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Relatório sobre os resultados operacionais e financeiros da WEG (WEGE3) no 1° trimestre de 2015: "início positivo de ano desafiador"

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No dia 29 de Abril de 2015, a WEG S/A (WEGE3) divulgou um relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros durante o primeiro trimestre de 2015 (1T15). O relatório, intitulado de Início Positivo de Ano Desafiador, destaca o forte crescimento da Receita Operacional Líquida (19,4%), do EBITDA (16,3%) e do Lucro Líquido (20,0%) da empresa no período, em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. O relatório também ressalta que a WEG desembolsou R$ 120,1 milhões em seu programa de investimentos nos três primeiros meses de 2015, sendo 71% nas unidades no Brasil e 29% em projetos de expansão no exterior.

As informações financeiras e operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em milhares de reais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às normas internacionais do IFRS. As taxas de crescimento e demais comparações são, exceto quando indicado de outra forma, feitas em relação ao mesmo período do ano anterior.

WEG

A WEG S/A é uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos eletroeletrônicos. A empresa atua principalmente na fabricação de bens de capital, possuindo cinco linhas de produtos principais: Motores, Energia, Transmissão & Distribuição, Automação e Tintas.

Atividade Econômica e Produção Industrial

O início de 2015 mostrou poucas alterações no panorama de recuperação da atividade econômica global, que permaneceu ocorrendo de forma lenta e relativamente desigual. A atividade industrial, tal como medida pelos índices de gerentes de compras (purchasing manager index ou PMI), mostrou continuidade, embora em ritmo mais lento, da recuperação nos EUA, movimento que já havia sido notado no final de 2014. Na Europa, o PMI da Alemanha continuou mostrando expansão consistente, afastando temores de uma recessão ou desaceleração. Já na China as oscilações ao redor da neutralidade continuaram, em linha com o ritmo menor de expansão da economia.

No Brasil, após um ano praticamente sem crescimento do produto interno bruto, observamos perda adicional de dinamismo e as projeções são de queda ao redor de 1% do PIB em 2015. A atividade industrial nos primeiros dois meses de 2015 mostraram forte desaceleração, com a produção industrial mostrando queda de 7,1% no período, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora os dados mostrem queda na produção industrial em todas as grandes categorias econômicas, os dados são bastante influenciados pela produção da indústria automobilística e não refletem necessariamente as condições em outros segmentos. Por exemplo, a categoria Bens de Capital mostrou queda de 21,1% no período, comportamento determinado pela produção de veículos pesados. Este desempenho, contudo, não pareceu representativo do desempenho que observamos tanto em nossa linha de produtos e as de nossos clientes, expostos a fatores diferentes daqueles do mercado automotivo.

Receita Operacional Líquida

A Receita Operacional Líquida (ROL) atingiu R$ 2.130,3 milhões no primeiro trimestre de 2015 (1T15), com crescimento de 19,4% sobre o primeiro trimestre de 2014 (1T14) e queda de 2,3% sobre o quarto trimestre de 2014 (4T14). O crescimento ajustado pela eliminação do efeito da consolidação das transações ocorridas no período atingiu 14,5% sobre o 1T14.

O primeiro trimestre é tradicionalmente um período de atividade mais lenta, em função do menor número de dias úteis e do comportamento do mercado. Apesar disso, a empresa manteve um crescimento saudável no trimestre, demonstrando que a diversificação e investimentos em expansão a permitem encontrar e explorar oportunidades mesmo em cenários macroeconômicos desfavoráveis. No Brasil, a WEG continua vendo crescente dinamismo no mercado de equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, compensando o fraco desempenho dos investimentos em expansão de capacidade industrial e do consumo. No mercado externo, a empresa continua executando sua estratégia de ampliar a linha de produtos e expandir sua presença, com bons resultados. A consolidação da marca WEG entre os principais fabricantes e consumidores de bens de capital em todo mundo permite que a empresa aumente o escopo da sua oferta de bens e serviços e ofereça sistemas cada vez mais integrados. No 1T15 a Receita Operacional Líquida se dividiu da seguinte forma:

– Mercado Interno: R$ 1.027,9 milhões, representando 48% da ROL, com crescimento de 14,8% sobre o 1T14 e queda de 5,4% em relação ao 4T14. O crescimento orgânico no mercado interno, ajustado pelas transações realizadas nos últimos 12 meses, foi de 14,4% sobre 1T14;

– Mercado Externo: R$ 1.102,4 milhões, equivalentes a 52% da ROL. O crescimento em Reais foi de 24,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 0,9% sobre o trimestre anterior. Considerando as cotações médias no trimestre, o crescimento em dólares norte-americanos foi de 2,5% em relação ao 1T14 e considerando-se o desempenho nas moedas locais de cada um dos mercados, o crescimento foi de 16,8% em relação ao 1T14. O crescimento orgânico no mercado externo foi de 14,7% sobre 1T14.

A área de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais mostrou leve crescimento da receita operacional líquida, com destaque para o desempenho no mercado externo. O mercado doméstico tem se caracterizado pelo crescimento lento, gerado basicamente pelos investimentos em manutenção de capacidade, com poucos projetos relevantes de expansão de capacidade concentrados em poucos segmentos específicos. A desvalorização do Real melhora as condições competitivas em setores menos elaborados, mas tem pouco impacto de curto prazo sobre a competitividade de produtos industrializados com maior valor agregado.

A empresa busca manter sua competitividade independentemente do nível do câmbio e de outras variáveis macroeconômicas que não estão sob seu controle. Ainda assim, a recente desvalorização do Real oferece, mesmo que temporariamente, condições favoráveis para a execução da sua estratégia de expansão no exterior. Ao lado da expansão da plataforma produtiva fora do Brasil, com novas unidades para a produção de motores elétricos no México e na China, a empresa tem aumentado os esforços de vendas (pessoal, serviços, infraestrutura, etc.). Com isto, busca converter o aumento temporário de competitividade em posicionamento estruturalmente mais forte. O resultado é que tem conseguido crescer em praticamente todos os mercados em que atua, mesmo naqueles em que o próprio mercado não se expande. É importante notar que em alguns casos, em razão das oscilações cambiais, o crescimento em moeda local não se converte em crescimento em dólares norte-americanos.

Os negócios de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD) continuaram se expandindo em ritmo acelerado. A bem sucedida introdução do produto para a geração eólica, assim como as melhores condições de preços de venda de energia nos leilões regulados, com impactos sobre os sistemas de geração com pequenas centrais hidrelétricas (PCH), tem sido determinante neste desempenho. Em transmissão e distribuição (T&D) as condições da demanda continuaram favoráveis, ainda que a competição continue acirrada. Mas as perspectivas nesta área são positivas, com a execução da carteira de pedidos atuais e a perspectiva de novos negócios, tanto em geração nas fontes PCH, eólica, solar e retorno dos investimentos em biomassa, como pela demanda adicional que a nova geração cria para T&D.

Na área de Motores para uso doméstico a empresa enxerga um forte crescimento decorrente quase que totalmente da consolidação das receitas da aquisição da SINYA/CMM na China. O desempenho do mercado brasileiro foi fraco, com redução da oferta de crédito e da renda disponível ao consumo. Os aumentos de tarifas de eletricidade devem, neste mercado, ter efeito negativo adicional sobre a demanda, com os consumidores evitando novas fontes de carga. Por outro lado, houve avanço na internacionalização e temos um portfólio completo de produtos, capaz de atender os clientes da empresa em todos os principais mercados globais.

Finalmente, a área de negócios de Tintas e Vernizes continuou se ressentindo do fraco desempenho da indústria brasileira e mostrou desempenho negativo. Com estrutura ajustada para o momento de mercado, a estratégia nesta área de negócios permanece a de diversificar e alavancar vendas cruzadas.

Custo dos Produtos Vendidos

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) atingiu R$ 1.491,7 milhões no 1T15, 23,0% acima do 1T14 e 0,7% acima do 4T14. A margem bruta atingiu 30,0%, 2,0 pontos percentuais menor do que no 1T14, e 2,1 pontos percentuais menor do que no 4T14.

Os impactos sobre a margem bruta são decorrentes de: (i) aumentos de custos de matérias primas cotadas em dólares norte- americanos ou a ele referenciados, e; (ii) mudança no mix de produtos, com aumento relativo de sistemas de geração eólica, que incorporam subsistemas que não são fabricados pela WEG e que, portanto, tem margens operacionais menores. É importante lembrar que as menores margens nos sistemas de geração eólica são compensadas pela menor intensidade de capital. Do ponto de vista de retorno sobre o capital, este é um negócio atraente para a WEG.

O preço médio do cobre no mercado spot na London Metal Exchange (LME) caiu 17,0% no 1T15 em relação à média do 1T14 e 12,0% em relação à média do 4T14. Os preços de aço também continuaram em queda no mercado internacional, 23% menores em relação ao 1T14 e 8,3% menores em relação ao 4T14. Estas variações de valores são denominadas em dólares norte-americanos, o que significa que os preços em Reais incorporam desvalorização de 21% sobre o 1T14 e de 13% sobre o 4T14, ou seja, os preços em Reais continuaram a subir.

Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas

As despesas de vendas consolidadas, gerais e administrativas (VG&A), atingiram R$ 313,2 milhões no 1T15, crescimento de 9,7% sobre o 1T14 e queda de 5,2% sobre o trimestre anterior. Como percentual da ROL, as despesas operacionais representaram 14,7% no 1T15, 1,3 ponto percentual a menos do que os 16,0% do 1T14 e 0,5 ponto percentual a menos do que os 15,2% do 4T14.

EBITDA e Margem EBITDA

Neste 1T15, o EBITDA (de acordo com a Instrução CVM 527/2012) atingiu R$ 348,4 milhões, com crescimento de 16,3% sobre o 1T14 e queda de 9,0% sobre o 4T14. A margem EBITDA atingiu 16,4%, 0,4 ponto percentual menor do que no 1T14 e 1,2 ponto percentual menor do que no 4T14.

Resultado Financeiro

Neste trimestre o resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 41,7 milhões (resultados de R$ 28,5 milhões e R$ 31,2 milhões no 1T14 e 4T14, respectivamente). As Receitas Financeiras atingiram R$ 519,6 milhões no 1T15 (R$ 152,8 milhões e R$ 282,2 milhões, respectivamente), enquanto as Despesas Financeiras atingiram R$ 477,9 milhões (R$ 124,4 milhões e R$ 251,1 milhões). O crescimento dos valores absolutos tanto das receitas como das despesas financeiras é resultado do impacto das variações cambiais sobre as operações de trade finance, denominadas em outras moedas e com swaps para Reais. O crescimento de 46,3% do resultado financeiro líquido sobre o ano anterior é consequência da melhor remuneração dos recursos de liquidez e dos custos atraentes para financiamento decorrente da boa avaliação de crédito da WEG.

Imposto de Renda

Neste 1T15, a empresa aprovisionou R$ 76,3 milhões para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 70,7 milhões e R$ 70,1 milhões no 1T14 e 4T14, respectivamente). Adicionalmente, houve débito de R$ 11,4 milhões como ‘‘IR/CS Diferidos’’ (débito de R$ 8,7 milhões e crédito de R$ 11,9 milhões, respectivamente). A alíquota efetiva do imposto sobre a renda permaneceu dentro dos padrões usuais.

Resultado Líquido

Como resultado dos efeitos anteriormente mencionados, o lucro líquido apurado no 1T15 foi de R$ 245,9 milhões, com crescimento de 20,0% sobre o 1T14 e queda de 6,6% em relação ao trimestre anterior. A margem líquida no trimestre atingiu 11,5%, praticamente sem alteração em relação ao mesmo período de 2014.

Fluxo de Caixa

Nos primeiros três meses de 2015, a geração de caixa das atividades operacionais foi negativa em R$ 10,0 milhões, revertendo a geração positiva observada em 2014. Este movimento é explicado pelo impacto das variações cambiais sobre as contas de capital de giro (estoques, contas a pagar e a receber). Este maior consumo aparente de caixa foi parcialmente compensado pela maior geração operacional de caixa.

Por outro lado, a contabilização das variações cambiais como “ajuste acumulado de conversão” gerou caixa nas atividades de investimento, apesar da aceleração dos investimentos de expansão nas novas unidades na China e no México. Desta forma, foram gerados R$ 67,2 milhões nas atividades de investimentos, revertendo o consumo de caixa observado em 2014.

As atividades de financiamento geraram R$ 402,4 milhões no período, com R$ 905,6 milhões em financiamentos captados em condições de prazos e taxas de juros atraentes, e R$ 187,5 milhões em amortizações (captação líquida R$ 718,2 milhões), além do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio de R$ 267,2 milhões, referentes ao resultado do segundo semestre de 2014.

Investimentos

O novo ciclo de investimentos em expansão e modernização da capacidade produtiva, iniciado em 2014, com as novas unidades produtoras de motores elétricos no México e na China, continuou a ser executado a plena velocidade neste primeiro trimestre. Além desses, a WEG executou outros investimentos nas unidades produtivas do Brasil, que consumiram 71% dos R$ 120,1 milhões investidos nos primeiros três meses do ano. Além disso, a empresa incorporou R$ 9,7 milhões em ativos fixos decorrentes das aquisições Efacec (Brasil), KATT (Alemanha) e FTC (Colombia), que foram consolidadas a partir deste trimestre.

O programa da WEG para 2015 prevê investimentos de R$ 477,6 milhões em expansão e modernização de capacidade. Conforme sempre a empresa destacou, há flexibilidade na execução destes investimentos, que são planejados e realizados em incrementos modulares de capacidade, respondendo ao aumento da demanda e maximizando o retorno sobre o capital investido.

Disponibilidades e Endividamento

Em 31 de março de 2015, as disponibilidades e aplicações financeiras totalizavam R$ 4.672,3 milhões, aplicadas em instrumentos de renda fixa referenciados ao CDI, no curto prazo e denominados em moeda nacional, contratados junto a bancos brasileiros de primeira linha. A dívida financeira bruta totalizava R$ 4.809,1 milhões, sendo 42% com vencimento no curto prazo e 58% no longo prazo.

Ao final do 1T15, a dívida líquida era de R$ 136,8 milhões, revertendo a posição de caixa líquido de R$ 102,1 milhões em 31 de dezembro de 2014. A empresa continuou aproveitando as condições atraentes existentes no mercado para empresas com o seu perfil de crédito para captar novos financiamentos. As características atuais do endividamento são:

– O duration total da dívida é de 23,8 meses e o da parcela do longo prazo é de 37,2 meses. O duration da parcela denominada em reais brasileiros é de 18,1 meses e da parcela denominada em moedas estrangeiras é de 30 meses.

– O custo ponderado médio da dívida pré-fixada denominada em reais brasileiros é de aproximadamente 6,2% ao ano. Os contratos pós- fixados são indexados principalmente à TJLP.

Dividendos e Juros Sobre Capital Próprio

Em reunião no dia 24 de março, o Conselho de Administração deliberou crédito de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas nesta data, no valor total de R$ 67,4 milhões antes da retenção de imposto de renda na fonte, com pagamento previsto a partir de 12 de agosto próximo.

A prática da empresa é declarar juros sobre capital próprio trimestralmente e dividendos com base no lucro obtido a cada semestre, ou seja, seis proventos a cada ano, que são pagos semestralmente.

Desempenho das Ações WEGE3

As ações ordinárias emitidas pela WEG, negociadas na BM&FBOVESPA sob o código WEGE3, encerraram o último pregão de março de 2015 cotadas a R$ 31,80, com alta nominal de 3,9% no ano e de 4,9% considerando-se os dividendos e juros sobre capital próprio declarados no período. Em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada nesta data foi aprovado o desdobramento das ações a razão de duas ações para cada ação existente, passando as ações a negociar ex-desdobramento já a partir de 1o de Abril.

O volume médio diário negociado no 1T15 foi de R$ 21,8 milhões, (R$ 15,6 milhões no 1T14). Ao longo do trimestre foram realizados 167.244 negócios (133.501 negócios no 1T14), envolvendo 42,1 milhões de ações e movimentando R$ 1.330,5 milhões (R$ 938,6 milhões no 1T14).

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