O Bradesco BBI assumiu a cobertura das empresas brasileiras de telecomunicações Vivo e TIM, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para ambas.

A equipe de research do banco justifica o otimismo em função da boa fase vivenciada pelo setor após a recente consolidação do mercado móvel.

Nesse contexto, analistas esperam que a dinâmica positiva de preços na indústria móvel persista, sustentando o crescimento da receita móvel da indústria cerca de 2 pontos percentuais acima da inflação. Também esperam um crescimento real das receitas dilua o opex e o capex, e impulsione a geração de caixa para ambas as empresas.

O BBI destaca que as recentes fusões e aquisições (aquisição da Oi em 2022 e da Nextel em 2019) reduziram a concorrência e permitiram uma dinâmica de preços favorável. “Consequentemente, as receitas móveis começaram a superar a inflação e as margens começaram a aumentar”, explica. “Todas as empresas de telecomunicações aumentaram os seus preços até certo ponto nos últimos seis meses, sugerindo que os ventos favoráveis ​​deverão continuar a soprar”, completa.

Além disso, segundo o relatório, a diminuição das taxas de rotatividade parece reforçar a sustentabilidade destas tendências favoráveis.

Em uma analogia, o BBI vê as operadoras móveis desfrutando de uma espécie de período de lua de mel. “O fato de ainda não se conhecerem bem (como o outro poderia reagir) tem levado a uma execução cuidadosa das suas estratégias comerciais, embora sempre com uma abordagem de coração aberto (ex.: preços dos planos móveis sobem)”, comenta o banco. Mas ressalta que enxerga algumas evidências de que esta fase de lua de mel pode durar algum tempo.

Com relação a avaliação, segundo cálculos do banco, Vivo (BOV:VIVT3) e TIM (BOV:TIMS3) estão descontados para suas médias históricas de Valor da Firma (EV)/ lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), com a Vivo sendo negociada perto de seu mínimo de 5 anos. Nesta métrica, o banco vê a Vivo em 4,0 vezes e a TIM em 4,3 vezes em 2024 e um rendimento dividendos de cerca de 8% para ambos em 2024.

O BBI comenta ter ligeira preferência pela Vivo por motivos de avaliação (maior vantagem baseada no modelo de fluxo de caixa descontado, ou DCF, e uma provável recuperação no EV/Ebitda) e maior confiança em uma execução sólida no segmento móvel. O preço-alvo é de R$ 59 para ações da Vivo, o que representa um potencial de valorização de 28% frente a cotação de fechamento da última quarta-feira (22) de R$ 46,07.

Já para TIM, o preço-alvo passou de R$ 21 para R$ 20, o que significa um potencial de alta de 19% em relação ao preço de fechamento da véspera de R$ 16,80.

Informações Infomoney
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