Itaú BBA eleva recomendação da Gerdau, com avaliação atrativa, melhores perspectivas para o Brasil e rentabilidade resiliente nos EUA
06 Maio 2024 - 2:35PM
ADVFN News
Apesar do momento difícil para o setor de mineração e
siderurgia, o Itaú BBA elevou a recomendação para ação da Gerdau de
market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à
neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado,
equivalente à compra), com base em sua avaliação atrativa, melhores
perspectivas para o Brasil e rentabilidade resiliente nos EUA. O
novo preço-alvo é de R$ 24, o que representa um potencial de
valorização de 22,1% frente a cotação de fechamento da última
sexta-feira (3) de R$ 19,66.
O BBA destaca que a gestão da siderúrgica está otimista em
relação à melhoria das margens em 2024, principalmente apoiada por
um cenário competitivo melhor e maior eficiência (otimização de
custos).
Em relação ao primeiro ponto, a Gerdau acolheu bem o esquema de
cotas + tarifa de importação recentemente anunciado para
importações no Brasil, o que poderia levar a ganhos de participação
de mercado versus produtos importados. Quanto ao segundo ponto, a
Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) destacou que está avançando com a
otimização de ativos, incluindo o fechamento de capacidades em
plantas menores e maior utilização da capacidade em grandes
usinas.
Analistas também pontuam que existe espaço para melhoria nas
despesas com pessoal, tendo em vista que aumentaram
significativamente pós-COVID, cerca de 3.500 em 2023.
De acordo com cálculos do BBA, um retorno à configuração
anterior poderia levar a uma redução de aproximadamente R$ 700
milhões por ano nos custos de produtos vendidos numa base
normalizada. Isso, somado a uma potencial redução nos custos fixos
após a otimização do mapa de ativos, poderia resultar em economias
de até R$ 1 bilhão por ano.
O Itaú BBA também observa que os custos de pessoal da Gerdau por
tonelada na divisão de negócios brasileira aumentaram mais do que
outros componentes de custo e superaram amplamente a inflação,
principalmente após o início da COVID. No geral, analistas esperam
que a lucratividade melhore gradualmente ao longo do ano, com um
Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)
de R$ 3,2 bilhões no Brasil e uma margem de 12%.
Com relação às operações nos EUA, o BBA espera que a
lucratividade permaneça resiliente, apoiada por ventos favoráveis
do governo, como a Lei de Redução da Inflação (principalmente
projetos de energia solar) e iniciativas relacionadas ao
reshoring.
No entanto, a Gerdau destacou que a demanda decorrente do
Projeto de Infraestrutura está demorando mais para se materializar
em uma demanda maior de aço do que anteriormente esperado. Como
resultado da dinâmica de demanda razoável, a Gerdau prevê que as
margens de Ebitda permaneçam relativamente estáveis nos próximos
trimestres, cerca de 24% no 1º trimestre de 2024.
De forma geral, o banco adotou uma postura mais positiva em
relação às margens da divisão e prevê um Ebitda de R$ 5,7 bilhões e
uma margem de 22,5% para 2024, acima dos 17,2% do modelo anterior,
estabilizando em 19% adiante.
Informações Infomoney
GERDAU ON (BOV:GGBR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jan 2025 até Fev 2025
GERDAU ON (BOV:GGBR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Fev 2025