Oi divulgas plano estratégico para o triênio 2022-2024, com foco na transformação na Nova Oi
19 Julho 2021 - 12:29PM
ADVFN News
A Oi divulgou seu plano estratégico para o triênio 2022-2024,
com foco na transformação na Nova Oi, já homologadas as propostas
vencedoras nos processos de alienação de UPIs e considerando o
plano de recuperação judicial da empresa.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4)
nesta segunda-feira (19). Confira o documento na íntegra.
As casas conectadas com fibra ótica da Oi devem chegar a
aproximadamente 8 milhões até 2024, com aumento de cerca de 31%. A
receita média por casa conectada deve ser de R$ 94 ao mês, aumento
de 11%.
A receita líquida da Nova Oi deve ficar entre R$ 14,8 bilhões e
R$ 15,5 bilhões. A dívida líquida deve ser de 6,6 vezes em
2024.
A empresa pretende divulgar os resultados do 2T21
no dia 13 de Agosto
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse cortou o preço-alvo da Oi de R$ 1,80 para R$
1,60, mantendo a recomendação neutra da ação, após o anúncio do
plano estratégico de três anos da companhia, realizado ontem, que
apresentou uma “Nova Oi” pronta para crescer, com redução de
custos, investimentos em fibra e diversificação de receitas.
“Cortamos o preço-alvo para R$ 1,60 pois incorporamos um maior
consumo de caixa em 2021 (de R$ 6 bilhões) impulsionado por um
Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) de curto prazo mais fraco”, diz o relatório.
O Credit estima uma dívida líquida de R$ 7,3 bilhões em 2021, de
R$ 3,8 bilhões anteriores, com uma alavancagem de 7 vezes a relação
dívida / Ebitda de 2022.
“Nossas estimativas operacionais estão bastante alinhadas com a
orientação da Oi, que julgamos otimista. Vemos a execução como o
principal risco para a tese de investimento da Oi”, diz o
banco.
Para 2024, as projeções da Oi para receitas e Ebitda são de alta
de 32% e 8%, respectivamente, acima da principal referência
anterior do mercado (relatório da EY) e bem acima do estimado pelo
próprio Credit Suisse.
“No entanto, apesar das fortes estimativas operacionais da
empresa, a orientação indica uma alavancagem para 2024 de 6,6 vezes
(acima do nosso número anterior), sugerindo uma geração de caixa
mais fraca do que a esperada no período, justificando a venda das
ações da Oi no pregão de ontem”, diz o relatório. Ontem a ação
ordinária da Oi fechou em queda de 8,13%.
“Aumentamos nossas estimativas de receita para 2022 em 4%, para
R$ 10,4 bilhões, ao assumirmos uma curva de taxa de absorção de
banda larga via fibra (FTTH) mais rápida, agora em 24% já em 2021,
em linha com a meta. Por outro lado, cortamos nossa estimativa de
Ebitda para 2022 em 20%, para R$ 1 bilhão, visto que o primeiro
trimestre foi fraco e a projeção de margem não atendeu nossa
expectativa”, diz.
Ainda assim, a Oi espera concluir a migração da concessão até
2023, o que deve aumentar gradativamente a margem, finaliza o
relatório.
Guide Investimentos
“Apesar da Oi ainda não ter dado detalhes sobre seu ambicioso
plano, o enxergamos com bons olhos, visto que garante maior
visibilidade com relação aos planos futuros da companhia”, afirma
Luis Sales, analista da Guide Investimentos.
Conforme destaca o analista, sem a venda da operação móvel, em
leilão realizado em dezembro, o plano de fazer a ‘’Nova Oi’’ seria
inviabilizado, porque a companhia não poderia prescindir dos R$
16,5 bilhões ofertados por Claro, TIM Brasil e Vivo. No caso da
InfraCo, o dinheiro (R$ 12,92 bilhões) também é importante, mas
abre-se a oportunidade de a Oi explorar um novo filão, também como
provedora de infraestrutura neutra.
Oi (OIBR3) 1T20: Prejuízo Líquido de R$ 6,28 bilhões
A empresa de telecomunicações Oi, que está em regime de
recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 6,28 bilhões
no primeiro trimestre de 2020, depois de ter apurado um lucro
líquido de R$ 568,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. O
resultado é o atribuído aos sócios controladores da companhia.
O resultado foi divulgado na noite de segunda-feira, 15 de
junho. A quarta maior empresa de telefonia móvel do país, que
está há quatro anos em recuperação judicial, adiou a divulgação
para focar na preparação de uma proposta de alteração ao plano de
reestruturação.
A Oi apurou uma receita líquida de R$ 4,74 bilhões no primeiro
trimestre deste ano, em queda de 7,4% ante a receita de R$ 5,13
bilhões um ano antes.
O custo de vendas dos serviços no primeiro trimestre deste ano
foi de R$ 3,66 bilhões, em queda de 5,3% sobre os R$ 3,83 bilhões
do mesmo período de 2019.
OI ON (BOV:OIBR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
OI ON (BOV:OIBR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024