Tenda se mostrou extremamente forte hoje.
Está bastante descontada e me parece que não há mais espaço para queda.
Creio que semana que vem será muito proveitosa.
Segue mais uma notícia promissora...
14:21 ESPECIAL: CONSTRUÇÃO ENTRA EM 2010 COM EXPECTATIVA INVERSA À DE 2009
São Paulo, 18 - Depois de revisar para baixo a maior parte das projeções para 2009, a cadeia da
construção civil está otimista para 2010. O crescimento esperado pela área - composta pelo mercado
imobiliário, por obras públicas, pelo segmento privado de ampliação de unidades comerciais e
indust...
Tenda se mostrou extremamente forte hoje.
Está bastante descontada e me parece que não há mais espaço para queda.
Creio que semana que vem será muito proveitosa.
Segue mais uma notícia promissora...
14:21 ESPECIAL: CONSTRUÇÃO ENTRA EM 2010 COM EXPECTATIVA INVERSA À DE 2009
São Paulo, 18 - Depois de revisar para baixo a maior parte das projeções para 2009, a cadeia da
construção civil está otimista para 2010. O crescimento esperado pela área - composta pelo mercado
imobiliário, por obras públicas, pelo segmento privado de ampliação de unidades comerciais e
industriais e pela autoconstrução e reforma pelas famílias - para o ano que vem é de 8,8%, após a
expansão prevista de 1% neste ano, que foi marcado pelos efeitos da crise financeira global. A
indústria de materiais projeta vendas internas 15,7% maiores em 2010, ante a queda esperada de 8%
a 10% este ano. Já o varejo de materiais prevê expansão de 10%, em relação ao crescimento de 4% a
6% estimado para 2009.
A habitação e o crescimento da economia serão os principais vetores para a expansão esperada para
a construção em 2010, conforme a consultora da FGV Projetos, Ana Maria Castelo. No segmento de
habitação, estão incluídas a produção por parte das construtoras e o consumo de materiais pelas
famílias para construção e reforma. O Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e
Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) divulgou,
recentemente, estimativa de aumento de lançamentos e vendas do mercado imobiliário brasileiro de
10% a 15% em no ano que vem.
No início de 2008, o anúncio das metas de lançamentos das empresas apontava volume 50% superior
ao de 2007. As incorporadoras pretendiam recorrer ao mercado de ações ou de dívida para financiar
seu crescimento e produzir o que tinha sido lançado. Não havia preocupação com a demanda, pois
prazos oferecidos pelos bancos possibilitavam que as prestações coubessem no bolso dos
compradores. Mas a piora das condições do mercado tornou inviáveis novas captações por meio de
ações e, em seguida, passou a ser mais difícil recorrer a debêntures. Incorporadoras reduziram metas
ou se descomprometeram a cumpri-las.
Bem diferente do início de 2008, o ano de 2009 começou num ambiente em que cautela era a palavra
de ordem para incorporadoras, bancos e potenciais consumidores. A febre de lançamentos vista na
primeira metade de 2008 cedeu lugar ao foco na venda dos estoques. Mas à medida que os incentivos
governamentais para o setor foram anunciados a partir do fim de março, as empresas começaram a
tirar a mão do freio pela primeira vez desde o agravamento da crise, em outubro do ano passado.
O principal estímulo à retomada da demanda foi o anúncio do programa "Minha Casa, Minha Vida",
focado na fatia da população com renda de até dez salários mínimos. Outra medida foi o aumento do
valor máximo do imóvel financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e
da poupança de R$ 350 mil para R$ 500 mil. Essas mudanças levaram potenciais compradores de
volta aos plantões de vendas e incentivaram que as empresas voltassem a lançar produtos,
principalmente para os segmentos econômico e de média renda e a anunciassem e revisassem metas
para cima. De maneira distinta da euforia vista em 2007 e nos primeiros meses de 2008, a retomada
dos lançamentos passou a ser acompanhada de cuidados como mais prazo para a pré-venda dos
imóveis.
Apesar de não ter havido descontinuidade das obras, as vendas das indústrias de materiais recuaram
durante 2009. De janeiro a outubro, as vendas internas de materiais caíram 14,81% em relação ao
mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de
Construção (Abramat), e a produção teve retração de 9%. Na avaliação do presidente da Abramat,
Melvyn Fox, as quedas teriam sido ainda mais acentuadas sem as reduções, desonerações e
prorrogações de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de materiais anunciadas pelo governo.
No início do ano, a Abramat estimava crescimento de 5% das vendas domésticas de materiais em
2009. Em abril, a projeção foi revista para expansão de 3%. Em meados do ano, a entidade não
esperava mais que houvesse crescimento e, em setembro, já previa queda de 5%. No fim de
novembro, a previsão passou a ser de redução de 8% a 10%. O varejo de materiais apresentou
desempenho melhor que o da indústria. Segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de
Material de Construção (Anamaco), as vendas do varejo devem crescer de 4% a 6% este ano.
Quando a crise se acirrou, em outubro de 2008, os estoques do varejo e das construtoras estavam em
patamares acima da média, pois até então havia preocupação com o risco de desabastecimento. A
combinação de estoques elevados com a piora da economia resultou na redução do ritmo de compras
de materiais pelo varejo. Até março, houve restrições no crédito para os consumidores finais. A partir
de abril, começaram a vigorar as novas alíquotas de IPI de materiais, mas, como o varejo ainda estava
abastecido com estoques, a indústria não sentiu a reação da demanda na mesma proporção do
comércio.
Moderado
Em 2009, a queda do consumo de materiais pelas famílias foi o principal responsável pelo crescimento
da cadeia de construção mais moderado do que se esperava, segundo o presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe. No fim de
2008, a perspectiva do Sinduscon-SP era de que haveria expansão de 3,5% a 4,7% este ano,
projeção que foi depois reduzida para o piso de 3,5%. Em setembro, a indicação era de que a cadeia
cresceria de 2,5% a 3,5% em 2009, mas, no início de dezembro, o Sinduscon-SP informou estimativa
de expansão da cadeia da construção de 1% este ano.
Há expectativa que o consumo de materiais de construção pelas famílias cresça em 2010, segundo a
consultora da FGV Projetos. Esta semana, a Caixa Econômica Federal lançou linha de crédito de R$ 1
bilhão para a compra de material de construção no varejo, com prazo de financiamento de até 24
meses e valor máximo de cada compra de R$ 10 mil. Conforme o vice-presidente de pessoa física da
Caixa, Fabio Lenza, caso haja demanda, esses recursos poderão ser ampliados em até um R$ 1
bilhão. A Caixa possui outros R$ 4 bilhões por meio do Construcard, linha de até 60 meses e com
carência de seis meses, para reformas de maior porte.
Os financiamentos habitacionais com recursos da Caixa, maior agente na concessão de crédito
imobiliário do País, devem superar R$ 41 bilhões este ano, segundo o vice-presidente de Governo do
banco, Jorge Hereda. Não se trata de uma meta, conforme Hereda, mas de estimativa que considera a
média de contratações de R$ 150 milhões por dia e os R$ 39,3 bilhões concedidos até novembro. A
primeira meta anunciada pela Caixa para o crédito habitacional para este ano foi de R$ 27 bilhões,
revista para R$ 30 bilhões e depois para R$ 38 bilhões.
Segundo Watanabe, para o crescimento esperado para a construção em 2010 contribuem a
recuperação do mercado imobiliário, a expectativa de aceleração da produção de moradias para o
programa habitacional, de expansão das obras de infraestrutura, em função das eleições, e de
retomada dos investimentos do setor privado no aumento da capacidade produtiva. A Copa do Mundo
de 2014 e as Olimpíadas de 2016 reforçam as perspectivas positivas. Fox, da Abramat, diz considerar
"realista" a projeção de expansão traçada para as vendas das indústrias de materiais em 2010, por
estar baseada em "fatos reais, já decididos".
O aquecimento das atividades de construção civil suscita dúvidas de que gargalos enfrentados pelo
setor em 2007 e início de 2008 possam se repetir em 2010. Segundo Fox, o crescimento esperado
para as vendas de materiais não deverá resultar em falta de produtos. As indústrias de materiais estão
utilizando, em média, 85% da capacidade instalada. Sem novos investimentos, poderia haver falta de
produtos em um ou outro segmento, conforme o presidente da Abramat, mas levantamento recente da
entidade apontou que 60% dos fabricantes entrevistados pretende investir nos próximos 12 meses.
O reaquecimento do mercado imobiliário, principalmente neste trimestre, traz de volta o risco de falta
de profissionais especializados para o setor, a partir de 2010, ainda que de forma mais moderada que
no período pré-crise. Por causa da maior demanda por mão de obra, incorporadoras avaliam que é
provável que haja aumento desse custo no próximo ano. O Sinduscon-SP estima aumento de 8% no
total de empregos com carteira assinada do setor em 2010, ou seja, de 180 mil postos de trabalho.
(Chiara Quintão)
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