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Semana agitada com destino de Temer no TSE, IPCA e ata do Copom

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A semana promete ser agitada tanto nos campos político quanto econômico. No político, na terça-feira, está marcado julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo resultado é totalmente imprevisível. Se antes das delações de Joesley Batista e seu gravador a expectativa era de que o TSE iria deixar o caso em banho-maria, agora, com a pressão sobre o presidente e sua base política, há espaço tanto para uma decisão retirando Temer quanto para um novo adiamento mediante um pedido de vista de um dos juízes.

Fôlego no Congresso e na economia

O presidente vinha ganhando fôlego nas últimas semanas, ao conseguir apoio do Congresso, especialmente do PSDB e até alguns avanços em votações de medidas provisórias. Bons números da economia, como o crescimento do PIB de 1% no primeiro trimestre e a redução dos juros na semana passada, também ajudaram Temer, que vem usando a saída da crise como moeda de troca com políticos e empresários para continuar no poder. A falta de apoio popular aos protestos organizados pela oposição também deixou o presidente e seus apoiadores em uma situação mais confortável.

Prisão do deputado da mala complica

A prisão do ex- deputado federal e ex-assessor Rocha Loures no fim de semana, porém, muda um pouco o jogo ao aumentar o desgaste de Temer. O deputado foi filmado recebendo e correndo com uma mala com R$ 500 mil entregues por um executivo da JBS, que alega que o dinheiro era parte de uma mesada de 20 anos combinada para ser paga ao presidente.  Impossível sugerir o que acontecerá na semana.

Solução rápida, só nos tribunais

Temer, por sua vez, garante que não vai renunciar o que pode adiar a solução rápida esperada pelos mercados há duas semanas. A ausência de nomes de consenso entre os integrantes da base do governo e o apoio do PMDB e de parte do PSDB deram uma sobrevida a Temer. Mas a prisão de Loures e um eventual acordo de delação premiada do deputado abrem um novo flanco no Supremo Tribunal Federal (STF) para o presidente, que tenta enquanto isso manter a aparência de normalidade em seu governo, se esforçando para aprovar as reformas no Congresso, enquanto reclama de ingerência do Judiciário sobre o Executivo.

O cenário político permanecerá assim bastante instável no curto prazo, oscilando dia a dia, de fato novo para fato novo entre otimismo e pessimismo, até que a situação de Temer se defina, o que parece poderá levar mais algumas semanas se o TSE não se antecipar na terça-feira ou se o Supremo não acelerar seu julgamento.  Quanto mais tempo demorar, porém, mais difícil vai ficando a aprovação da reforma da Previdência e menor o otimismo dos mercados.

Dois cenários para Temer

Para o Banco Fator, se o TSE cassar Temer, haverá ainda um processo para eleição de um novo presidente que deve terminar em setembro. O que já dificultaria a aprovação de alguma reforma da Previdência. “Alguma, porque já não se espera, embora não se diga, a aprovação de algo convincente do ponto de vista técnico, apenas político, um indicativo qualquer”, diz o banco em relatório. Já no cenário alternativo, se Temer ficar, envolve mais incertezas e mais negociações políticas que devem reduzir as perspectivas de ajuste fiscal. “Mas cresceu a chance de Temer ficar e vai ser dia depois de dia e o fiador parece que ser o PSDB”, avalia o banco.

Ata do Copom e novo cenário para os juros

Se a semana está agitada no campo político, no econômico também será importante acompanhar a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada cortou os juros em 1 ponto, de 11,25% ao ano para 10,25%. A ata será divulgada também na terça-feira, mesmo dia do julgamento do TSE. Mais que o corte, o que chamou a atenção foi a mensagem clara do comunicado do Copom, que deixou claro que deve reduzir o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões diante da incerteza política. A ata vai dar mais detalhes desse novo cenário e pode mostrar se o que muda é só o ritmo de corte ou também a taxa final, esperada pelo mercado em 8,5% de acordo com o boletim Focus.

Focus e as mudanças no mercado

Aliás, o Focus também será importante nesta semana, pois mostrará a reação do mercado ao corte do Copom e a suas novas projeções. Muitos bancos já começam a rever suas estimativas para Selic, que chegavam a 7% no fim deste ano, para mais de 8% ou até de 9%, diante da dificuldade cada vez maior de aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

IGP-DI e IPCA reforçam inflação controlada

O que ainda garante espaço para esse corte são a inflação em queda neste ano e a economia ainda cambaleante, apesar do crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre. Nesta semana, saem dois números importantes de inflação, o IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas de maio na quarta-feira e o IPCA do IBGE, índice usado pelo BC em suas metas de inflação, na sexta-feira. O Bradesco trabalha com uma queda de 0,48% no IGP-DI de maio, por conta dos preços do minério de ferro e produtos agrícolas, e uma alta de 0,45% no IPCA, maior que a de abril, por conta da alta das tarifas de energia elétrica e vestuário.

Eleições no Reino Unido

No exterior, atenção para as eleições no Reino Unido em meio à reação ao atentado em Londres no fim de semana, pouco depois de outro que matou dezenas de adolescentes em Manchester. Na quinta-feira, o Banco Central Europeu fará sua reunião semanal, já com o cenário político definido na França e em meio aos atritos entre a zona do euro e os Estados Unidos após a decisão do presidente Donald Trump de deixar o Acordo Climático de Paris e exigir maior participação financeira dos europeus na Organização do Tratado do Atlântico Norte. As declarações da premiê alemã Angela Merkel, que a Europa terá de se cuidar mais sozinha, são um recado de que as relações entre Europa e EUA não vão nada bem.

 

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