A Sabesp registrou lucro
líquido de R$ 422,5 milhões no segundo trimestre de 2022,
uma queda de 45,4% na comparação com o mesmo período do ano
passado.
A redução do lucro no balanço do segundo trimestre de 2022 está
relacionada ao aumento de despesas da empresa. A alta do dólar, por
exemplo, impactou os gastos com empréstimos e financiamentos.
“As despesas com variação cambial sobre empréstimos e
financiamentos apresentaram um acréscimo de R$ 507,1 milhões,
decorrente da valorização do dólar e desvalorização do iene frente
ao real no 2T22, quando comparadas à desvalorização ocorrida em
ambas as moedas no 2T21″, destaca o balanço da Sabesp.
A receita operacional líquida avançou 14,6% em
relação ao ano passado, passando de R$ 4,59 bilhões no 2T21 para R$
5,26 bilhões no 2T22.
A alta da receita é justificada pela Sabesp,
principalmente, por conta do reajuste tarifário médio de 7% em maio
de 2021 e de 12,8% em maio de 2022, bem como por avanço de 1,8% do
volume faturado total – com destaque para o setores comercial e
público, que cresceram, respectivamente, 16,8% e 41% no ano,
normalizando por conta do enfraquecimento da pandemia.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$
1,5 bilhão, o que representa alta de 3,9% na comparação com o
segundo trimestre de 2021. A margem Ebitda ajustado foi de
28,7% ante 31,6% na mesma base. O EBIT ajustado ficou em R$ 911,7
milhões, um acréscimo de 1,3%.
O pior lucro é explicado, em grande parte, pela deterioração do
resultado financeiro, negativo em R$ 324,4 milhões, ante saldo
positivo de R$ 248,8 milhões entre abril e junho de 2021 – este
explicado, principalmente, por variações monetárias.
Os custos e despesas, que consideram os custos de construção,
somaram R$ 4.359,6 milhões, um acréscimo de 17,8% quando comparados
ao 2T21.
“Houve um acréscimo de R$ 97,7 milhões nos gastos com salários,
para R$ 776 milhões, ocasionado em sua maioria pela aplicação de 1%
referente ao Plano de Cargos e Salários em fevereiro de 2022 e
reajuste salarial médio de 12,9% em maio de 2022”, explica a
estatal. “Em materiais gerais, o acréscimo de R$ 31,5 milhões, para
R$ 109,5 milhões, é explicado pela manutenção de sistemas, alta de
combustíveis e lubrificantes e com conservação de imóveis”
Desconsiderando os custos de construção, o acréscimo no período
foi de R$ 530 milhões ou 19,6%. A participação dos custos, despesas
administrativas e comerciais e custos de construção na receita
líquida foi de 82,8% no trimestre, ante 80,5% um ano antes.
Entre abril e junho, houve um acréscimo de R$ 97,7 milhões ou
14,4% de salários, encargos, benefícios e obrigações
previdenciárias, passando para R$ 776 milhões.
Materiais de tratamento tiveram alta no segundo trimestre de
73,1%, totalizando R$ 142,5 milhões sobre igual intervalo do ano
passado. Já as despesas com energia elétrica totalizaram R$ 376
milhões no período, um acréscimo de 10,4% na comparação anual.
A receita operacional bruta relacionada à prestação de serviços
de saneamento, a qual não considera a receita de construção,
atingiu R$ 4.451,5 milhões, um acréscimo de R$ 570,3 milhões ou
14,7%, quando comparada aos R$ 3.881,2 milhões totalizados no
2T21.
Os principais fatores responsáveis pelo acréscimo foram:
- Reajuste tarifário médio de 7,0% desde maio de 2021;
- Reajuste tarifário médio de 12,8% desde maio de 2022;
- Aumento da tarifa média pelo incremento no volume faturado das
categorias comercial e pública; e
- Aumento de 1,8% no volume faturado total.
O resultado financeiro foi de uma cifra positiva de R$ 248,8
milhões, em 2021, para um impacto negativo de R$ 324,4 milhões,
neste ano. O número reflete a alta de juros e, principalmente, da
variação cambial, devido à valorização do dólar e do iene frente ao
real. Este efeito gerou um impacto de R$ 507,1 milhões no
trimestre.
As despesas com variação cambial sobre empréstimos e
financiamentos apresentaram um acréscimo de R$ 507,1 milhões,
decorrente da valorização do dólar e desvalorização do iene frente
ao real no 2T22, quando comparadas à desvalorização ocorrida em
ambas as moedas no 2T21.
O investimento realizado no 2T22 foi de R$ 1.240,1 milhões,
apresentado como adições nas Notas Explicativas de Ativo de
Contrato, Intangível e Imobilizado, nos montantes de R$ 1.213,1
milhões, R$ 12,8 milhões e R$ 14,2 milhões, respectivamente. O
desembolso de caixa no período referente aos investimentos
realizados, inclusive de períodos anteriores, foi de R$ 857,2
milhões.
Os resultados da Sabesp (BOV:SBSP3) referente suas operações do
segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 11/08/2022.
Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
SABESP ON (BOV:SBSP3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jun 2024 até Jul 2024
SABESP ON (BOV:SBSP3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jul 2023 até Jul 2024