Petrobras: ANP aprova recálculo das participações governamentais do campo de Marlim Sul
16 Julho 2021 - 1:32AM
ADVFN News
A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) aprovou por unanimidade, o recálculo das
participações governamentais (royalty e Participações Especiais) do
campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, referentes à produção de
gás natural entre 2005 e 2015 pela plataforma P-40.
De acordo com a relatora do processo, diretora Simone Araújo, o
volume que deverá ser adicionado à produção da estatal na
plataforma no período, e que foi contabilizado incorretamente no
passado, é de 275,8 milhões de metros cúbicos.
Os valores devidos pela companhia serão agora recalculados pela
Superintendência de Participações Governamentais (SPG), informou a
diretora.
Ela explicou que, em 2015, o Núcleo de Fiscalização da Produção
da agência informou à Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), dona
do campo, que o volume da produção informado ao Boletim Mensal de
Produção não correspondia aos cálculos da ANP. “No mesmo ano, a
Petrobras enviou à agência parte da resposta e requereu mais prazo
para informações, mas não respeitou os prazos concedidos”, explicou
a relatora.
Em 2020, a ANP retomou o processo e enviou à Petrobras o novo
cálculo de produção de Marlim Sul, levando em conta o gás
proveniente do separador atmosférico da plataforma P-40. Serão
recalculados tanto royalties como Participações Especiais (PE).
A demora para uma solução do processo – seis anos – fez a
diretora aproveitar a reunião de diretoria para ressaltar, mais uma
vez, a falta de estrutura da ANP, que pleiteia um concurso público
para fortalecer seu quadro de empregados.
“Pode ter sido problema de gestão, mas há de se levar em conta
os problemas estruturais da agência, levar em conta o número de
servidores e o número de processos. É preciso atualizar a estrutura
da agência frente aos novos desafios, é uma angústia que me
acompanha desde a minha posse (novembro 2020)”, alertou, citando a
necessidade de mais pessoal para acompanhar os desinvestimentos da
Petrobras, as aberturas dos mercados de refino e gás, além dos
trabalhos rotineiros da agência.
A Petrobras pretende divulgar os resultados do
2T21 no dia 29 de julho
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo
prejuízo
O lucro líquido aos
acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro
trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7
bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o
impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à
desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment
e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no
trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para
R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior
ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38%
nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que
melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se
repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo
efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53
bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro
trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta
participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos,
resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por
venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para
R$ 48,949 bilhões.
Informações Broadcast
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