A companhia aérea Azul anunciou os resultados preliminares de
tráfego de agosto de 2023.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:AZUL4) nesta
segunda-feira (11).
O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) aumentou 13,5% em
relação a agosto de 2022, frente a um aumento de 13,1% da
capacidade (ASKs), resultando em uma taxa de ocupação de 81,6%.
No mercado doméstico, o tráfego de passageiros subiu 7,5% na
comparação com agosto do ano passado, enquanto a capacidade cresceu
6,8%. A taxa de ocupação subiu 0,5 p.p. na base anual, atingindo
80,2%.
Com relação ao mercado internacional, o tráfego saltou 38,4% na
comparação ano a ano, frente a uma elevação de 41,8% da capacidade,
resultando em uma taxa de ocupação de 86,3%.
“Esses resultados de tráfego, combinados com as recentes
tendências de reservas encorajadoras, com as tarifas médias mais
altas de nossa história, nos permitem continuar confiantes para os
próximos meses”, diz John Rodgerson, CEO da Azul.
VISÃO DO MERCADO
As aéreas da Bolsa brasileira ensaiam uma recuperação da queda
registrada na véspera. A Azul, em específico, conta com o impulso
de seus mais recentes dados operacionais, bem avaliados pelos
analistas.
Ao final da primeira hora de negociações no dia, às 11h15
(horário de Brasília), as ações da empresa subiam 1,61%, a R$
13,89. Os papéis da Gol (GOLL4), por sua vez, avançavam 1,5%, a R$
6,78.
Em agosto, o tráfego de passageiro consolidado (RPK) da Azul
registrou um aumento anual de 13,5%. A capacidade (ASK), por sua
vez, cresceu 13% na mesma base de comparação. Assim, a taxa de
ocupação da companhia ficou em 81,6% no mês passado.
O principal destaque positivo foi o tráfego de passageiros no
mercado doméstico, registrando alta de 7,5% em relação ao mesmo
período do ano passado. Nessa linha, a ocupação avançou em 6,8% e a
taxa de ocupação cresceu em 0,5 ponto percentual, para 80,2%.
Na parte de voos internacionais, a demanda cresceu menos que a
capacidade. O tráfego avançou 38,4%, enquanto a a capacidade foi
41,8% maior. A taxa de ocupação internacional ficou em 86,3%.
Bradesco BBI
O Bradesco BBI também deu destaque à expansão da capacidade
doméstica da Azul. Em julho, esse indicador havia recuado 0,8% em
bases anuais. Os analistas da casa observam que a companhia foi
capaz de manter uma taxa de ocupação acima de 80%, sugerindo que a
demanda segue crescendo.
O BBI tem recomendação outperform, o equivalente a compra, para
AZUL4 e preço-alvo de R$ 38 ao final de 2024.
Em análise divulgada na semana passada, após o encontro de
investidores da companhia, o BBI avaliou que o preço do ativo
continua sendo negociado a múltiplos deprimidos e vê um desconto de
30% em relação ao período pré-pandemia.
Os analistas do BBI acreditam que, com uma perspectiva positiva
para as receitas em 2024, junto a uma redução de custos, a Azul
poderá obter lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) acima de R$ 6
bilhões.
Santander
O Santander considerou os dados operacionais de agosto da Azul
ligeiramente positivos. Os analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e
Gabriel Tinem avaliam que o crescimento da taxa de ocupação da
companhia foi modesto. A demanda doméstica sólida impulsionou o
indicador.
Por outro lado, a procura por voos internacionais “falhou em
acompanhar o aumento da capacidade”. A casa tem recomendação neutra
sobre o papel e preço-alvo de R$ 13,70 para o final deste ano. A
cotação está abaixo do valor negociado pela ação hoje.
- Alta do petróleo impacta aéreas
Azul e Gol tiveram um primeiro semestre de recuperação, mas os
ventos mudaram recentemente. Para os analistas, parte desse
movimento pode ser explicado pela recente valorização do preço do
petróleo, que vem sendo negociado acima de US$ 90 no mercado
internacional.
O querosene de aviação (QAV) responde por mais de 40% dos custos
das aéreas e voltou a subir nos últimos dois meses. No acumulado do
ano, o preço do combustível ainda acumula queda, de 17%. Mas esse
desconto chegou a ser de 35% no começo do último mês de junho.
VG Research
Luan Alves, analista-chefe da VG Research, acredita que se o
preço do combustível continuar subindo, as aéreas vão ter
dificuldades para repassar novos ajustes para as tarifas, que já
estão com preço acima da média. “Elas vão ter um aperto de margem”,
afirma.
Fazendo um comparativo entre as duas aéreas listadas na Bolsa
brasileira, o analista da VG tem preferência pela Azul. Ele lembra
que a companhia atua praticamente sozinha em 80% das rotas onde
opera. “É mais fácil continuar subindo os preços de passagens
nessas condições”, diz.
Informações Infomoney
AZUL PN (BOV:AZUL4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2024 até Mai 2024
AZUL PN (BOV:AZUL4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mai 2023 até Mai 2024