Goldman Sachs recomenda compra da Ultrapar, devido à sua posição favorável diante da alta dos juros no Brasil
31 Janeiro 2025 - 3:29PM
ADVFN News
O Goldman Sachs elevou a recomendação da Ultrapar de neutro para
compra e reduziu o preço-alvo de R$ 25,10 para R$ 19,70, pois a
empresa está em uma posição mais favorável em um cenário de aumento
das taxas de juros no Brasil (menor nível de alavancagem), o que
poderia se traduzir em aquisições e fusões que gerem valor
(historicamente, um ambiente macroeconômico desafiador costuma
oferecer boas oportunidades de M&A) ou em dividendos mais
altos.
A equipe de análise projeta retornos para os acionistas
(dividendos + recompra de ações) de 7% e 9% em 2025 e no próximo
ano, mantendo o endividamento (Dívida Líquida/EBITDA) abaixo de 1,5
vez.
O Goldman Sach acredita que a Ipiranga, da Ultrapar (BOV:UGPA3),
continuará a entregar margens abaixo das da Vibra (cerca de 10%
devido à maior escala da Vibra), em R$ 145/m³ em 2025.
O banco vê méritos no novo modelo de governança da Ultrapar (com
cada subsidiária tendo seu próprio conselho de administração), pois
isso poderia aumentar a agilidade e posicionar a holding como um
investidor estratégico.
A avaliação atual parece razoável, com Preço/Lucro de 10,3 e 8,3
vezes para 2025 e 2026, abaixo da média histórica da Ultrapar de
cerca de 14 vezes, o que analistas acreditam já refletir o ambiente
de custo de capital mais alto.
Vibra
O banco americano ainda rebaixou a recomendação da Vibra
(BOV:VBBR3) de compra para neutro, com preço-alvo passando de R$
27,40 para R$ 19,50, uma vez que projeta revisões negativas
adicionais nas estimativas para 2025. A previsão de lucro líquido
está cerca de 27% abaixo do consenso do Bloomberg.
Analistas acreditam que o consenso ainda não incorporou
completamente o efeito do aumento das taxas de juros e o impacto
negativo nos lucros da recente aquisição da Comerc Energia.
Eles também acreditam que o nível relativamente alto de
endividamento da Vibra (superior a 2 vezes até o final deste ano
após a incorporação da Comerc, contra 1,2 vez da Ultrapar como
referência) limitará o espaço para remuneração aos acionistas
(dividend yield de 5% em 2025 e 2026) e para o uso de capital no
curto-médio prazo.
O Goldman espera uma geração de caixa significativa que projeta
para os próximos anos (cerca de 18% em média de FCFy em 2026 e
2027) seja utilizada para reduzir o endividamento (especialmente
considerando o cenário macroeconômico desafiador no Brasil).
Na avaliação do banco, a indústria de distribuição de
combustíveis é um setor com oportunidades limitadas de crescimento
(os volumes historicamente cresceram em linha com o PIB real,
tornando o setor uma jogada de valor), e a limitação na
distribuição de dividendos pode reduzir a atratividade da ação.
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