Suzano: conselho aprova João Fernandes de Abreu como novo CEO da companhia
28 Fevereiro 2024 - 11:40PM
ADVFN News
A Suzano informou a saída de Walter Schalka da presidência da
companhia. Em seu lugar, foi aprovado, em reunião do conselho de
administração, o nome de João Alberto Fernandez, que assumirá como
CEO em julho deste ano.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:SUZB3) nesta
quarta-feira (28).
A partir de 2 de abril, os dois executivos passam a conduzir
conjuntamente e de forma ordenada o processo de sucessão até 1º de
julho.
Em comunicado, os membros do conselho agradeceram “com profunda
admiração e gratidão, os inestimáveis serviços prestados pelo sr.
Walter à companhia durante sua gestão como CEO, que alçou a Suzano
à posição de líder global no seu setor de atuação”.
Ressaltaram ainda a liderança de Schalka como visionária,
estratégica, com expertise ímpar e dedicação incansável, “pilares
fundamentais para o crescimento exponencial e transformacional da
companhia ao longo dos últimos anos a conquista de metas ambiciosas
e a consolidação de uma reputação sólida no mercado”.
O conselho consignou ainda que o Schalka seja indicado para
compor a chapa a ser submetida pela administração para a eleição do
Conselho de Administração na próxima Assembleia Geral
Ordinária.
João Alberto Fernandez, que assume como CEO da Suzano em julho,
possui 30 anos de carreira, dos quais 18 anos na Shell onde ocupou
diversas posições no Brasil, Inglaterra e Argentina, sete anos na
Raízen como diretor de Energia e como vice-presidente do Negócio
Etanol, Açúcar e Energia, além de cinco anos como CEO da Rumo,
empresa de logística ferroviária.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI, por sua vez, comentou que durante a
teleconferência as atenções se voltariam para a transição do CEO e
o tom da administração em relação aos preços de celulose no
primeiro semestre de 2024.
Itaú BBA
O Itaú BBA elogia Schalka por suas muitas contribuições à Suzano
e não prevê mudanças estratégicas significativas. Os analistas
acreditam que o envolvimento contínuo do executivo nessas novas
funções mitigará os riscos potenciais associados à transição de
gestão e às decisões de alocação de capital.
JPMorgan
O JPMorgan também destaca que foi uma grande surpresa o anúncio
de que Walter Schalka, muito respeitado e considerado pelos
investidores, está deixando o cargo de CEO. No entanto, o banco
avalia que o processo de transição foi bem planejado, com um novo
CEO já contratado. Ambos os executivos trabalharão juntos de abril
a junho em um processo de transição para preparar o novo CEO. Além
disso Schalka permanecerá envolvido com a Suzano, participando de
quatro comitês de gestão e provavelmente ocupando também um assento
no conselho da Suzano.
Com relação ao balanço de Suzano, de forma geral, os banco
consultados esperavam reação neutra das ações no pregão de hoje,
tendo em vista os números foram bons e estão em linha com o
consenso. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) atingiu R$ 4,5 bilhões, ligeiramente abaixo das
expectativas do JPMorgan, mas em conformidade com o consenso
compilado para a empresa. Já o desempenho do segmento de celulose
foi marcado por remessas robustas, preços sequencialmente mais
altos e custos mais baixos. Por outro lado, o papel decepcionou um
pouco devido a preços mais baixos e custos mais elevados.
Ao olhar para a Rumo, João Alberto Fernandes de Abreu será
substituído no cargo de CEO por Pedro Marcus Lira Palma, atual
diretor comercial da companhia. O JPMorgan também aponta que a
notícia foi inesperada e que, embora raramente seja bom ver um
executivo bem conceituado deixando uma empresa, acredita que a
substituição interna deverá levar a uma transição tranquila,
limitando qualquer interrupção significativa na estratégia da Rumo.
Lira Palma está na Rumo há mais de uma década, em diferentes
funções, atuando como Diretor Comercial desde 2020.
Morgan Stanley
O Morgan Stanley apontou que João Alberto, atual CEO da Rumo,
enfrentou um dilema, uma vez que RAIL3 está em um ótimo momento do
ciclo, mas substituir Walter Schalka na gestão da Suzano é uma
grande oportunidade na carreira de qualquer CEO. Vendo transição
suave e continuidade na estratégia, o banco lembra que o novo CEO
Lira Palma ajudou a mudar a posição comercial da empresa e a
estrutura de preços. Os analistas de XP, JPMorgan, Morgan e Citi
têm recomendação equivalente à compra para as ações da Rumo.
XP
Embora inesperada para este momento, a XP Investimentos possui
uma visão neutra sobre a mudança de comando para a empresa de papel
e celulose, uma vez que Schalka deixa a empresa após a conclusão de
um dos projetos mais desafiadores da companhia, com um período de
transição (entre abril e julho) tornando a sucessão menos
disruptiva, além de ser indicado também para uma cadeira no
Conselho de Administração, com João Alberto Fernandes assumindo
efetivamente o posto em julho deste ano.
O Itaú BBA e o Bradesco BBI mantêm classificação outperform
(desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e
preço-alvo de, respectivamente, R$ 63 e R$ 72,50, para a Suzano. O
JPMorgan também tem recomendação equivalente à compra e preço-alvo
de R$ 72.
A XP Investimentos reitera a Suzano como sua preferida no
segmento de Papel e Celulose. Já o Morgan Stanley recomenda venda
do papel, com preço-alvo de R$ 47.
Informações Broadcast
SUZANO PAPEL ON (BOV:SUZB3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
SUZANO PAPEL ON (BOV:SUZB3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024