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Guide tira Sabesp da carteira e troca por uma nova oportunidade

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Nesta semana, optamos por retirar as ações da Sabesp para dar entrada aos ativos da BRDT3. Apesar disso, seguimos com uma visão positiva para a Sabesp, que deve destravar valor em meio ao andamento da votação do novo marco legal do saneamento no Congresso após o recesso parlamentar.

Para a BR Distribuidora, o ativo pode destravar valor em meio a retomada do consumo, e ganhos de produtividade após a privatização do ativo.

Mais sobre BR Distribuidora…

Sustentamos nossa recomendação em função: (i) forte crescimento dos lucros nos últimos anos, após melhorias operacionais e estruturais do management; (ii) estrutura de capital balanceada (com baixa alavancagem financeira); e (iii) perspectiva positiva no consumo de combustíveis em 2020.

Em nossa visão, a BR Distribuidora é o melhor meio para capturar eventuais ganhos com a recuperação do mercado brasileiro de combustível, além da tendência positiva de rentabilidade e melhora de margens em 2020. As discussões envolvendo a venda de ativos não estratégicos, pode destravar valor para os papéis da BRDT3 e melhorar (ainda mais) sua conservadora alavancagem financeira. Destacamos o direcionamento estratégico do management com foco na melhora de rentabilidade da Companhia.

Vale ainda destacar o recente processo de privatização da Companhia, onde a BR Distribuidora deverá adotar práticas mais alinhado à sua indústria, mantendo um controle mais eficiente de custos e despesas operacionais. Ainda vemos valor a ser destravado.

Por fim, destacamos que os dividendos devem continuar aumentando, como consequência da sólida posição financeira da companhia e forte geração de caixa projetada para os próximos trimestres, dada a expectativa de uma recuperação mais acelerada da atividade econômica local e melhorias operacionais. O payout da companhia é cerca de 90% do lucro líquido, e o yield é atrativo (cerca de 6,5%).

Mercado: o que esperar para os próximos dias…

A semana conta com uma agenda importante de indicadores, começando pelas leituras finais de dezembro dos Índices de Gerentes de Compra (PMI/Markit) na Europa e nos EUA (2ªF), que darão novas pistas sobre as expectativas dos agentes das principais economias mundiais entrando em 2020. Ao longo da semana, investidores ainda acompanharão o ISM de serviços e o CPI europeu (3ªF), a criação de emprego no setor privado (4ªF) e o Relatório de Emprego (6ªF) de dezembro nos EUA.

A primeira semana completa de 2020 contará com uma agenda repleta de indicadores econômicos. Do lado da atividade, o relatório FOCUS deverá trazer as novas projeções do mercado com relação ao crescimento em 2020 (2ªF) e a produção industrial de novembro (5ªF) deve dar novas pistas sobre o desempenho do setor no último trimestre de 2019. Na frente dos preços, o investidor avalia a 1ª prévia do IGP-M para janeiro e o IPCA de dezembro (ambos na 6ªF).

E agora?

A escalada de tensões entre EUA e Irã deve, ao logo desta e das próximas semanas, continuar promovendo uma maior aversão ao risco por parte dos investidores. Na contramão, a redução do compulsório chinês que entra em vigor hoje (06/01), e deve promover um ambiente favorável para emergentes em função da elevação da demanda por exportações dos mesmos.

Por fim, com a data limite (31/01) para a efetivação do Brexit se aproximando, conversas dentro do parlamento britânico de como ficarão as relações comerciais entre o bloco e o país devem promover volatilidade adicional, principalmente no mercado cambial.

No Brasil, o Ibovespa deve continuar sendo contaminado pelo maior sentimento de cautela que irá predominar em função da escalada de tensões entre Irã e EUA. Devido ao recesso congressista, a agenda política continua morna. A divulgação de indicadores econômicos (produção industrial & IPCA) será o principal driver do mercado, testando as expectativas em torno do crescimento da economia brasileira neste novo ano de 2020.


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