De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em fevereiro de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista nacional mostrou decréscimo de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série ajustada sazonalmente, devolvendo, dessa forma, parte do avanço de 0,8% registrado na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018. Com isso, a variação da média móvel do trimestre encerrado em fevereiro (0,0%) ficou estável, após variação de 0,3% no trimestre encerrado em janeiro.

No confronto com fevereiro de 2017, o vvolume de vendas do comércio varejista assinalou expansão de 1,3%, décima primeira taxa positiva consecutiva nessa comparação, sendo o resultado de fevereiro de 2018 o menos acentuado. Assim, o varejo acumulou crescimento de 2,3% nos dois primeiros meses de 2018. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 2,8% em fevereiro de 2018, registrou resultado positivo mais elevado desde outubro de 2014 (3,1%) e prosseguiu em trajetória ascendente iniciada em outubro de 2016 (-6,8%).

O comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, com variação de -0,1% para o volume de vendas na comparação com janeiro de 2018, mostrou resultado próximo a estabilidade pelo segundo mês consecutivo. Com isso a variação da média móvel trimestral para o varejo ampliado também ficou próximo a estabilidade no trimestre encerrado em fevereiro (-0,1%) sinalizando perda de ritmo em relação ao trimestre encerrado em janeiro (0,7%).

Ainda em relação ao comércio varejista ampliado, o aumento do volume de vendas em relação a fevereiro de 2017 foi de 5,2%, décima taxa positiva seguida, acumulando ganho de 5,9% no bimestre janeirofevereiro. Em relação ao indicador acumulando nos últimos doze meses, ao mostrar expansão 5,4% em fevereiro de 2018 e assinalou a maior variação positiva desde julho de 2013 (5,8%).

Volume de Vendas por Setor no Varejo Brasileiro em Fevereiro de 2018

O decréscimo de 0,2% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de janeiro para fevereiro de 2018, série ajustada sazonalmente, foi acompanhado por quatro das oito atividades investigadas, conforme Gráfico 3. Dentre essas, o recuo mais relevante foi observado em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%), setor de maior peso na estrutura que compõem o varejo, seguido por Tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,8%), todos compensando os avanços registrados no mês anterior de 2,3%, 0,8% e 7,3%, respectivamente, enquanto Combustíveis e lubrificantes, ao apontar recuo de 1,4%, marcou o quarto resultado negativo seguido nessa comparação. Por outro lado, com resultado positivo frente a janeiro de 2018, encontram-se: Móveis e eletrodomésticos (1,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,8%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelarias (1,6%). Considerando o comércio varejista ampliado, a variação ficou próxima a estabilidade (-0,1%), com Veículos e motos, partes e peças mostrando avanço de 2,5%, enquanto Material de construção assinalou decréscimo de 0,3% para o volume de vendas.

Em fevereiro de 2018, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 1,3% no confronto com igual mês do ano anterior, décimo primeiro resultado positivo seguido, porém registrou a menor taxa entre eles. O resultado positivo de fevereiro foi disseminado entre as atividades, alcançando cinco das oito atividades que compõem o varejo. Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram os seguintes: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%), Móveis e eletrodomésticos (3,2%), e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,8%). Por outro lado, pressionando negativamente a formação da taxa global de fevereiro de 2018, figuram: Combustíveis e lubrificantes (-7,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-5,8%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%).

Receita de Vendas por Setor no Varejo Brasileiro em Fevereiro de 2018

Volume de Vendas por Região no Varejo Brasileiro em Fevereiro de 2018

Na passagem de janeiro para fevereiro de 2018, na série com ajuste sazonal, as vendas no comércio varejista avançam em 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Tocantins (9,9%), enquanto no Mato Grosso as vendas do varejo ficaram estáveis (0,0%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (-3,2%) e Distrito Federal (-3,0%) mostraram os maiores recuos nas vendas nessa comparação, conforme Gráfico 4. Ainda na série ajustada, no comércio varejista ampliado, 15 das 27 Unidades da Federação mostraram aumento nas vendas, com as maiores taxas sendo registradas no Amapá (7,4%), Espírito Santo (7,2%) e Tocantins (7,0%), enquanto a menor variação foi no Rio Grande do Norte (-4,6%).

Frente a fevereiro de 2017, na série original, o comércio varejista registrou aumento no volume de vendas em 17 das 27 Unidades da Federação, com destaque positivo, em termos de magnitude de taxa para Tocantins (19,7%), Espírito Santo (16,9%) e Roraima (12,0%). Por outro lado, Goiás (-9,7%) e Distrito Federal (-3,0%) figuram com as taxas negativas mais elevadas dentre todas as Unidades da Federação, segundo o Gráfico 6. Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo, destacaram-se: Rio Grande do Sul (10,0%), Santa Catarina (9,3%) e Espírito Santo (16,9%).

Considerando o comércio varejista ampliado, 23 das 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas no volume de vendas na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque, em termos de magnitude, para Espírito Santo (34,9%); Tocantins (20,7%); Roraima (16,8%). Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo ampliado, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (4,9%); Santa Catarina (12,9%) e Rio Grande do Sul (10,0%).

Receita de Vendas por Região no Varejo Brasileiro em Fevereiro de 2018

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