De abril a junho deste ano, os ganhos líquidos das empresas de capital aberto brasileiras diminuíram 24% na comparação com os mesmos meses do ano passado, segundo levantamento da Economática.

No período, a pior queda nominal, em reais, ficou com o setor bancário, enquanto a Eletrobras teve seu maior lucro para o trimestre desde 1986.

No cálculo sem a Eletrobras (BOV:ELET6), que distorce o valor consolidado, o lucro das 312 empresas de capital aberto no segundo trimestre de 2016 somou R$ 32,69 bilhões, contra R$ 43 bilhões em 2015, uma queda de R$ 10,30 bilhões ou de 24%.

O pior recuo do lucro nominal foi registrado pelos bancos. No ano passado, 24 instituições totalizaram R$ 19,2 bilhões de lucro, ante R$ 15,1 bilhões este ano, uma perda de R$ 4,1 bilhões ou 21,5%. O setor foi impactado pelas quedas marcadas pelo Santander Brasil (BOV:SANB11), que perdeu R$ 2,53 bilhões entre 2016 e 2015, de R$ 3,88 bilhões para R$ 1,34 bilhão neste começo de ano.

Dos 25 setores analisados pela Economática, sete tiveram prejuízo consolidado, com destaque negativo para o segmento de veículos e peças, que recuou R$ 1,21 bilhão neste segundo trimestre, depois de lucrar R$ 386,8 milhões em 2015. Na liderança da ponta positiva, o setor de energia elétrica foi puxado pela alta trimestral recorde da Eletrobras, com lucro de R$ 15,98 bilhões.

No segundo trimestre, a Eletrobras registrou seu melhor desempenho para o trimestre  desde 1986, o início da base de dados da Economática, com R$ 3,77 bilhões no segundo trimestre de 2016. Incluindo a Eletrobras, o crescimento de todas as companhias brasileiras teriam somado R$ 45,41 bilhões no ano, ante R$ 41,64 em 2015.

Acompanhe abaixo os 10 maiores lucros deste segundo trimestre:

Veja agora o desempenho por setores no mesmo período:

Fonte: Economática