Pnad
Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) produz diversos indicadores mensais, trimestrais e anuais sobre o mercado de trabalho no Brasil, constituindo um indicativo ágil dos efeitos da conjuntura econômica sobre esse mercado, além de atender a outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do país. A Pnad abrange informações referentes à quantidade de pessoas com emprego, quantidade de pessoas sem emprego, taxa de ocupação, taxa de desemprego e rendimento médio dos trabalhadores.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) destina-se a produzir informações contínuas sobre a inserção da população brasileira no mercado de trabalho associada a características demográficas e de educação, e, também, para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
A pesquisa também produz resultados anuais sobre temas permanentes como trabalho infantil e outras formas de trabalho, migração, fecundidade e outros aspectos relevantes selecionados de acordo com as necessidades de informação.
A Pnad é realizada por meio de uma amostra de domicílios, extraída de uma amostra mestra, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos níveis geográficos definidos para sua divulgação. A cada trimestre, são investigados 211.344 domicílios particulares permanentes, em aproximadamente 16.000 setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
Idealizada desde 2006 e com dados coletados a partir de 2012, a Pnad Contínua foi desenhada para ser uma pesquisa trimestral com informações sobre mercado de trabalho do país todo e substituir a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), restrita as seis maiores regiões metropolitanas do país. Após pressão de usuários da pesquisa, o IBGE decidiu que apresentaria dados mensalmente a partir de 2015 – as divulgações a cada três meses começaram em 2014.
Atualmente, a periodicidade da pesquisa é: mensal, para um conjunto restrito de indicadores relacionados à força de trabalho e somente para o nível geográfico de Brasil; trimestral, para indicadores relacionados à força de trabalho; e anual, para os demais temas permanentes da pesquisa e indicadores complementares relacionados à força de trabalho; e variável, para outros temas ou tópicos dos temas permanentes a serem pesquisados com maior periodicidade ou ocasionalmente.
PME x Pnad
Uma das principais diferenças entre a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) é a amplitude. Enquanto a PME entrevista pessoas em 44 mil domicílios localizados em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), a Pnad tem uma amostra de 211 mil domicílios em mais de 3.500 municípios brasileiros.
As pesquisas têm diferenças também sobre os conceitos usados. Por exemplo, a PME considera que as pessoas de dez anos ou mais estavam em idade de trabalhar. Na Pnad, esse limite mínimo é de catorze anos. Outra diferença importante é sobre o conceito de desocupação. Na PME, só era considerada desempregada a pessoa que, além de estar sem trabalho e disponível para entrar no mercado, havia procurado emprego nos últimos 30 dias. Já na Pnad, estar sem ocupação e ao mesmo tempo disponível para um emprego é o suficiente para a pessoa ser considerada desocupada.
A criação da Pnad teve por objetivo pôr fim a uma das maiores deficiências da PME, que era considerar como inativo aquele trabalhador que havia desistido de procurar emprego, mas continuava interessado em voltar ao mercado.
Taxa de Desemprego
A taxa de desemprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), refere-se à proporção entre a População Desempregada e a População Economicamente Ativa. A taxa de desemprego também é conhecida como taxa de desocupação.
Os dados de desemprego da Pnad Contínua foram os primeiros a serem divulgados segundo a nova metodologia de cálculo da pesquisa, em que os resultados trimestrais são atualizados e apresentados mensalmente. A cada mês, são divulgados números referentes a aquele mês junto com os dois meses imediatamente anteriores.
O modelo de média trimestral adotado pelo Brasil foi baseado no usado pelo Reino Unido, segundo o IBGE. Outros países fazem pesquisas de emprego trimestrais, mas realizam estimativas mensais com base em estimativas, a partir dos dados já levantados. Espanha, França, México e Chile coletam informações a cada três meses. Canadá e Austrália, com populações menores e mais concentradas em algumas regiões, fazem levantamentos mensais. Os EUA divulgam dados mensais, mas ampliam a sua amostra (relativamente pequena para o tamanho da população do país) por meio de modelos matemáticos.
Variação Mensal da Taxa de Desemprego
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | |
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2012 | - | - | 7,90 | 7,80 | 7,50 | 7,50 | 7,40 | 7,30 | 7,10 | 6,90 | 6,80 | 6,90 |
2013 | 7,20 | 7,70 | 8,00 | 7,80 | 7,60 | 7,40 | 7,30 | 7,10 | 6,90 | 6,70 | 6,50 | 6,20 |
2014 | 6,40 | 6,80 | 7,20 | 7,10 | 7,00 | 6,80 | 6,90 | 6,90 | 6,80 | 6,60 | 6,50 | 6,50 |
2015 | 6,80 | 7,40 | 7,90 | 8,00 | 8,10 | 8,30 | 8,60 | 8,70 | 8,90 | 9,00 | 9,00 | 9,00 |
2016 | 9,50 | 10,20 | 10,90 | 11,20 | 11,20 | 11,30 | 11,60 | 11,80 | 11,80 | 11,80 | 11,90 | 12,00 |
2017 | 12,60 | 13,20 | 13,70 | 13,60 | 13,30 | 13,00 | 12,80 | 12,60 | 12,40 | 12,20 | 12,00 | 11,80 |
2018 | 12,20 | 12,60 | 13,10 | 12,90 | 12,70 | 12,40 | 12,30 | 12,10 | 11,90 | 11,70 | 11,60 | 11,60 |
2019 | 12,00 | 12,40 | 12,70 | 12,50 | 12,30 | 12,00 | 11,80 | - | - | - | - | - |