ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Recursos principais

Registration Strip Icon for tools Aumente o nível de sua negociação com nossas ferramentas poderosas e insights em tempo real, tudo em um só lugar.

Papéis do Tesouro caem até 11,6% em maio; perda é virtual para quem não sacar

LinkedIn

A alta dos juros provocou a queda dos preços dos títulos públicos negociados no sistema de varejo do Tesouro Direto. Títulos mais longos foram os que mais sofreram, caso dos corrigidos pela inflação, as NTN-B ou Tesouro IPCA+. Para o vencimento 2045, esse papel caiu 11,64%. Já os papéis prefixados, as LTN ou Tesouro Prefixado, que pagam juros no fim, caíam 7,36% em maio no prazo mais longo, para 2025. As NTN-F, ou Tesouro Prefixado com juros semestrais, que têm prazo maior ainda, caíram 7,39% no vencimento 2029.  Essa oscilação vai aparecer nos extratos de fundos de investimento e do Tesouro Direto, e deve ser vista com naturalidade pelos investidores, que não devem se apavorar. Além disso, alguns ainda acumulam no ano retorno superior ao do CDI, de 2,5% até maio, caso dos prefixados mais curtos.

A perda para o investidor que comprou os papéis com juros menores é apenas virtual se ele não vender o título agora. A queda de maio reflete o ajuste dos preços de mercado ao novo juro, mais alto. Mas se o investidor ficar com o papel que comprou lá atrás com o juro de 5% ou 5,10% mais IPCA, receberá exatamente o que estava previsto. Mas, se vender agora o papel, antes do vencimento, receberá um valor menor e tornará o prejuízo real.

A oscilação dos preços dos títulos ocorre diariamente em todos os mercados e não se limita aos títulos federais. CDBs, LCI ou LCA, debêntures, CRI ou CRA, qualquer papel de renda fixa também se ajusta quando os juros sobem ou caem no mercado. Por isso os fundos de investimentos têm de atualizar suas carteiras pelo valor de mercado, para evitar que alguém saque e leve um valor maior que o real da carteira naquele momento.

Juro maior, desconto maior

O ajuste dos preços dos títulos aos juros se deve à forma como eles são calculados. Eles são vendidos com desconto sobre o valor do resgate, e a diferença entre o que o investidor paga hoje e o que ele vai receber no vencimento, 100% do valor do título, é o juro. Quando o juro sobe, o desconto sobre o valor de face do papel tem de ser maior e o preço dos títulos cai no mercado. Já se o juro cai, o desconto também diminui e o valor do título sobe.

Vender o título apenas porque seu preço caiu no mercado, portanto, não se justifica. Já para quem tem recursos para aplicar, o momento é de rentabilidade maior, mas a decisão de investir deve levar em conta o cenário que se espera para o Brasil. Se a situação política piorar, com um candidato favorito contrário ao ajuste fiscal, os juros podem subir ainda mais.

Papel sem oscilação segue juro diário

Já para quem não quer correr riscos de oscilações, o ideal é o papel atrelado ao juro diário Selic, a LFT, ou Tesouro Selic. Ele acompanhará eventuais altas dos juros, mas também quedas. Se o favorito for a fator dos ajustes fiscal e da Previdência, os juros podem recuar e o ganho da LFT cai junto.

Na dúvida, os especialistas sempre recomendam diversificar um pouco as opções. Mas acima de tudo, só aplicar em títulos de longo prazo o dinheiro que não for necessário agora, e que pode correr um pouco mais de risco. E não ficar olhando tanto para as oscilações diárias dos preços. Lembrando que as NTN-B protegem o patrimônio do investidor da inflação por até 27 anos, caso do papel com vencimento em 2045, mais juros de 5,68% ao ano hoje.

Abaixo a tabela do Tesouro Direto com o desempenho dos títulos.

Títulos Vencimento Maio Abril No ano 12 meses
Prefixado 01/01/2019 0,13 0,44 2,68 10,79
Prefixado 01/01/2020 -0,87 0,68 3,53 13,53
Prefixado 01/01/2021 -1,91 0,64 3,83 14,74
Prefixado 01/01/2023 -4,75 -0,14 1,9 13,58
Prefixado 01/01/2025 -7,36 -0,52
Pré juro semestral 01/01/2021 -1,63 0,61 3,46 13,59
Pré juro semestral 01/01/2023 -3,64 0,22 1,99 12,54
Pré juro semestral 01/01/2025 -5,27 0,02 0,99 11,39
Pré juro semestral 01/01/2027 -6,5 -0,32 -0,23 10,14
Pré juro semestral 01/01/2029 -7,39 -0,38
Tesouro Selic 01/03/2021 0,41 0,43 2,51 7,82
Tesouro Selic 01/03/2023 0,28 0,33 2,33 7,74
Tesouro IPCA+ 15/05/2019 -0,19 0,36 2,45 10,19
Tesouro IPCA+ 15/08/2024 -4,52 -0,66 1,46 9,11
Tesouro IPCA+ 15/05/2035 -7,27 -2,28 -1,65 4,71
Tesouro IPCA+ 15/05/2045 -11,64 -3,93 -4,57 2,66
IPCA+ juro semestral 15/08/2020 -1,15 0,95 3,24 11,41
IPCA+ juro semestral 15/08/2024 -3,81 -0,39 1,71 9,36
IPCA+ juro semestral 15/08/2026 -4,46 -0,34 0,95 10
IPCA+ juro semestral 15/05/2035 -5,3 -1,08 -0,05 7,34
IPCA+ juro semestral 15/05/2045 -6,62 -1,66 -0,83 6,16
IPCA+ juro semestral 15/08/2050 -7,4 -1,87 -1,23 5,43

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O post Papéis do Tesouro caem até 11,6% em maio; perda é virtual para quem não sacar apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Deixe um comentário

Seu Histórico Recente