A pesquisa Ibope encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo feita nos dias 29 e 30 de setembro mostrou o candidato Jair Bolsonaro subindo quatro pontos percentuais, de 27% para 31% das intenções de voto. Já Fernando Haddad, do PT, ficou estável, em 21%. Ciro Gomes, do PDT, oscilou de 12% para 11% dos votos, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, ficou estável, em 8%. Marina Silva, da Rede Sustentabilidade caiu de 6% para 4% e está no menor nível desde o início da campanha. A pesquisa ouviu 3.010 eleitores em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O intervalo de confiança é de 95%.
Na simulação para o segundo turno, Bolsonaro melhorou seu desempenho e subiu de 38% para 42% dos votos, mesmo percentual de Haddad.
Outro destaque da pesquisa foi o aumento da rejeição de Fernando Haddad, que passou de 27% para 38%. A rejeição de Bolsonaro se manteve em 44%, ainda acima da do petista. Marina Silva tem rejeição de 25% e Geraldo Alckmin, 19%, ligeiramente acima da de Ciro, de 18%.
A pesquisa do Ibope mostra uma mudança na tendência dos levantamentos feitos da semana passada para cá. Até agora, Bolsonaro vinha perdendo espaço devido a declarações polêmicas de seus assessores, como a volta da CPMF ou críticas ao 13º Salário e aos ataques de adversários, em especial do tucano Geraldo Alckmin. Mas, segundo o Ibope, esse movimento se reverteu e o capitão reformado voltou a ganhar a simpatia do eleitorado. O crescimento de Fernando Haddad e do PT, e a forte oposição ao partido, podem ter ajudado a aumentar o eleitorado de Bolsonaro, que se coloca como o principal adversário dos petistas. Já Haddad parece ter se estabilizado após receber o apoio dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que passa a sofrer com a rejeição ao PT.
Os números confirmam a tendência de um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, com uma disputa acirrada entre os dois candidatos.