos os acionistas, mesmo com o fato de o
contrato ter sido firmado antes da regulamentação das OPAs.
Seguindo a determinação da CVM, a reunião de conselho da
administração aprovou o protocolo do requerimento de registro da
oferta pública por aumento da participação da Energisa S.A.,
prevendo a aquisição de até todas as ações ordinárias da emissão da
Rede, participação destinada a 0,43% do capital social da empresa
detida por acionistas minoritários.
ADVFN – E o que aconteceu?
Maurício Botelho – Apresentamos um laudo com o
valor justo da ação do Grupo Rede. No entanto, esse valor foi
contestado pelos atuais acionistas que, em assembleia, apresentaram
um novo laudo, elaborado por outro avaliador. Em 2 de março deste
ano, a companhia recebeu a nova versão, com o preço de R$ 8,42 por
ação, elaborado pela Técnica Assessoria de Mercado de Capitais e
Empresarial Ltda. Esse valor é bem próximo ao verificado
anteriormente, que foi de R$ 7,98.
No dia 8 do mesmo mês, a Energisa submeteu à CVM e à B3 a
documentação atualizada da oferta, considerando a versão atualizada
do laudo de avaliação. No dia 7 de abril, a CVM informou que o
registro da oferta foi deferido. A OPA será lançada ao preço de R$
8,11 por ação, conforme edital publicado em 13 de abril. Esse preço
equivale ao montante de R$ 8,42, já deduzindo a distribuição de
dividendos intercalares aprovada pelo conselho de administração da
companhia em 11 de março e pagos em 29 de março deste ano. A
Energisa ressalta ainda que o preço por ação permanece sujeito aos
mecanismos de ajuste previstos no edital da oferta.
ADVFN – Recentemente, a Energisa e o governo do Estado
do Mato Grosso do Sul anunciaram a chamada Universalização do
Pantanal. A ideia é levar energia elétrica à população residente
daquela região. Como o investidor deve encarar essa nova
empreitada? E como será feito esse avanço?
Maurício Botelho – Universalizar o acesso à
energia numa região tão importante para o desenvolvimento
sustentável brasileiro como o Pantanal sul-mato-grossense é um
grande passo na história do Grupo Energisa. Para alcançar esse
objetivo, investimos em inovação e sustentabilidade, criando uma
solução pioneira que vai contribuir para a melhoria da qualidade de
vida da população local e o crescimento socioeconômico, preservando
a fauna e a flora do bioma.
O programa Ilumina Pantanal levará energia elétrica à população
residente daquela região, que atualmente não conta com o serviço. A
partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terá
microssistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento da
energia excedente em baterias. No total, o Grupo Energisa está
investindo R$ 134 milhões no programa.
ADVFN – E como começou esse projeto?
Maurício Botelho – A universalização do
Pantanal teve início com um projeto de pesquisa e desenvolvimento
da Energisa fomentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). Num primeiro momento, a empresa realizou, junto com o
Instituto Lactec, um censo inédito da região, colhendo informações
de cunho socioambiental, analisando o ambiente regulatório e
diagnosticando o atendimento e o zoneamento. Em 2018, teve início a
etapa-piloto do projeto, em que 23 unidades, entre casas, escolas e
propriedades rurais, espalhadas por quase 90 mil km², receberam
sistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento de energia,
atendendo cerca de 100 pessoas.
ADVFN – Quais localidades saíram
ganhando?
Maurício Botelho – Ao todo, 2.167 unidades
consumidoras serão beneficiadas pelo programa até 2022, o que
representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de
90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário,
Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda. Desse grupo, 77 famílias já
foram atendidas por rede de distribuição convencional, e agora
2.090 serão atendidas por sistemas individuais cuja fonte de
energia é solar.
ADVFN – Então estamos diante um caso de sucesso da
Energisa…
Maurício Botelho – A implementação desse
projeto é um marco na universalização, um grande aprendizado, pois
atende à demanda de clientes que há muito anseiam por energia. Além
disso, o programa se caracteriza por ser ambientalmente sustentável
e requer investimentos menores que a solução tradicional, com
menores impactos na tarifa. É uma iniciativa que vai mudar a
dinâmica dos moradores da região, por permitir maior conforto,
segurança e estímulo à atividade econômica.
ADVFN – E o investidor, como reagiu?
Maurício Botelho – Aos olhos do investidor, o
Ilumina Pantanal demonstra a capacidade da Energisa em desenvolver
soluções novas para as questões que ainda afetam o nosso mundo e a
concretização da nossa estratégia de inovação, sustentabilidade,
atendimento exemplar aos nossos clientes (onde quer que estejam) e
solidez financeira.
ADVFN – Mudando de assunto, o Grupo Energisa terminou
2020 com 90 robôs em funcionamento (RPA – Robotic Process
Automation). Essas ferramentas inteligentes fazem parte da
estratégia digital da Energisa de tornar a empresa mais eficiente e
tecnológica. Na prática, como está esse projeto? A tecnologia é
própria?
Maurício Botelho – O Grupo Energisa avança com
a estratégia digital e fechou 2020 com 90 robôs em funcionamento
(RPA – Robotic Process Automation) em Cataguases, MG. Para 2021, a
expectativa é fechar o ano com cerca de 110 Robôs em operação. Sem
substituir a força de trabalho humano, os mecanismos realizam mais
de 15 milhões de transações por mês, liberando 15 mil horas de
trabalho das equipes ligadas a atividades com alto volume de dados
e processos repetitivos.
ADVFN – O que se destaca entre os resultados mais
eficazes das automações?
Maurício Botelho – Podemos observar os
processos de programação de borderôs para pagamentos (TED e Crédito
em Conta), com aproximadamente 12 mil obrigações mensais. Outro
exemplo é a incorporação de arquivos bancários de faturas de
energia, processando 6,5 milhões de contas mensais, além da
automação do processo de admissão de novos colaboradores, que
reduziu drasticamente o tempo das etapas burocráticas do
processo.
ADVFN – Alguma localidade em especial saiu
ganhando?
Maurício Botelho – O projeto é desenvolvido
pela Central de Serviços Energisa, na cidade da Zona da Mata
mineira. A CSE é o quinto maior centro de serviços compartilhados
do país e presta serviços em áreas de faturamento e arrecadação,
gestão de serviços, infraestrutura, contabilidade, serviços
financeiros, serviços de RH, suprimentos e telefonia e redes para
todas as empresas do Grupo, quinto maior em distribuição elétrica
do Brasil.
ADVFN – Como é a relação do RPA com o trabalho dos
colaboradores, uma vez que esse temor sobre perda de empregos é
algo que sempre aparece quando se fala em novas
tecnologias?
Maurício Botelho – Para a Energisa, a
tecnologia qualifica a força de trabalho e faz com que ela seja
destinada a funções que realmente precisa dar conta. Estamos
atraindo mão de obra especializada e baseada na nova economia
digital para o interior do país. A iniciativa é uma das âncoras do
projeto Rio Pomba Valley, que visa transformar a Zona da Mata
mineira em um hub de tecnologia e audiovisual, duas das maiores
cadeias produtivas da chamada “nova economia”. Além da CSE, sediada
em Cataguases e onde desenvolvemos essas tecnologias, também
apoiamos desde 2010 o Polo Audiovisual da Zona da Mata.
ADVFN – Um dos braços da Energisa é a Alsol, que cuida
da geração distribuída e utiliza diferentes fontes renováveis. É um
projeto pioneiro no Brasil em sistemas fotovoltaicos e
armazenamento de energia. O futuro das energias renováveis já
chegou à Energisa?
Maurício Botelho – A Alsol Energias Renováveis,
unidade de energia 4.0 do Grupo Energisa, carrega o DNA de inovação
da companhia, impulsionando o crescimento tecnológico da energia
brasileira, sempre em busca de novas tecnologias por meio de seus
produtos e serviços. Isso talvez explique por que Uberlândia (MG),
com 700 mil habitantes e onde está a sede e quatro das plantas da
Alsol, é uma das cidades com maior potência instalada de geração
distribuída fotovoltaica no país, de acordo com dados da Absolar,
sendo a Alsol responsável por mais da metade dessa capacidade.
ADVFN – Em 2021, então, esse projeto vai dar um salto
maior ainda?
Maurício Botelho – Este ano, a Alsol vai
construir 15 usinas solares fotovoltaicas, sendo 14 em Minas Gerais
e uma no Rio de Janeiro, num investimento de R$ 173 milhões. As
plantas, somadas, terão capacidade de geração de 46 MWp. Com esse
crescimento, considerando também outras sete plantas que estão em
operação, a Alsol somará 73 MWp instalados até o fim de 2021,
energia suficiente para abastecer 70 mil residências.
ADVFN – E nos outros Estados?
Maurício Botelho – A Energisa está
desenvolvendo um projeto de geração distribuída no Acre, na Vila
Restauração, uma das regiões mais remotas do país, para levar
energia limpa e de qualidade, além de bem-estar para a comunidade
local. Atualmente, os moradores têm acesso à energia elétrica por
apenas quatro horas por dia, fornecida por um gerador a diesel.
ADVFN – Ou seja: energia renovável está com
tudo?
Maurício Botelho – A energia renovável não é
mais uma tecnologia do futuro na Energisa. Ela já faz parte do dia
a dia das nossas operações e crescerá de maneira substancial nos
próximos anos.
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(Por Aroldo Antonio Glomb Junior – Jonalista Especial da
ADVFN)
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