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Barbosa discorda de relatório e diz que não há crime de responsabilidade

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O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou hoje (7) que não há crime de responsabilidade que justifique o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e discordou do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que apresentou parecer favorável ao seu impedimento na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Barbosa participou nesta manhã do encontro Itaú Macrovision 2016, no Hotel Unique, na capital paulista.

“O relator, obviamente, tem liberdade para formar a opinião dele. Eu respeito e discordo do relatório do deputado Jovair, acho que a comissão vai analisar isso, com os elementos, com a defesa do governo, tem o relatório. O Congresso vai analisar o resultado da comissão e, o mais importante, a história brasileira vai analisar todo esse processo no futuro”, disse.

O ministro ressaltou que, mesmo na atual situação de “impasse político”, as iniciativas econômicas não podem ficar paralisadas. No evento, voltado para convidados do banco Itaú, Barbosa destacou que é preciso evitar as chamadas “guerras santas da teoria econômica”, que, na opinião do ministro, são equivocadas ao defender corte de demanda, e acreditar que isso resolveria tudo. “Nosso problema é muito mais complexo, temos de adotar medidas de estabilização”, acrescentou.

Barbosa defendeu que o governo precisa evoluir de medidas de ajuste para a reforma fiscal. Embora as reformas estruturais gerem impacto apenas em longo prazo, a sinalização de que o Estado passaria a ter controle de suas despesas resultariam na melhoria da avaliação de risco e no equilíbrio na taxa de câmbio, destacou o ministro.

Além disso, o ministro disse que o governo promoveu a estabilidade dos pagamentos de servidores federais, na contramão dos estados, e o custeio da máquina do governo teve queda de 7% a 8%, excluído o gasto com energia. “No ano passado, foi feito o maior contingenciamento da história. Apesar de todo esse esforço, o governo não conseguiu cumprir a meta, o que ocorreu pela queda de arrecadação maior que o mercado e o governo esperavam”, afirmou.

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