Copasa eleva provisão de processo trabalhista de R$ 33,5 milhões para R$ 217 milhões
28 Dezembro 2021 - 11:00AM
ADVFN News
A Copasa (BOV:CSMG3) que desde 2008 está envolvida em um
processo trabalhista movido pelo principal sindicato dos
trabalhadores da empresa, acaba de anunciar que pode gastar, em
indenizações, uma bolada bem maior do que imaginava.
A empresa já considerava que essa batalha era uma “perda
provável”. Mas, até então, o dinheiro que havia separado para
as despesas, antes mesmo de qualquer sentença definitiva na
Justiça, era de R$ 33,5 milhões.
A condenação ainda não saiu, mas a empresa entendeu, com base
nas mais recentes decisões do poder Judiciário, que o golpe pode
doer bem mais. Pelas novas contas da companhia, divulgadas em fato
relevante publicado na noite desta segunda-feira, dia 27, agora a
perda poderá ser de R$ 217 milhões, valor 6,47 vezes maior que o
anterior.
A companhia foi parar na Justiça em razão de uma norma interna
que previa que os contratos de trabalho poderiam ser extintos
quando o trabalhador completasse 58 anos.
Em 2008, o Sindágua-MG, sindicato dos trabalhadores do setor de
purificação e distribuição de água e de serviços de esgoto do
estado de Minas Gerais, pôs a empresa no banco dos réus por
entender que a norma era discriminatória.
O caso chegou a ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), que em 2019 emitiu uma decisão favorável à empresa. Em
setembro deste ano, porém, a suprema corte reviu a decisão. Com
isso, voltou a prevelacer o que havia sido definido pelo Tribunal
Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).
Copasa (CSMG3): lucro líquido de R$ 16,3 milhões, queda de
93%
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa)
registrou lucro líquido de R$ 16,3 milhões no
terceiro trimestre deste ano, uma queda de 93% em relação ao
mesmo período do ano passado.
Segundo a Copasa, o resultado foi impactado pelas provisões
realizadas em decorrência das devoluções determinadas pela Agência
Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento
Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG).
“Em 2021”, explica a empresa, “a Arsae-MG instaurou o Processo
Administrativo para apurar possíveis inconsistências quanto à
sistemática adotada pela Copasa para cálculo de valor faturado, em
mês posterior ao faturamento pela média, no período de janeiro a
julho de 2020”.
A receita líquida da companhia cresceu 11%,
para R$ 1,5 bilhão entre julho e setembro. O segmento de água,
esgoto e resíduos sólidos somou R$ 1,3 bilhão, alta de 2,5%,
excluídas as receitas de construção.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – da companhia ficou em R$ 237
milhões no terceiro trimestre, recuo de 54,9% em relação a um ano
antes. Já a margem Ebitda teve queda de 21,5 pontos percentuais,
para 17,5%. O Ebtida ajustado ficou em R$ 471,898 milhões, uma
queda de 10,2% em relação aos R$ 525,699 milhões aferidos no
terceiro trimestre de 2020. A margem Ebitda ajustado caiu 4,2
pontos percentuais, de 39,0% para 34,8%, sempre na comparação entre
o terceiro trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2021.
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