De acordo com o Banco Central “o conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira. Além do mais, o cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global vem se recuperando sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas.”
Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia em 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano.
Este movimento deve causar alívio ao bolso do consumidor, em relação as taxas cobradas nas operações de crédito no país. Segundo Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) possivelmente a taxa média mensal deve recuar de 7,58% para 7,50%.
No mundo dos investimentos a Poupança é a mais atingida, pois com a nova queda da Selic a forma de remuneração da Poupança se altera: quando a Selic está acima de 8,25%, a Poupança rende 0,5% ao mês mais a TR, mas quando se encontra abaixo destes números a Poupança passa a render 70% da Selic + TR (taxa Referencia), hoje calcula-se que a poupança deve estar rendendo 5,78% ao ano e se levarmos em consideração a inflação que está em 3,50% a rentabilidade da poupança passa a ser de 2,28%.
Estes resultados não significam que as outras aplicações de renda fixa, como o Tesouro Direto, CDBs e investimentos similares tornem-se mais atraentes. Antes de tomar uma decisão, o investidor precisa comparar a rentabilidade no final da operação, levando em consideração o imposto de renda, quantos % do CDI a instituição financeira oferece e o tempo de permanência no investimento.
Poupança x CDB:
Selic: 8,25% | Inflação: 3,50
Poupança: Rentabilidade: 5,78% – Rentabilidade real: 2,28%
CDB 100% CDI: Rentabilidade: 8,25
Investimento acima de 2 anos (IR – 15%), rentabilidade: 7,01% – Rentabilidade real: 3,51%
Para investidores que buscam rendimentos um pouco melhor que a Poupança num prazo entre um e dois anos o ideal é recorrer para um CDB que pague acima de 85% do CDI.
Já investidores com intenção de deixar o dinheiro rendendo em aplicação acima de dois anos, vale a pena um CDB com retorno superior a 83% do CDI.