Schulz retoma investimento e contrata 450 pessoas
14/03/2018 - Notícias
Embalada pela propagação de equipamentos pneumáticos na indústria e pela confiança na conquista de mercado com inovação de produtos, a fabricante de compressores de ar Schulz, de Joinville (SC), está investindo R$ 150 milhões para ampliar sua capacidade produtiva nos próximos três anos. Esse processo já se iniciou e, para começar a tocar o projeto, só nos últimos três meses de 2017 a empresa contratou 450 funcionários, com mais 145 pessoas chegando neste ano até agora.
O objetivo da companhia é já em 2...
Schulz retoma investimento e contrata 450 pessoas
14/03/2018 - Notícias
Embalada pela propagação de equipamentos pneumáticos na indústria e pela confiança na conquista de mercado com inovação de produtos, a fabricante de compressores de ar Schulz, de Joinville (SC), está investindo R$ 150 milhões para ampliar sua capacidade produtiva nos próximos três anos. Esse processo já se iniciou e, para começar a tocar o projeto, só nos últimos três meses de 2017 a empresa contratou 450 funcionários, com mais 145 pessoas chegando neste ano até agora.
O objetivo da companhia é já em 2019 elevar sua capacidade produtiva em quase um quarto, das 120 mil toneladas anuais de 2017. Ainda sem perspectiva exata de quanto suas instalações cresceriam, principalmente porque a capacidade dependerá do mix de produtos fabricados, nos próximos cinco anos a expectativa é elevar a receita líquida em 12% a 15%, em média, por exercício.
Nos nove primeiros meses de 2017, último balanço divulgado, a Schulz apresentou receita líquida de R$ 500,6 milhões, ou seja, um ritmo anual de R$ 668 milhões. Se crescer do jeito que pretende, ultrapassaria R$ 1 bilhão no início da próxima década. A empresa vende compressores, ferramentas pneumáticas, secadores, aspiradores, entre outros.
“Nosso sistema de distribuição é muito forte e capilarizado, garantindo uma taxa de aumento da receita desse tamanho”, explica Ovandi Rosenstock, um dos cofundadores e atual presidente-executivo da companhia. Ele ainda é sócio da empresa, de capital aberto e negociada na B3, com 17,9% das ações ordinárias e 6,8% das preferenciais. “Isso, inclusive, que nos ajudou na crise. Nenhuma distribuidora garante mais que 13% do faturamento”, acrescenta.
A maior capacidade instalada permitirá à Schulz dar um salto estrutural. Entre 2014 e 2017, o crescimento médio da receita ficou entre 5% a 10% ano a ano. Outro motivo para Rosenstock confiar nas projeções é a área de inovação. A fabricante de compressores investe cerca de 2,5% do faturamento ao ano em pesquisa e desenvolvimento e tem um laboratório há 20 anos para criar novos produtos.
Só em um novo compressor chamado de Audaz, foram gastos quase R$ 8 milhões, investimento que a catarinense aposta se pagará em cerca de quatro anos. Quando se consolidar no mercado – e já pretende terminar 2018 com 60% as 65% do mercado latino-americano -, o ganho potencial de receita, sobre o que é contabilizado atualmente, pode ser de 7% a 10%.
Apesar da baixa liquidez em bolsa, explicada pelo executivo com o fato de a maior parte das ações estar em grandes carteiras de bancos como o Bradesco, a Schulz tem se beneficiado também no mercado de capitais da sua resistência à recessão econômica. Nos últimos 12 meses, a valorização dos papéis sem direito a voto, que são os mais negociados, foi de 41%. Só em 2018, o ativo sobe 12%, para R$ 7,73, próximo às máximas em quase quatro anos. Seu valor de mercado bateu os R$ 493 milhões.
“Temos hoje cerca de 65% do mercado brasileiro de compressores”, conta Rosenstock. “A maior presença é na região Sudeste, com cerca de 40%. Só no Brasil, nossos distribuidores chegam a 7.000, com mais 500 na rede da América Latina.” O mercado externo atende por quase 35% da receita, sendo 40% das exportações vendida nos Estados Unidos. Segundo o executivo, a rentabilidade das vendas por aqui e lá fora são semelhantes.
No balanço, a recuperação aparece na própria receita de R$ 500,6 milhões dos nove meses de 2017, alta de 13,3% na comparação anual. O lucro operacional cresceu 29,7%, para R$ 44,1 milhões.
Valor Econômico – 06.03.18 – por Renato Rostás
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