A Ecorodovias (BOV:ECOR3) divulgou na noite desta terça, 18, o balanço do quarto trimestre com lucro líquido de 79,2 milhões, alta de 40% em relação ao mesmo período de 2018, mas reportou um prejuízo de R$ 185,5 milhões no ano passado, revertendo lucro de R$ 382,1 milhões do ano de 2018.
A receita líquida cresceu 24,73%, para R$ 3,95 bilhões em 2019.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 528,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, um crescimento de 48,8% sobre igual período do ano anterior.
Já o Ebitda pró-forma ( exclui receita e custo de construção, provisão para manutenção e provisões dos acordos de leniência) totalizou R$ 2 bilhões, alta anual de 15,5%.
A dívida líquida somou R$ 6,610 bilhões ao final do quarto trimestre, alta de 38,3% sobre o mesmo período de 2018.
A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda Pró-forma, ficou em 3,2 vezes ao final de 2019, acima das 2,7 vezes de um ano antes.
O capex realizado foi de R$399,0 milhões no último trimestre do ano passado e de R$1.296,3 milhões no acumulado de 2019.
Segundo a Ecorodovias, “os principais investimentos do trimestre nas concessões rodoviárias foram as duplicações da Eco101, obras de acesso à Linha Vermelha na Ecoponte e obras relacionadas ao aditivo contratual da Ecovias dos Imigrantes”.
Lava Jato
Em agosto de 2019, o Ministério Público Federal do Paraná firmou acordo de leniência com a Ecorodovias controladora das concessionárias Ecovia e Ecocataratas.
O acordo prevê o pagamento de R$ 400 milhões até o fim das concessões que terminam no próximo ano, em decorrência dos atos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados com contrato de concessão do estado do Paraná.