A Tenda registrou prejuízo
líquido de R$ 144,4 milhões no segundo trimestre, informou
a empresa em seu balanço.
O resultado consolidado engloba as operações da marca Tenda, que
produz apartamentos tradicionais em concreto, e da Alea, novo braço
de negócios baseado na construção de residências em madeira. A
Tenda gerou prejuízo de R$ 91,8 milhões, enquanto a Alea teve perda
de R$ 22,6 milhões.
A receita líquida totalizou R$ 626,9 milhões,
recuo de 10,3%, na mesma base de comparação anual.
A companhia explicou que a queda na receita se deu por causa do
ritmo menor de andamento das obras e pelo volume menor de repasses
de cliente para o financiamento bancário no período. A margem
bruta ajustada Tenda do trimestre foi de 17,4%, queda de 4,2 p.p.
frente aos 21,6% observados no 1T22. A redução é explicada pelo
resultado do AVP, e movimentação da provisão de PDD.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – consolidado ficou
negativo em R$ 59,2 milhões contra um resultado positivo de R$ 66,6
milhões no mesmo período do ano passado.
O Ebitda consolidado e ajustado (que exclui juros capitalizados,
despesas com planos de ações e a participação de minoritários)
ficou negativo em R$ 32,3 milhões, contra R$ 78,1 milhões no mesmo
período do ano passado.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas
financeiras) ficou negativo em R$ 32,1 milhões, ou seja, gerou uma
despesa 113% maior na comparação anual. A companhia explicou que o
encolhimento na posição de caixa tem gerado receitas menores e
insuficientes para contrapor o aumento no custo da dívida.
A provisão para perdas (PDD) representou 3,9% da receita bruta,
um pouco acima do comportamento histórico.
O lucro bruto ajustado do trimestre contabilizou R$ 102,2
milhões e a margem bruta ajustada atingiu 16,3%, sendo 17,4% da
marca Tenda.
As despesas com vendas totalizaram R$ 59,9 milhões (+6,4% a/a e
-6,8% t/t) representando 7,9% das vendas brutas (+2,1p.p. a/a e
-0,7p.p. t/t).
Tenda também reportou queda expressiva de 11,5 pontos
porcentuais na sua margem bruta ajustada e consolidada, que foi
para 16,3%. O decréscimo foi puxado pela operação da própria marca
Tenda, que encolheu 10,4 pontos porcentuais, chegando a 17,4%.
A companhia citou que três fatores impactaram as margens: maior
avanço nas obras de projetos antigos, com margens menores; efeitos
sazonais no provisionamento de inadimplentes; e ajustes a valor
presente nas taxas de terrenos.
A Tenda destacou que a margem bruta das vendas novas foi de
28,8% no segundo trimestre, alcançando 30,6% em junho, como
resultado do aumento no preço dos imóveis. Os preço médio dos
imóveis lançados chegou a R$ 201,1 mil, alta de 33,2% em um ano,
enquanto o preço médio das unidades vendidas foi a R$ 182 mil,
crescimento de 23,3%.
A construtora reiterou que continua priorizando reconstruir as
suas margens (a empresa sofreu um grande estouro de custos ano
passado, que derrubou sua rentabilidade). Daí a importância de
subir os preços dos apartamentos mesmo que resulte em queda na
velocidade das vendas.
Os lançamentos consolidados do grupo chegaram a R$ 782,6 milhões
no segundo trimestre de 2022, recuo de 21,9% ante o mesmo período
de 2021. As vendas líquidas atingiram R$ 577,6 milhões, baixa de
33% na mesma base de comparação, conforme relatório operacional já
divulgado.
A Tenda lançou 10 empreendimentos no 2T22 totalizando um VGV de
R$ 769,1 milhões (-22,0% a/a e +64,6% t/t). O preço médio por
unidade lançada contabilizou R$ 201,1 mil (+33,2% a/a, +14,1% t/t).
Não obstante, ressaltamos que a companhia tinha matéria prima
superior ao executado, entretanto decidimos não lançar por entender
que a rentabilidade não atingia parâmetros mínimos desejados.
No 2T22 as vendas brutas totalizaram R$ 754,2 milhões (-21,7%
a/a e +1,3% t/t) com uma velocidade sobre a oferta bruta (VSO
Bruta) de 30,2% (-8,0p.p. a/a e -2,8p.p. t/t). O preço médio por
unidade aumentou +19,7% a/a e +8,7% t/t pulverizado em todas a
regionais. A Alea contabilizou nesse trimestre R$ 19,1 milhões de
VGV vendido totalizando 119 unidades com um preço médio de R$ 160,8
mil.
A Tenda encerrou o trimestre com uma dívida total de R$ 1,5
bilhão, duration de 24,5 meses e com custo médio nominal de 14,6%
a.a.
A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido encerrou o
trimestre positiva em 63,2%, enquanto tivemos uma melhora na dívida
corporativa líquida sobre o PL, chegando em 33,0% (-23,4pp a/a e
+0,8pp t/t), medida dos nossos covenants.
A companhia gerou caixa de 20,6 milhões, frente um consumo de
261,5 milhões no trimestre anterior, mesmo com uma queima de caixa
operacional de R$ 26,4 milhões, sendo R$23,6 milhões da marca
Tenda.
Os resultados da
Tenda (BOV:TEND3) referentes às suas
operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia
05/08/2022. Confira o Press release na íntegra!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Estadão,
Reuters
TENDA ON (BOV:TEND3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
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