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B3 divulga nova carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE); indicador supera o Ibovespa

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Um dia depois de o presidente eleito Jair Bolsonaro declarar que o Brasil não vai sediar a Conferência do Clima de 2019, a COP 25, a bolsa B3 divulgou hoje a 14ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) que vai vigorar de 07 de janeiro de 2019 a 03 de janeiro de 2020.

A nova carteira do Índice, cujo parceiro técnico é o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces), reúne 35 ações de 30 companhias. Quase todas, ou 98% das companhias, incluíram temas referentes à mudança do clima em suas análises de materialidade nos últimos 3 anos.

Além disso, o ISE representa 13 setores e soma R$ 1,73 trilhão em valor de mercado, 48,66% do total do valor das companhias com ações negociadas na B3, com base no fechamento de 27 de novembro, terça-feira. Em 2018, essa representatividade era de 41,47%.

Alta maior que a do Ibovespa

Desde a sua criação, em 2005, o ISE acumula alta de 203,80%, comparado a 175,38% do Índice Bovespa (Base de fechamento em 27/11/2018). No mesmo período, o ISE teve ainda menor volatilidade: 24,22% em relação a 27,04% do Ibovespa.

O processo da seleção da carteira 2018 contou com a asseguração externa da KPMG, que emitiu parecer de “Asseguração Limitada sem Ressalvas”. A asseguração do processo do ISE é realizada desde 2012, o que confere ainda mais credibilidade e confiabilidade ao índice. Além disso, o ISE mantém parceria de monitoramento diário de imprensa com a empresa Imagem Corporativa.

Levando em conta a transparência, uma das principais agendas da B3, a publicação das respostas das empresas ao questionário de avaliação é pré-requisito para participação no Índice. As respostas das 30 companhias da carteira 2018 estarão disponíveis no site www.isebvmf.com.br . Abaixo, a nova carteira para 2019 do ISE:

Nova Carteira – 2019

AES Tiete

CCR

Ecorodovias

Fibria

Light

Santander

B2W

Cemig

EDP

Fleury

Lojas Americanas

Telefônica

Banco do Brasil

Cielo

Eletrobras

Itaú Unibanco

Lojas Renner

Tim

Bradesco

Copel

Eletropaulo

Itaúsa

MRV

Vale

Braskem

Duratex

Engie

Klabin

Natura

Weg

* Para o processo da carteira anunciada hoje foram convidadas 181 companhias, emissoras das 200 ações mais liquidas na B3. Destas, 36 se inscreveram no processo, sendo 33 Elegíveis (2 delas também na categoria Simulado) e 3 na categoria Treineira.

Carteira atual – 2018 (válida até 04/01/2019)

AES Tiete

CCR

CPFL

Engie

Klabin

Natura

B2W

Celesc

Duratex

Fibria

Light

Santander

Banco do Brasil

Cemig

Ecorodovias

Fleury

Lojas Americanas

Telefônica

Bradesco

Cielo

EDP

Itaú Unibanco

Lojas Renner

Tim

Braskem

Copel

Eletropaulo

Itaúsa

MRV

Weg

Principais pontos da nova carteira

Segundo a bolsa, 67% das companhias afirmam revisar e definir seus modelos de negócio adotando como critério suas externalidades (impactos positivos ou negativos não precificados) e prevendo ajustes no curto, médio e longo prazo.

Já 74% das empresas norteiam seus compromissos com base nos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU.

Na pesquisa, 96% das companhias estabelecem medidas disciplinares em caso de violação de direitos de orientação sexual e identidade de gênero. 26% possuem programas estruturados para garantia de direitos do grupo LGBT.

E  17% dos conselhos incorporam nos processos de seleção de seus conselheiros e diretores estatutários critérios relativos à participação de mulheres e 10% incorporam critérios relativos à participação de negros.

Quase todas, ou 98% das companhias, incluíram temas referentes à mudança do clima em suas análises de materialidade nos últimos 3 anos.

E  91% consideraram nessas análises os temas mitigação e adaptação (6% incluíram apenas mitigação e 2% apenas adaptação). Como resultado dessas análises, 85% identificaram como materiais os temas mitigação e adaptação (6% identificou apenas mitigação, 0% apenas adaptação e 9% não identificou nenhum dos dois temas como materiais).

Desenvolvimento sustentável

Em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), este ano o questionário foi dividido em duas etapas.

Etapa 1: Utilização da Agenda 2030/ODS como referência para identificar e integrar aspectos relevantes de sustentabilidade nos negócios da empresa, priorizando os ODS mais relevantes para seus negócios, realizando para isso uma análise de materialidade e tendo como critério os impactos positivos e negativos mais relevantes da atividade da empresa.

Etapa 2: Tendo como ponto de partida o conjunto de ODS que a empresa priorizou, identificar que práticas a empresa adota para incorporação dos fundamentos da Agenda 2030 em sua atuação.

Em relação à etapa 1, quatro objetivos se destacaram por terem sido analisados e considerados como prioritários, pela relevância dos impactos positivos e negativos da atividade da empresa: ODS 9 (infraestrutura, industrialização, inovação), com 85%; ODS 8 (crescimento, emprego, trabalho), com 76%; ODS 13 (mudança do clima), com 70%; e ODS 12 (produção e consumo sustentáveis) e ODS 16, com 59%.

O ODS 7 (energia para todos), apesar de não ter sido incluído na análise de materialidade de 19% das empresas, foi priorizado por 61% do total delas.

Foram considerados não prioritários: ODS 5 (igualdade de gênero) por 54%; ODS 10 (reduzir desigualdade), por 61%; ODS 6 (água e saneamento para todos) por 59%; ODS 14 (mares e oceanos) por 61% e ODS 17 (meios de implementação e parcerias), por 56%.

Em relação à etapa 2:

O levantamento mostrou que 83% das companhias possuem processos definidos e em andamento para integração dos ODS às estratégias, metas e resultados almejados.

Outros 57% das companhias analisam e tratam das implicações cruzadas entre os ODS priorizados e os demais ODS.

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