A Gerdau reportou lucro líquido ajustado de R$ 666 bilhões no
quarto trimestre de 2024 (4T24), montante 9% inferior ao reportado
no mesmo intervalo de 2023, informou a companhia siderúrgica.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 2,391 bilhões no
4T24, uma alta de 17,2% em relação ao 4T23.
A margem Ebitda ajustada atingiu 14,2% entre outubro e dezembro
do ano passado ano, alta de 0,4 pontos percentuais (p.p.) frente a
margem registrada em 4T23.
A receita líquida somou R$ 16,8 bilhões no quarto trimestre de
2024, alta de 14,3% na comparação com igual etapa de 2023.
A projeção do consenso Lseg era de R$ 810,31 milhões para o
lucro, Ebitda de R$ 2,362 bilhões.
Em 31 de dezembro de 2024, a dívida líquida da companhia era de
R$ 5,36 bilhões, uma queda de 3,4% na comparação com a mesma etapa
de 2023.
Plano de investimentos
A companhia também anunciou a aprovação da projeção para o plano
de investimentos CAPEX para o ano vigente, no valor de R$ 6
bilhões. O montante diz respeito a projetos voltados para
Manutenção e Competitividade.
Os resultados da Gerdau (BOV:GGBR3)
(BOV:GGBR4)
referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 20/02/2025.
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Teleconferência
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou que, se o governo
brasileiro não tomar medidas de defesa econômica, a empresa irá
repensar o nível de investimentos no Brasil.
O executivo lembrou que a companhia anunciou na quarta-feira,
19, uma previsão de investimentos de R$ 6 bilhões no País em 2025,
mantendo o nível do ano anterior. Assim, ele diz que, para este
ano, essa cifra deve ser mantida.
Eventuais reduções viriam para os próximos anos e, na visão de
Werneck, o primeiro trimestre de 2025 é estratégico para que o
governo brasileiro tome essa decisão. “É frustrante ver que o
governo brasileiro não é célere para tomar medidas de defesa
comercial”, disse.
Ele pontuou que o governo norte-americano tem sido mais ágil
nesse sentido.
Werneck disse que a companhia deixou de usar o termo proteção e
passou a preferir o termo “defesa comercial”, por entender que a
empresa é competitiva em cenários isonômicos, mas que a atual
conjuntura exige mecanismos de defesa contra importações que não
respeitam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Sempre competimos de igual para igual. Nunca precisamos de
proteção. A questão é defender a indústria contra uma competição
desleal”, afirmou.
Ele afirmou ainda que as empresas chinesas exportam aço
subsidiado com dinheiro público.
O CFO da companhia, Rafael Japur, disse que a empresa poderia
estar vendendo cerca de 10% a mais de aço no Brasil se importações
não tivessem dobrado nos últimos anos.
Werneck afirmou que a empresa tem pela frente a conclusão do
laminador de bobinas laminadas a quente em Ouro Branco (MG), com
início previsto para fevereiro. “Vamos começar a operar laminador
com dificuldade de vender”, disse, em referência à sobreoferta de
aço importado no Brasil.
Ele explicou que a empresa já hibernou outra fábrica em Barão
dos Cocais (MG), devido ao excesso de importações.
Werneck afirmou ainda que a companhia segue estudando a
possibilidade de investir em uma nova planta no México.
Japur diz que as condições mudaram desde que a companhia
anunciou, em meados de 2024, que avaliaria esse investimento até o
fim do ano.
VISÃO DO MERCADO
Segundo o Morgan Stanley, o desempenho do Ebitda foi
impulsionado por maiores receitas líquidas, apesar de despesas
gerais e administrativas ligeiramente maiores.
A Gerdau também anunciou sua orientação de capex para 2025 de R$
6 bilhões, o que ficou 4% abaixo do consenso de R$ 6,3 bilhões e 7%
abaixo da previsão R$ 6,5 bilhões do Morgan. O Morgan ressalta que
o valor orientado não inclui transações de fusões e aquisições
(M&A), como a recente aquisição das PCHs Garganta da Jararaca e
Paranatinga II.
O Morgan Stanley reiterou recomendação equivalente à compra e
preço-alvo de R$ 27.
Com a rentabilidade mais fraca amplamente esperada na América do
Norte como o principal ponto negativo dos resultados, a XP
Investimentos comenta em relatório que as incertezas sobre o
momento de um potencial ponto de inflexão nos preços/demanda (se
for o caso) nos EUA permanecem como o principal ponto de
interrogação dos investidores antes de 2025.
Além disso, embora os riscos de uma desaceleração macro no
Brasil não devam ser negligenciados, a XP acredita que as
iniciativas de redução de custos da Gerdau ao longo de 2024
poderiam mitigar parcialmente um ambiente de preços mais fraco no
mercado interno. Por fim, reiterou a classificação de compra na
Gerdau, com a companhia sendo negociada em um nível de valuation
assimétrico (e descontado) abaixo de 4 vezes Valor da Firma
(EV)/Ebitda para 2025.
Para o BBI, a Gerdau relatou tendências desafiadoras, como
esperado para o 4T24, com desempenhos sequencialmente mais fracos
em todas as geografias em que atua. O banco observa que suas
margens nos Estados Unidos atingiram o menor nível desde o quarto
trimestre de 2020 (4T20), impactadas pela combinação de volumes e
preços mais baixos. Enquanto isso, a geração de caixa caiu para R$
427 milhões.
O BBI reiterou sua postura cautelosa e a recomendação neutra
para as ações da Gerdau.
A Genial Investimentos, por sua vez, destaca que a companhia
manteve sua trajetória de recuperação operacional no Brasil,
impulsionada tanto pelos embarques, que chegaram a 1,284 milhão de
tonelada, com uma alta suave de +1,3% na base anual, apesar da
desaceleração sequencial de -0,5% com o trimestre anterior, típica
da sazonalidade, como também pelo incremento marginal no preço
realizado.
Por outro lado, a unidade de negócios da América do Norte
enfrentou um trimestre de pressão temporária na rentabilidade, como
reflexo da queda no preço realizado, impactado por um cenário mais
desafiador para o consumo de aço, em meio a (i) taxas de juros
elevadas nos EUA, (ii) paradas programadas para manutenção, e (iii)
concorrência acirrada com importados por participação de
mercado.
Como resultado, as vendas somaram 914 mil toneladas, em linha
com as estimativas da Genial, refletindo o cenário adverso. A
Receita Líquida consolidada ficou em R$ 16,8 bilhões, 3,2% acima
das expectativas da corretora, sustentada parcialmente pela
valorização da taxa de câmbio, que ajudou a atenuar o impacto da
queda de preço realizado na ON América do Norte em dólares, na
conversão para o real.
A Genial manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$
23,40.
De acordo com o Itaú BBA, os resultados foram marcados por uma
deterioração sequencial nas margens em todos os níveis, seguindo a
fraca sazonalidade do final do ano. A Gerdau projetou um capex de
R$ 6,0 bilhões em 2025, em linha com a estimativa do banco.
“Olhando para o futuro, todos os olhos estão voltados para o
equilíbrio entre a piora do desempenho do segmento de aço longo
brasileiro (principalmente devido aos preços mais baixos) e a
melhora do ambiente operacional nos EUA, com volumes
sequencialmente maiores e custos mais baixos com paradas para
manutenção”, comenta o BBA.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
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