A Infracommerce reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 22,6 milhões no terceiro trimestre de 2023, um recuo de 41,3% em relação ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 65 milhões no 3T23, um crescimento de 164,4% em relação ao 3T22.

A margem Ebitda ajustada atingiu 22,4% entre julho e setembro deste ano, alta de 10,9 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T22.

A companhia tem um projeto chamado Break-even, que reúne iniciativas de redução de custos e investimentos em ganhos de produtividade. O objetivo é gerar uma economia entre R$ 140 milhões a
R$ 176 milhões anualizados.

De acordo com o relatório de resultados, já foram capturados R$ 118 milhões desse potencial e há a expectativa de R$ 42 milhões adicionais até o final do ano.

A receita líquida somou R$ 290 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 35,2% na comparação com igual etapa de 2022.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 63,6 milhões no terceiro trimestre de 2023, uma elevação de 16,8% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 473,2 milhões, um crescimento de 11,9% na comparação com o segundo trimestre de 2023.

Os resultados da Infracommerce (BOV:IFCM3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 10/11/2023.

VISÃO DO MERCADO

A Infracommerce, empresa especializada em soluções de e-commerce, teve prejuízo ajustado de R$22,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma diminuição anual de 41,3%.

Citi

Mas, mais do que a redução do prejuízo, a alta do Ebitda, que em termos ajustados totalizou R$ 65 milhões no 3T23, um crescimento de 164,4% em relação ao 3T22, animou o mercado.

“O Ebitda ficou acima da nossa projeção e do consenso”, apontou o Citi. Por outro lado, a receita líquida apresentou uma ligeira diminuição sequencial e ficou abaixo de suas estimativas, à medida que o crescimento B2B desacelerou para +10% ao ano (de +19% no 2T23).

“Por outro lado, as medidas para conter as despesas gerais e administrativas (o número de funcionários caiu 17% ano a ano) geraram ganhos de margem consideráveis ​​e a margem Ebitda situou-se em 22% (+11 p.p. frente o 3T22 e +4,7 p.p. na base trimestral), mais do que compensando a perda de receitas”, afirmam.

Com o capex reduzindo 55% ano a ano, para R$ 23 milhões, o Ebitda menos capex permanece em tendência de alta consistente. No entanto, as despesas financeiras continuam a se deteriorar, o que prejudica os resultados e impede que os ganhos operacionais se traduzam em geração de caixa (dívida líquida + lucros devidos apresentaram um aumento de R$ 3 milhões, para R$ 608 milhões).

O prejuízo líquido do 3T23 foi ligeiramente melhor que o prejuízo de R$ 28 milhões do 2T23, aponta ainda o Citi. O banco tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 3,50 para os ativos.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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