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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) em 2017

A taxa de desemprego da população brasileira ativa passou de 12,0% em dezembro de 2016 (12,342 milhões de pessoas) para 11,8% em dezembro de 2017 (12,311 milhões de pessoas), caracterizando uma redução de 0,25%% no número de pessoas desocupadas no ano. São, aproximadamente, trinta e uma mil pessoas a menos sem emprego do que no encerramento do ano anterior.

Com relação ao nível de ocupação, o país apresentou um crescimento de 2,05% em relação ao final do ano anterior, uma vez que a quantidade de pessoas ocupadas passou de 90,262 milhões em dezembro de 2016 para 92,108 milhões em dezembro de 2017.

Por fim, no que diz respeito à remuneração média do trabalhador brasileiro, houve um crescimento de 4,36% entre dezembro de 2016 (R$ 2.064,00) e dezembro de 2017 (R$ 2.154,00).

 

Desemprego em 2017

Pnad Taxa de Desocupação População Desocupada Variação Mensal Variação Anual
JAN 12,6% 12,921 Milhões 4,7% 34,3%
FEV 13,2% 13,547 Milhões 4,8% 30,6%
MAR 13,7%  14,176 Milhões  4,6%  27,8%
ABR  13,6%  14,048 Milhões  -0,9%  23,1%
MAI  13,3%  13,771 Milhões  -2,0%  20,4%
JUN  13,0%  13,486 Milhões  -2,1%  16,4%
JUL  12,8%  13,326 Milhões  -1,2%  12,5%
AGO 12,6% 13,113 Milhões -1,6% 9,1%
SET  12,4%  12,961 Milhões  -1,2%  7,8%
OUT  12,2%  12,740 Milhões  -1,7%  5,8%
 NOV   12,0%  12,571 Milhões  -1,3%  3,6%
 DEZ   11,8%  12,311 Milhões  -2,1%  -0,3%

 

Emprego em 2017

Pnad Nível de Ocupação População Ocupada Variação Mensal Variação Anual
JAN 53,7% 89,854 Milhões -0,5% -2,0%
FEV 53,4% 89,346 Milhões -0,6% -2,0%
MAR  53,1%  88,947 Milhões  -0,4%  -1,9%
ABR 53,2%  89,238 Milhões  0,3%  -1,5%
MAI  53,4%  89,687 Milhões  0,5%  -1,3%
JUN  53,7%  90,236 Milhões  0,6%  -0,6%
JUL  53,8%  90,677 Milhões  0,5%  0,2%
AGO 54,0% 91,061 Milhões 0,4% 1,0%
SET  54,1%  91,297 Milhões  0,3%  1,6%
OUT  54,2%  91,545 Milhões  0,3%  1,8%
NOV  54,4%  91,949 Milhões  0,4%  1,9%
DEZ  54,5%  92,108 Milhões  0,2%  2,0%

 

 Rendimento em 2017

Pnad Massa de Rendimento Rendimento Médio Mensal Variação Mensal Variação Anual
JAN R$ 180,2 Bilhões R$ 2.056,00 0,6% 0,4%
FEV R$ 180,2 Bilhões R$ 2.068,00 0,6% 1,5%
MAR R$ 182,9 Bilhões  R$ 2.110,00  2,0% 2,5%
ABR R$ 183,3 Bilhões  R$ 2.107,00  -0,1%  2,7%
MAI R$ 184,4 Bilhões  R$ 2,109,00  0,1%  2,3%
JUN  R$ 185,1 Bilhões  R$ 2.104,00  -0,2%  3,0%
JUL  R$ 186,1 Bilhões  R$ 2.106,00  0,1% 3,0%
AGO R$ 186,7 Bilhões R$ 2.105,00 -0,1% 1,9%
SET  R$ 188,1 Bilhões  R$ 2.115,00  0,5%  2,4%
OUT  R$ 189,8 Bilhões  R$ 2.127,00 0,6%  2,5%
 NOV   R$ 191,9 Bilhões  R$ 2.142,00  0,7%  2,6%
DEZ  R$ 193,4 Bilhões  R$ 2.154,00  0,6%  1,6%

  

Entenda a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)

Para a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE) considerou como População em Idade Ativa todas as pessoas com 14 (catorze) anos ou mais, residentes nos cerca de 3.500 (três mil e quinhentos) municípios avaliados.

A parcela da População em Idade Ativa considerada com força para trabalho compõe a População Economicamente Ativa que, por sua vez, é classificada em dois grupos: População Ocupada e População Desocupada.

População Ocupada é composta por todas as pessoas que trabalharam durante o mês de referência da pesquisa por pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio. Também fazem parte da População Ocupada aquelas pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas durante o período da pesquisa. O Nível de Ocupação é calculado pela proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar.

População Desocupada é composta por todas as pessoas sem trabalho, mas que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo durante o mês de referência da pesquisa. A Taxa de Desocupação é calculada pela proporção de pessoas desocupadas em relação às pessoas economicamente ativas.

 

O emprego no Brasil entre 2012 e 2017

Em 2017, a força de trabalho no Brasil (103,9 milhões de pessoas) cresceu 1,7% (mais 1,7 milhão de pessoas) em relação a 2016. Enquanto a ocupação nesse período ficou praticamente estável (+264 mil), a desocupação aumentou 1,5 milhão. De 2016 para 2017, cerca de 85% do acréscimo da força de trabalho no Brasil ocorreu em função do aumento da desocupação.

Em 2017, a população ocupada (90,6 milhões) registrou praticamente o mesmo contingente de ocupados de 2016 (90,3 milhões). Em relação a 2014, quando a população ocupada foi estimada 92,1 milhões, a perda de postos de trabalho chegou 1,5 milhão.

De 2014 a 2017, a população desocupada passou de 6,7 milhões para 13,2 milhões (aumento de 6,5 milhões), chegando a quase dobrar no período (96,2%). Foi em 2014 que o mercado de trabalho brasileiro registrou os menores níveis de desocupação desde o início da série da pesquisa (2012). No confronto de 2017 com o ano anterior, verificou-se o aumento de 1,5 milhão no contingente de desocupados. Embora este acréscimo fosse inferior ao observado na comparação de 2015 com 2016 (3,2milhões), verificou-se que a desocupação continuou a crescer.

De 2016 para 2017, em consequência do aumento expressivo do contingente de desocupados e da estabilidade da ocupação, a taxa de desocupação no país passou de 11,5% em 2016 para 12,7% em 2017, sendo a maior da série histórica da pesquisa. Em 2014, a estimativa foi de 6,8%, a menor da série.

nível da ocupação, que atingiu o maior patamar em 2014 (56,9%), chegou a 53,9% em 2017, reforçando a tendência de queda e atingindo o patamar mais baixo da série da pesquisa.

Em 2012, havia no Brasil 34,3 milhões de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada. Em 2014, este contingente atingiu o patamar mais alto da série (36,6 milhões). Três anos depois, 3,3 milhões de trabalhadores deixaram de ter a carteira de trabalho assinada e o Brasil passa a ter 33,3 milhões de trabalhadores nesta categoria.

O ano de 2017 foi encerrado com 10,7 milhões de empregados sem carteira de trabalho assinada. A comparação com 2014, quando essa categoria abarcava 10,4 milhões de trabalhadores, assinalou tendência de alta nesta estimativa.

Em 2012, o serviço doméstico no Brasil tinha 6,1 milhões de trabalhadores, atingindo seu patamar mais baixo em 2014, quando havia no país 6 milhões de trabalhadores domésticos. Em 2017, esta categoria voltou a crescer, chegando a 6,2 milhões de trabalhadores. No Brasil, em três anos, cerca de 204 mil pessoas entraram nesta forma de inserção do mercado de trabalho.

Em 2017, o número de empregadores no Brasil cresceu, atingindo 4,2 milhões. A comparação com 2012 apontou um crescimento nesta categoria de 19,3% (um acréscimo 687 mil empregadores). Esse aumento se deu, principalmente, na faixa dos pequenos empregadores envolvidos em atividades voltadas para informalidade.

Em 2012, o trabalho por conta própria envolvia em torno de 22,8% dos trabalhadores (20,4 milhões). Já em 2017 passou a representar 25,0% dos trabalhadores (22,7 milhões). O aumento da participação desta categoria no mercado de trabalho se deu em função do aumento de 2,2 milhões de trabalhadores nesta forma de inserção em relação a 2012. Em relação a 2014, foi observado um crescimento de 1,4 milhão nesta forma de inserção.

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o grupamento que mais perdeu trabalhadores na transição de 2016 (9,2 milhões) para 2017 (8,6 milhões), apresentando redução de 6,5%. Em seis anos este grupamento perdeu 1,7 milhão de trabalhadores.

Indústria geral fechou o ano de 2017 com 11,7 milhões de trabalhadores, sofrendo, em seis anos, redução de 1,4 milhão de pessoas em seu contingente. Em relação a 2014, quando havia neste grupamento cerca de 13,2 milhões de trabalhadores, a queda foi ainda maior (menos 1,5 milhões).

Em 2017, na Construção havia 6,8 milhões de trabalhadores, contingente inferior ao registrado no ano anterior (7,3 milhões). De 2014 (quando havia 7,8 milhões neste grupamento) para 2017, foi registrada uma perda 964 mil trabalhadores (12,3%). Em termos percentuais, este foi o grupamento que mais perdeu trabalhadores neste período.

Em 2017, no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas havia 17,5 milhões de trabalhadores. O grupamento é um dos poucos que têm mantido certa estabilidade no contingente de trabalhadores, principalmente em função da maior adequação à informalidade.

Estavam inseridos no grupamento do Transporte, armazenagem e correio, em 2017, cerca de 4,6 milhões de trabalhadores. O grupamento tem apresentado elevações em seu contingente nos últimos anos que pode estar associada ao crescimento do número de “motoristas de aplicativo”.

Em 2017, no grupamento Alojamento e alimentação estavam inseridos cerca de 5,1 milhões de trabalhadores. Foi um dos poucos grupamentos a apresentar avanço expressivo nos últimos 6 anos, aproximadamente 1,3 milhão de trabalhadores (aumento de 33,7%). Em relação a 2014, o crescimento foi de 907 mil (21,4%), variação associada, principalmente, a parte dos serviços de alimentação, sobretudo no que se refere ao trabalho ambulante.

O grupamento Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que tinha apresentado queda em 2016, voltou a crescer em 2017, atingindo 10 milhões de trabalhadores, mas ainda ficando abaixo do estimado em 2014 (10,3 milhões).

Na Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais havia 15,6 milhões de trabalhadores em 2017, apontando crescimento de cerca de 1 milhão em relação a 2012 (7,2%) e quase meio milhão em relação a 2014.

Em 2017, nos Outros serviços estavam inseridos em torno de 4,5 milhões de trabalhadores, quantitativo equivalente a 16,8% acima do observado em 2012 e 7,0% acima do registrado em 2014. A tendência de alta neste grupamento se justifica, principalmente, por sua maior aderência a postos de trabalho voltados para informalidade.

Rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido pelas pessoas com rendimento de trabalho foi estimado em R$ 2.141, apresentando alta em relação a 2016 (2,4%). Na comparação com 2012, foi registrado aumento de 4,4%. Em relação a 2014, o quadro foi de estabilidade.

Massa de rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido pelas pessoas com rendimento de trabalho foi de 189.155 bilhões de reais, apresentando alta em relação a 2016 (2,6%). Na comparação com 2012, foi registrado avanço de 6,8%. Em relação a 2014, o quadro foi de queda (-0,9%).

 

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