Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada em dezembro de 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas séries sem ajuste sazonal, o total das vendas no comércio varejista do país assinalou queda de 4,9% em relação a dezembro de 2015, vigésima primeira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Com isso, os resultados para o volume de vendas foram negativos tanto no quarto trimestre de 2016 (-5,5%), como para o fechamento do ano (-6,2%). A receita nominal, para essas mesmas comparações, manteve-se positiva, com variações de 2,0% frente a dezembro de 2015 e 4,5% para o acumulado no ano.
No Comércio Varejista Ampliado, que agrega também as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, a variação do volume de vendas em dezembro de 2016 sobre dezembro de 2015 teve queda de 6,7%. A receita nominal também apresentou decréscimo sobre dezembro de 2015 (-1,2%).
Variação Anual do Volume de Vendas no Comércio Varejista Brasileiro em Dezembro de 2016
Variação Anual (%) | Acumulado no Ano (%) | Acumulado 12 Meses (%) | |
Volume de Vendas no Mercado Varejista | -4,9 | -6,2 | -6,2 |
Volume de Vendas no Mercado Varejista Ampliado | -6,7 | -8,7 | -8,7 |
Variação Anual da Receita Nominal no Comércio Varejista Brasileiro em Dezembro de 2016
Variação Anual (%) | Acumulado no Ano (%) | Acumulado 12 Meses (%) | |
Receita Nominal no Mercado Varejista | 2,0 | 4,5 | 4,5 |
Receita Nominal no Mercado Varejista Ampliado | -0,2 | -0,7 | -0,7 |
Entenda a Pesquisa Mensal do Comércio
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor varejista brasileiro.
Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa cobre todo o território nacional e é divulgada mensalmente, após coleta de dados em mais de 5.700 empresas comerciais, selecionadas a partir do cadastro das empresas com vinte ou mais pessoas ocupadas (assalariadas e não assalariadas).
A PMC abrange dez grupos de atividades: combustíveis e lubrificantes; supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico; veículos e motocicletas, partes e peças; e materiais de construção. Os oito primeiros segmentos listados têm receitas geradas predominantemente na atividade varejista. Já os dois últimos (veículos e motos, partes e peças e materiais de construção), englobam varejo e atacado.
Para realização da pesquisa, o IBGE coleta dados sobre a receita bruta mensal das empresas, proveniente da revenda de mercadorias, não deduzidos os impostos incidentes e nem as vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. Também não estão incluídas as receitas financeiras e não-operacionais. A partir da receita bruta de revenda investigada são construídos indicadores para duas variáveis: Receita Nominal de Vendas e Volume de Vendas.
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