Com a taxa Selic em queda durante 2017, as despesas financeiras das empresas reduziram, já que elas pagaram juros menores sobre suas dívidas. Essa tendência deve continuar em 2018 e 2019, junto com uma maior rotação dos ativos. Esses fatores, associados à melhora na economia brasileira, devem contribuir para uma expansão do Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) das empresas.
Segundo os analistas Luiz Cherman, Lucas Tambellini e Tiago Binsfeld, do Itaú BBA, o ROE das empresas do Ibovespa deve passar de 10,7% em 2017 para 12,6% em 2019, excluindo os bancos. A estimativa passa de 11,6% para 14,9%, caso a Petrobras (PETR3) (PETR4) e a Vale (VALE3) também sejam retiradas junto com os bancos.
Isso se torna interessante ao destacar que um ROE acima da Selic indica que o ativo está gerando valor ao longo do tempo e que o custo da oportunidade deve vale a pena.
Segundo os cálculos dos analistas do Itaú BBA, boa parte dos setores irão se beneficiar dessa tendência no mercado. Porém, os destaques são: construção civil; shoppings centers; varejo; transporte e logística; e papel e celulose.
Setor | ROE 2017 | ROE 2019 |
Construção Civil | 3,1% | 8,2% |
Shoppings | 4,5% | 7,3% |
Varejo | 10,1% | 16,1% |
Transporte e Logística | 13,2% | 19,6% |
Papel e Celulose | 10,9% | 18,7% |
Carteira Itaú BBA
Analisando esse cenário, o Itaú BBA manteve na sua carteira “Brazil Buy List” ativos que possam se alavancar com a melhora da economia e que possuam valuations atrativos.
As empresas indicadas são: Gerdau (GGBR4), Lojas Americanas (LAME4), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR4), Cosan (CSAN3), BRF (BRFS3), Camil (CAML3), MRV Engenharia (MRVE3), Vale (VALE3) e Smiles (SMLS3).