A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).
Tarifas mais elevadas e atividade econômica retraída pesaram em sua área de concessão, mostrando queda no consumo, tanto no cativo, quanto no livre, com impacto mais significativo do industrial, mas com residencial também mostrando declínio. O avanço mais representativo da receita líquida esta ligado, principalmente, aos reajustes tarifários das distribuidoras do grupo e ao processo de revisão tarifária extraordinária do segmento. Aumento dos custos com energia e encargos, combinado ao maior volume de contingências trabalhistas no período, foi fator relevante para a queda do resultado operacional e lucro líquido mais pressionado, mesmo diante de uma menor despesa financeira líquida e maior reconhecimento em equivalência patrimonial, no 2T15. Em bases gerenciais – que exclui efeito dos ativos e passivos regulatórios e eventos não recorrentes – o Ebitda mostrou declínio menos acentuado (-2,1%) e o lucro líquido registrou acréscimo de 3,5%. O cenário é complexo, com conjunção de fatores desafiadores, que têm pesado em diversos setores e, para o elétrico, não tem sido diferente. Seguimos com nossa recomendação de compra para investidores de longo prazo, mas, no horizonte mais curto, vale o monitoramento sobre decisão referente ao GSF, consumo em sua área de concessão e alavancagem.