Nesta quarta-feira, 21 de Janeiro de 2015, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), decidiu aumentar a taxa básica de juros (Taxa Selic) em 0,50%, de 11,75% para 12,25% ao ano. Com a decisão, os juros básicos da economia brasileira atingem seu maior patamar desde a reunião de 20 de Julho de 2011, quando o Copom aumentara a Taxa Selic para 12,50% ao ano.
A Taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial do país, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta de inflação corresponde a 4,50% ao ano, com uma margem de erro de 2,00%, podendo variar entre 2,50% (piso da meta de inflação) e 6,50% (teto da metade inflação).
Ao término da reunião desta quarta-feira, o Copom informou que a decisão de aumentar a taxa básica de juros em 0,50% levou em consideração o atual cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA somou 6,41% em 2014 – próximo ao teto da meta estabelecido pelo CMN.
De acordo com o último Relatório Focus, pesquisa semanal elaborada pelo BC junto às principais instituições financeiras do país, divulgado na última segundo-feira (19 de Janeiro de 2015), o IPCA encerrará 2015 em 6,67%, acima do teto da meta inflacionária. Tal projeção deve subir ainda mais nas próximas semanas por causa dos aumentos da carga tributária incidents sobre energia, combustíveis e produtos importados anunciados recentemente pelo novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Embora auxilie no controle dos preços, o aumento da Taxa Selic prejudica o crescimento da economia. De acordo com o Relatório Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2015.
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