Enquanto os negócios nas bolsas globais ainda não normalizaram após a Copa do Mundo, o volume recente continuou bastante tímido no cenário internacional. Apesar disso, o dia pode ser promissor, a depender do que vai acontecer durante o depoimento de Jerome Powell (presidente do Federal Reserve) em frente ao Comitê Bancário do Senado, às 11h. O principal tema deve ser construído em torno das tensões comerciais e a da normalização de política monetária de forma gradual. Além disso, o achatamento da curva de rendimento dos Estados Unidos pode ser um dos assuntos abordados, sendo este um tema mais agressivo na perspectiva dos mercados.
Na Ásia, a sessão foi relativamente calma, apesar da queda nas bolsas de Xangai (-0,57%) e Hong Kong (-1,25%). Já as bolsas europeias recuam levemente, com o peso dos ativos de tecnologia, e sem o suporte dos ativos de energia (que tentam obter uma recuperação após sofrer com um mercado de commodity turbulento na segunda-feira). Nos Estados Unidos, o principal indicador do dia foi a produção industrial, que registrou um avanço de 0,6% em junho ante queda de 0,5% em maio. Embora o dado tenha superado as expectativas dos analistas, os índices futuros dos EUA continuam em queda no Dow Jones (-0,1%), S&P (-0,2%) e NASDAQ (-0,3%).
Ontem o Fundo Monetário Internacional divulgou o cenário para o crescimento econômico global: ressaltando que a expansão econômica tem sido desnivelada, e os riscos estão se acumulando. As projeções foram mantidas para a maioria dos países, sobretudo os desenvolvidos. A projeção para o crescimento econômico do Brasil teve uma piora de 0,5% em relação ao último relatório divulgado.
Referente ao dia de hoje, além do depoimento de Powell, o destaque do dia ficará por conta dos resultados corporativos. Hoje, Wall Street se atentará aos números do Goldman Sachs e Johnson & Johnson.
Brasil
Com queda, o mercado nacional entrou em compasso com os mercados globais. Sem um fluxo de notícias relevante, e sem uma agenda econômica de peso, o mercado se limita a monitorar o movimento externo. O dólar avança à espera do depoimento do presidente do Fed, sendo cotado a R$ 3,877. Diante das incertezas, o setor elétrico e de utilidade básica performa melhor em relação ao restante dos ativos.