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Casino propõe reformulação do Pão de Açúcar e migração para o Novo Mercado

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O grupo francês de varejo Casino apresentou ontem para sua controlada, o Grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR4), uma proposta que inclui a compra pela empresa brasileira da rede colombiana Éxito e a migração do Pão de Açúcar para o Novo Mercado, segmento de maior governança da B3 e que só permite ações ordinárias (ON, com voto).A operação já era esperada por analistas que acompanham a empresa.

Na primeira etapa, o Pão de Açúcar fará uma oferta pública de compra de até 100% das ações do Almacenes Éxito na bolsa colombiana. O preço deverá ser examinado por um comitê especial independente, mas o fato relevante informa que a diretoria indica valor por papel do Éxito entre R$ 19,31 e R$ 21,72. São entre 16 mil e 18 mil pesos colombianos, um prêmio de 10% a 24%, considerando a cotação de fechamento de ontem.

Como há 447,6 milhões de ações em circulação da empresa colombiana, a operação atingirá de R$ 8,6 bilhões a R$ 9,7 bilhões. O GPA tinha em caixa ao fim de 2018 pouco mais de R$ 4,3 bilhões. Dias atrás, vendeu sua fatia na Via Varejo por R$ 2,3 bilhões. O Casino tem cerca de 55% do capital do Éxito, que seriam vendidos ao Pão de Açúcar.

Em outra fase da reorganização, o Casino vai adquirir todas as ações de controle do Pão de Açúcar atualmente detidas indiretamente pelo Éxito “a preço justo”, informou, sem detalhar qual seria esse valor. A empresa colombiana tem 49,8 milhões de ações ON do Pão de Açúcar. O Casino tem outros 49,8 milhões de papéis. Considerando o fechamento de ontem, essas ações valem cerca de R$ 4,2 bilhões. Mas esta operação não deve ser fechada com base na cotação em bolsa, já que o Casino informa que é uma negociação a “preço justo”, definido entre ele e a Êxito, sua controlada.

A terceira etapa da reorganização é a migração do Pão de Açúcar para o segmento de listagem Novo Mercado, da B3, com a conversão das ações preferenciais (PN) em ordinárias (ON) à razão de um para um.

Para Pedro Galdi, analista-chefe da corretora Mirae Asset, a expectativa é de que o Pão de Açúcar, assumindo o Grupo Exito, terá que desembolsar cerca de R$ 4 bilhões em dinheiro em toda a operação, o que deverá levar a relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 1,8 a 2,0 vezes, e estará adquirindo o Exito num preço atraente. Outro ponto positivo será a migração das ações PN, sem direito a voto, do Pão de Açúcar para o novo mercado, que irá beneficiar os acionistas ao aumentar seus direitos. “Após a operação, que deverá ser concluinda nos próximos meses, vemos uma empresa mais forte na América Latina e consequentemente em condições de capturar a melhora da economia esperada para a região e com aumento de lucro e se desalavancando nos meses seguintes”, diz o analista em relatório. Nessa operação, o Pão de Açúcar estará adquirindo operações na Colômbia, Uruguai e Argentina e mantendo as operações no Brasil. “Continuamos mantendo a recomendação de compra para o pão de Açúcar”, diz a Mirae, estimando um preço justo para o papel de R$ 22,95.

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