O Goldman Sachs elevou a recomendação da Ultrapar de neutro para compra e reduziu o preço-alvo de R$ 25,10 para R$ 19,70, pois a empresa está em uma posição mais favorável em um cenário de aumento das taxas de juros no Brasil (menor nível de alavancagem), o que poderia se traduzir em aquisições e fusões que gerem valor (historicamente, um ambiente macroeconômico desafiador costuma oferecer boas oportunidades de M&A) ou em dividendos mais altos.

A equipe de análise projeta retornos para os acionistas (dividendos + recompra de ações) de 7% e 9% em 2025 e no próximo ano, mantendo o endividamento (Dívida Líquida/EBITDA) abaixo de 1,5 vez.

Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.

O Goldman Sach acredita que a Ipiranga, da Ultrapar (BOV:UGPA3), continuará a entregar margens abaixo das da Vibra (cerca de 10% devido à maior escala da Vibra), em R$ 145/m³ em 2025.

O banco vê méritos no novo modelo de governança da Ultrapar (com cada subsidiária tendo seu próprio conselho de administração), pois isso poderia aumentar a agilidade e posicionar a holding como um investidor estratégico.

A avaliação atual parece razoável, com Preço/Lucro de 10,3 e 8,3 vezes para 2025 e 2026, abaixo da média histórica da Ultrapar de cerca de 14 vezes, o que analistas acreditam já refletir o ambiente de custo de capital mais alto.

Vibra

O banco americano ainda rebaixou a recomendação da Vibra (BOV:VBBR3) de compra para neutro, com preço-alvo passando de R$ 27,40 para R$ 19,50, uma vez que projeta revisões negativas adicionais nas estimativas para 2025. A previsão de lucro líquido está cerca de 27% abaixo do consenso do Bloomberg.

Analistas acreditam que o consenso ainda não incorporou completamente o efeito do aumento das taxas de juros e o impacto negativo nos lucros da recente aquisição da Comerc Energia.

Eles também acreditam que o nível relativamente alto de endividamento da Vibra (superior a 2 vezes até o final deste ano após a incorporação da Comerc, contra 1,2 vez da Ultrapar como referência) limitará o espaço para remuneração aos acionistas (dividend yield de 5% em 2025 e 2026) e para o uso de capital no curto-médio prazo.

O Goldman espera uma geração de caixa significativa que projeta para os próximos anos (cerca de 18% em média de FCFy em 2026 e 2027) seja utilizada para reduzir o endividamento (especialmente considerando o cenário macroeconômico desafiador no Brasil).

Na avaliação do banco, a indústria de distribuição de combustíveis é um setor com oportunidades limitadas de crescimento (os volumes historicamente cresceram em linha com o PIB real, tornando o setor uma jogada de valor), e a limitação na distribuição de dividendos pode reduzir a atratividade da ação.

Informações Infomoney
ULTRAPAR ON (BOV:UGPA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jan 2025 até Fev 2025 Click aqui para mais gráficos ULTRAPAR ON.
ULTRAPAR ON (BOV:UGPA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Fev 2025 Click aqui para mais gráficos ULTRAPAR ON.