A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta segunda-feira (29).

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Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo 8 na Bacia de Campos e 4 na Bacia de Santos.

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.

Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

Especificamente a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.

VISÃO DO MERCADO

A Petrobras divulgou sua prévia operacional na noite de ontem (29). Nos dados do segundo trimestre de 2024, a produção de óleo teve alta de 2,4% (na comparação com o 2T23). Na comparação com o último trimestre, houve queda sequencial já esperada com base nos dados preliminares da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os dados elevaram as previsões do Morgan Stanley para a companhia. Ainda que a produção do petróleo tenha ficado 1,2% abaixo das estimativas do banco estrangeiro, a compensação veio a partir de maior volume de exportações líquidas de petróleo e derivados. O Morgan destacou também que segue classificando a companhia como equal weight (similar à neutro) pelo nível de ruído de intervenção ainda presente, em especial no episódio de possível retenção dos dividendos extraordinários.

De acordo com o Itaú BBA, a diminuição no trimestre se deu devido a aumento de perdas por paradas programadas e manutenção. Além disso, foram necessárias intervenções não planejadas em maquinário nas plataformas de Búzios e nos campos pós-sal.

O Bradesco BBI, por sua vez, ressaltou que o volume de vendas, sazonalmente mais alto, foi compensado pela menor produção, também citando as paradas e manutenções programadas, bem como por intervenções não programadas em campos do pré-sal e do pós-sal, parcialmente atenuadas pelo avanço da utilização do FPSO Sepetiba no campo de Mero e por dois novos poços em projetos complementares na bacia de Campos.

Pré-sal ganha espaço

O destaque da produção foi o pré-sal, que atingiu 67% da produção total da Petrobras. Ainda assim, houve queda trimestral de 2,3%.

“ Achamos a performance positiva, ainda que razoavelmente em linha com o guidance da empresa. Pré-Sal segue performando muito bem e segue ganhando representatividade dentro da produção da empresa, o que deve nos preços realizados do produto e redução de lifting cost”, considerou a Genial.

Dentre as atualizações fornecidas pela companhia, está o início de produção do segundo poço produtor do FPSO (Floating Production Storage and Offloading, unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) Sepetiba. Além disso, haverá, no segundo semestre, início de operação nos FPSO Marechal Duque de Caixas e FPSO Maria Quitéria.

A análise também destacou que as vendas de derivados de petróleo aumentaram 3,2% no 2T24, atingindo 1,7 Mbpd (milhão de barris por dia), impulsionadas por maiores vendas de diesel (3,8%) e GLP (10,1%). O aumento nas vendas de diesel, de acordo com a análise, foi impulsionado pelo consumo sazonal e a alta nas vendas de GLP foi causada por temperaturas mais baixas. As vendas de gasolina subiram 1,6%, enquanto as vendas de óleo combustível diminuíram 32,4%.

Já as importações caíram 11,6%, principalmente devido a menor importação de diesel, após altos volumes no trimestre anterior para reabastecer estoques. As exportações de petróleo permaneceram estáveis. Dentre os principais destinos das exportações, estão China (50%), Europa (30%), América Latina (5%), EUA (5%), Ásia excluindo China (9%) e Caribe (1%).

As vendas de gás natural totalizaram 44 milhões de m³/dia, uma queda de 6,4%, devido à maior participação de outros agentes no mercado. De acordo com as informações divulgadas, a Petrobras reduziu as importações de gás natural da Bolívia em 2 milhões de m³/dia, conforme flexibilidade contratual. A venda de disponibilidade térmica em leilão permaneceu constante no trimestre, mas caiu 28% em relação ao 2T23, devido ao fim de contratos de leilão para as usinas Seropédica, Três Lagoas e Termoceará, comenta o BBA.

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