Ibovespa consolida em 158.360 pontos: continuação do rali ou correção técnica?

Estrutura gráfica continua favorável acima das médias móveis de 21 e 200 períodos, embora o Índice de Força Relativa em zona de sobrecompra indique necessidade de realização de lucros. Projeções apontam para 163.800 pontos em cenário de continuação ou 154.500 pontos em correção até dezembro de 2025.

O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou a sessão de 27 de novembro de 2025 em 158.360 pontos, com variação negativa de 0,12 por cento. A pequena queda representou uma pausa natural após o forte avanço de 1,70 por cento registrado no pregão anterior, que levou o índice a superar definitivamente a marca histórica dos 158.000 pontos. Apesar do recuo pontual, o nível de fechamento permanece bem acima das principais médias móveis de referência, preservando a integridade da tendência ascendente de médio e longo prazo consolidada desde o início de outubro de 2025.

O candle formado em 27 de novembro exibiu corpo reduzido e fechamento próximo à mínima diária de 158.167 pontos, configurando padrão de indecisão com viés descendente. A abertura ocorreu em 158.554 pontos e a máxima alcançada foi de 158.864 pontos; entretanto, a falta de continuidade compradora resultou no leve recuo. A baixa intensidade do movimento vendedor, evidenciada pela ausência de volume significativo, reforça a interpretação de que se trata de uma realização de lucros transitória e não de reversão estrutural.

O exame dos cinco pregões mais recentes revela um processo de consolidação dentro de canal ascendente. O candle de 21 de novembro, com queda de 0,39 por cento e mínima em 153.571 pontos, formou um martelo que rejeitou níveis inferiores e preparou o terreno para os avanços subsequentes. Seguiram-se altas moderadas de 0,33 por cento em 24 de novembro e 0,41 por cento em 25 de novembro, culminando no candle de força de 26 de novembro. A sequência atual desenha uma bandeira de alta, figura gráfica que, quando precedida de rompimento, apresenta elevada probabilidade histórica de continuação do movimento ascendente.

Os níveis operativos de maior relevância são precisos e bem definidos. Na direção ascendente, a primeira resistência significativa situa-se em 159.000 pontos, barreira psicológica de curto prazo. Sua superação consistente abriria projeções para 163.800 pontos — extensão de 161,8 por cento do último impulso de novembro — e, em cenário mais expansivo, para 169.000 pontos. Na direção oposta, o suporte crítico localiza-se em 158.000 pontos; sua perda caracterizaria correção de maior magnitude, com alvos subsequentes em 154.500 pontos — próximo à média móvel de 21 períodos, atualmente em 154.577 pontos — e em 150.000 pontos, nível psicológico e retração de 38,2 por cento.

A posição acima da média móvel simples de 21 períodos (154.577 pontos) e da média móvel simples de 200 períodos (152.972 pontos) confirma a robustez do canal ascendente. O cruzamento de alta entre essas médias, ocorrido no início de novembro, permanece intacto, e o preço não testou a banda inferior do canal desde outubro, o que reforça o caráter estrutural da tendência de alta.

O Índice de Força Relativa de 14 períodos encontra-se em 70,05 pontos, ainda em região de sobrecompra e com inclinação descendente. Embora não exista divergência de baixa evidente, o patamar elevado sinaliza exaustão temporária da pressão compradora, aumentando a probabilidade de realização de lucros antes da próxima perna ascendente, sobretudo em ambiente de liquidez reduzida.

Para a sessão de 28 de novembro de 2025, primeiro pregão após o feriado norte-americano, prevê-se oscilação em torno de 158.500 pontos, com viés positivo se a abertura ocorrer acima de 158.360 pontos. Operadores posicionados para alta devem concentrar a defesa no suporte de 158.000 pontos, com objetivo parcial na máxima de 27 de novembro (158.864 pontos). Operações de venda só se justificam abaixo de 158.167 pontos, com proteção imediata acima de 158.300 pontos.

No curto prazo, até cinco pregões, estima-se probabilidade de 60 por cento de teste da resistência em 159.000 pontos até o início de dezembro. A estratégia sugerida para comprados consiste em adquirir em recuos acima de 158.000 pontos, com proteção abaixo de 157.500 pontos; para vendidos, recomenda-se aguardar rejeição confirmada em 159.000 pontos antes de ingressar, com alvo inicial em 154.500 pontos.

No médio prazo, até três meses, a permanência acima da média de 21 períodos sustenta projeção para 163.800 pontos até o final de dezembro de 2025, apoiada pelo alinhamento das médias móveis e pela ausência de sinais claros de reversão. Investidores de perfil moderado podem aproveitar eventuais recuos até a faixa 158.000–154.500 pontos para acumulação gradual.

No longo prazo, até março de 2026, o cenário principal prevê extensão até a região de 169.000 pontos, desde que o suporte em 158.000 pontos seja mantido. A perda desse nível, porém, abriria espaço para correção mais acentuada até 154.500–150.000 pontos, especialmente em caso de deterioração do cenário fiscal doméstico ou elevação de rendimentos globais.

Compradores devem concentrar esforços na preservação acima de 158.500 pontos com volume crescente; vendedores necessitam de rompimento confirmado abaixo de 158.000 pontos para ganhar credibilidade. No âmbito intradiário, operações de compra acima de 158.200 pontos com proteção em 158.000 pontos e vendas apenas abaixo de 158.800 pontos com proteção em 159.000 pontos são as mais alinhadas ao quadro atual.

A análise técnica aqui apresentada possui caráter exclusivamente educativo e não constitui recomendação de investimento. O Ibovespa segue inserido em tendência de alta estrutural, mas o grau de sobrecompra observado exige disciplina rigorosa na gestão de risco e paciência estratégica nos próximos movimentos.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.