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Ativos reais crescem como alternativa à turbulência das bolsas em tempos de Coronavírus

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Após um longo esforço de convencimento para levar os investidores da renda fixa às bolsas, a impressão é de que a pandemia do Coronavírus tem potencial para comprometer os avanços alcançados. Afinal, após ter registrado um recorde positivo em meados de janeiro, quando alcançou 119 mil pontos, o Ibovespa perdeu quase 45% em menos de dois meses. Nos últimos dias, o “circuit breaker” já foi acionado seis vezes. O mecanismo é disparado toda vez que atinge o limite de baixa de 10%, interrompendo a sessão para proteger o mercado de ações de volatilidade bruscas e atípicas.

Pela intensidade das quedas, a crise do mercado acionário já está se mostrando mais grave que a registrada pela quebra do Lehman Brothers em 2008. Na ocasião, o mecanismo de paralisação também foi acionado seis vezes no período de um mês.

Se até para investidores experientes é muito difícil manter a calma vendo os índices caírem entre 10% a 15% dia sim, dia não, como devem estar sendo assustadoras as noites daqueles aplicadores iniciantes que resolveram só recentemente se arriscar no complexo mundo das ações?

Diante deste cenário, existem duas alternativas: voltar à renda fixa e deixar os recursos parados apenas como forma de proteger o patrimônio esperando por dias melhores, ou buscar uma forma de continuar obtendo ganhos significativos por meio de ativos reais. No primeiro caso, a rentabilidade está praticamente zerada diante da nova queda da taxa de juros, que se encontra a 3,75%.

No segundo, ainda pesa um certo desconhecimento da população, o que está mudando no cenário atual em que tudo o que o investidor almeja é conciliar rentabilidade e proteção. O ativo real é aquele que é físico ou tangível como imóveis ou precatórios (títulos públicos judiciais). Como são ativos de difícil originação, sempre estiveram um tanto restritos às tesourarias de bancos ou a family offices ou gestores de grandes fortunas.

Mas, recentemente eles se transformaram em opções acessíveis graças ao desenvolvimento da tecnologia e à chegada das fintechs, as staturps financeiras que aproximaram este tipo de investimento do investidor iniciante.

Os precatórios são direitos creditórios assegurados pelo artigo 100 da Constituição Federal, que mitiga o risco. Além disso, eles concentram grande taxa de retorno, pois além do deságio da compra, a atualização de seus valores obedece a regras claras e bem definidas. A rentabilidade estimada deste tipo de ativo tem sido de aproximadamente 16,5% ao ano, o que significa uma alta de 367% sobre o CDI.

A recomendação básica, que segue critérios internacionais, é de locação de 10% a 30% do patrimônio em ativos alternativos deste tipo, ou seja; lastreados em ativos reais. Desta forma, mesmo obedecendo a lógica de que cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, é possível manter o apetite por rentabilidade em dia enquanto as coisas se acalmam.

Isso tudo é claro, levando em conta que é sempre recomendável buscar ajuda de especialistas. Seja lá qual for a escolha, trata-se de uma situação que exige cuidado redobrado. O impacto da pandemia na economia já é sentido e a recuperação vai depender muito de como os governos mundiais vão intervir na concessão de crédito para socorrer as empresas.

Assim, quanto mais sólido for o investimento, melhores serão as chances de manter a saúde das finanças.

* Arthur Farache é CEO da Hurst, fintech que opera por meio de uma plataforma tecnológica baseada em robôs de investimentos.

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