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Protestos surpreendem e devem enfraquecer ainda mais Dilma, mas não fortalecem oposição

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Os protestos em todo o país contra o governo da presidente Dilma Rousseff, contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreenderam e ficaram acima das expectativas. A previsão agora é que o movimento eleve a pressão sobre os políticos da base do governo, especialmente do PMDB, e que aumente o apoio a um processo de impeachment, que pode voltar a ser analisado nesta semana. A crise econômica, que pode levar o país a ter o segundo ano seguido de recessão, e as novas denúncias da Operação Lava Jato ajudaram a aumentar a insatisfação da população e a adesão aos protestos. E, depois dessa manifestação contra o governo, será ainda mais difícil o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, aprovar qualquer coisa no Congresso, o que já era difícil pela oposição do próprio PT.

Mas, apesar das fortes críticas ao governo, as manifestações não fortaleceram a oposição, como mostraram as reações negativas à presença de dois candidatos tucanos à Presidência, Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin, no evento de São Paulo. Ambos foram hostilizados por parte dos manifestantes, o que mostra que o movimento antiDilma sabe o que não quer, mas ainda não decidiu o que quer apoiar.

Ato em SP supera Diretas Já

Na Avenida Paulista, o número de participantes superou o da primeira manifestação no ano passado, que já havia assustado o governo. Desta vez, a estimativa é de que mais de 500 mil pessoas participaram, pelos números do Datafolha, e 1,4 milhão pelos cálculos da Polícia Militar. No primeiro protesto, o Datafolha estimou a presença de 210 mil pessoas. Os organizadores calcularam 1,2 milhão de participantes com base em usuários de wifi. Em todo o Estado, segundo o governo paulista, seria 1,8 milhão de pessoas que, somadas às de outras regiões do país, superam tranquilamente os 2,5 milhões de participantes. Em Brasília, foram cerca de 100 mil manifestantes, em Recife, mais 120 mil, em Salvador, 20 mil, no Rio, 100 mil e em Belo Horizonte, 30 mil.

O protesto em São Paulo de hoje surpreendeu pois, além da Paulista, foram ocupadas outras vias próximas da avenida, como a Consolação, a Augusta e a Brigadeiro Luiz Antonio. Famílias inteiras com crianças pequenas, idosos e jovens se misturavam a camelôs que vendiam de bebidas a faixas com dizeres antiDilma, bandeiras e camisetas. O Metrô teve de organizar esquemas especiais para coordenar o fluxo de pessoas que voltavam e das que iam para o protesto. Mesmo depois das 17 horas, ainda era grande o número de pessoas chegando. O evento começou oficialmente às 15 horas, mas muita gente já estava na Paulista às 12 horas.

O caráter pacífico dos protestos também deve ser destacado. Poucos problemas ocorreram, em eventos isolados, em geral sem violência. No Sul e em Fortaleza, manifestações a favor da presidente ocorreram paralelamente às de protesto, sem notícia de incidentes.

Diferentemente do primeiro protesto, o governo evitou colocar representantes para comentar os eventos. À noite, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou nota em que afirma que “a liberdade de manifestação é própria das democracias” e deve ser respeitada por todos. “O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições”, diz a nota da Secom. O texto foi divulgado após reunião da presidente Dilma com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, no Palácio da Alvorada, para avaliar as manifestações.

Com informações da Agência Brasil.

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