O rali de ontem no mercado internacional tem continuidade hoje, com os índices futuros das bolsas de Nova York e as principais bolsas europeias exibindo ganhos acelerados nesta manhã, após as fortes altas da véspera em Wall Street, que embalaram o pregão na Ásia.
As principais bolsas europeias têm ganhos firmes, de mais de 4%, embaladas por dados que mostram sinais de crescimento mais lento da disseminação do coronavírus no velho continente.
As notícias sobre o estado de saúde do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que foi internado por “precaução” no domingo e conduzido à unidade de terapia intensiva (UTI) ontem, diminuem a alta da bolsa de Londres (LSE).
A libra esterlina (FX:GBPUSD) se recupera e o euro (FX:EURUSD) também avança fazendo o dólar (FX:USDBRL) perder força. Ontem o Dólar comercial do Brasil fechou em queda, depois de vários dias consecutivos de alto, sendo cotado a R$ 5,29.
Após a taxa de crescimento dos casos da doença nos Estados Unidos ficar abaixo de 10% pelo segundo dia consecutivo, os índices futuros das bolsas de Nova York também sobem forte. Os Estados Unidos avaliam a possibilidade de um novo pacote de estímulo, que pode valer mais de US$ 1 trilhão.
Na Ásia, a notícia de que o Japão declarou estado de emergência em várias regiões pesou nos negócios, diminuindo a alta, mas todas as bolsas fecharam positivas. A China, que não teve negócios por conta de um feriado na segunda-feira, foi a que mais subiu no pregão de terça. O país continua registrando apenas casos importados de coronavírus.
Já o petróleo se recupera das perdas desta segunda-feira e o futuro avança, com o Brent (NYMEX:BZ\M20) sendo negociado com alta de 2,5% (US$33,84) e o WTI (NYMEX:CL\K20) sendo negociado também em alta de 3,0% (U$26,84).
O Bitcoin (COIN:BTCUSD) está sendo negociado por US$ 7.450,00 com alta de 1,55%.
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A grave tensão política que potencializa a crise do coronavírus no Brasil pode afetar os mercados locais.
Uma coletiva com a presença dos ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania), Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, está marcada para às 9 horas e deve dar explicações à população.
Os ruídos em relação à saída de Luiz Henrique Mandetta da Pasta só foram interrompidos no fim do dia, após reunião ministerial no Palácio do Planalto. O anúncio do “fico” foi feito em coletiva de imprensa marcada às pressas e realizada após as gavetas do ministro já estarem “limpas”.
Enquanto isso, o número de mortes pela doença no país subiu em 67 em 24 horas, passando de 486 óbitos para 553. No total, já são mais de 12 mil casos confirmados de Covid-19 no país, com um aumento de 926 entre ontem e hoje. Mas o Brasil continua enfrentando um sério problema de subnotificação de casos, que ofusca a realidade em relação à disseminação do vírus.
O governo ainda aguarda a apovação do “Orçamento de Guerra”, que só deve ser votado no Senado no dia 13.
Atenta às conta públicas, a Standard & Poor’s (S&P) piorou a perspectiva da nota de crédito (rating) soberano do Brasil, de positiva para estável, citando os efeitos econômicos e fiscais da pandemia de coronavírus. A agência de classificação de risco manteve a nota do país em BB-, portanto, três degraus abaixo do mínimo para alcançar o selo de grau de investimento.
Agenda econômica tem varejo em destaque
A agenda econômica desta terça-feira traz como destaque o desempenho do varejo brasileiro em fevereiro, que deve cair pelo segundo mês seguido em 2020. A previsão para pesquisa mensal do comércio (PMC), que sai 9h, é de recuo de 0,5% em relação a fevereiro. Já em relação a um ano antes, o setor deve crescer pela 11ª vez, em +2%.
Lá fora, merece atenção o relatório Jolts com dados de fevereiro sobre as demissões e contratações nos EUA (11h), que pode trazer os reflexos iniciais do isolamento social sobre o mercado de trabalho. Também serão conhecidos dados sobre o crédito ao consumidor norte-americano (16h) em fevereiro.
O Reserve Bank of Australia entra em ação mas nenhum movimento do banco central é esperado, após o corte e implementação da taxa de emergência de seu primeiro programa de QE.
A Alemanha divulga os dados da produção industrial de fevereiro e o Canadá divulga o PMI Ivey referente a março.
Agenda do Investidor tem apresentação pública da Eletrobras e pagamento de dividendos da B3
As empresas do grupo X (MMX, CCX e OSX) e a Eletrobras fazem apresentação pública dos resultados nesta segunda-feira.
A B3 faz o pagamento de dividendos de R$ 0,1685 por ação e juros sobre capital (JCP) de R$ 0,1434 por ação para investidores com ações no dia 25/03/2020
Destaque do dia na B3
Ecorodovias (ECOR3): Ecorodovias vai emitir notas promissórias no valor de R$ 1,23 bilhão
Azul (AZUL4): Azul informa resultados de tráfego de Março de 2020 e solicita antecipação de recebíveis
Petrobras (PETR3/PETR4): Petrobras aprova produção 2,07 milhões de barris por dia
Petrobras (PETR3/PETR4): Petrobras informa descoberta de óleo em poço na bacia de Campos
Gol (GOLL4): Gol divulga informações preliminares não auditadas do primeiro trimestre com R$ 0,25 lucro por ação
Bradesco (BBDC3/BBDC4): Bradesco em conversas para se tornar sócio do C6, diz Brazil Journal
Light (LIGT3): Conselho decide alocar o valor do dividendo mínimo para reserva especial (dividendo já havia sido aprovado em 26/03/2020)
Ideiasnet (IDNT3): Ideiasnet convoca AGE para deliberar sobre a incorporação de ações da Padtec S.A.
Nordon (NORD3): Nordon Metalúrgica reapresenta proposta para ajustar participação acionária (4%) para instalar Conselho Fiscal
Estácio (YDUQ3): Conselho aprova emissão de CCB (cédula de crédito bancário) no valor de R$ 75 milhões com prazo de 2 anos
As empresas Cielo, Grazziotin, Unidas, Gerdau e sua metalúrgica comunicaram o adiamento ou cancelamento da AGO/AGE
Recomendação de ativos:
Gerdau (GGBR4) : Itaú BBA rebaixa para market perform e corta preço-alvo para R$ 11,00
Itaú (ITUB4): Goldman Sachs eleva PN para compra e corta preço-alvo para R$ 26,00
ADR Itaú (ITUB): Goldman Sachs eleva ADR para compra e corta preço-alvo para US$ 6,00
Energisa (ENGI11): JP Morgan rebaixa para neutra e fixa preço-alvo em R$ 43,00
Cemig (CMI4): JP Morgan rebaixa para underweight e preço-alvo em R$ 8,50
CPFL (CPFE3): JP Morgan rebaixa para neutra e preço-alvo em R$ 28,00
Usiminas (USIM5): Ágora rebaixa para venda e corta preço-alvo para R$ 3,90
CSN (CSNA3): BTG Pactual mantém neutra com preço-alvo em R$ 16,00
Tim (TIMP3): Safra eleva preço-alvo para R$ 19,00
Lojas Renner (LREN3): BTG Pactual mantém compra com preço-alvo em R$ 66,00
Petrobras (PETR4): Ágora mantém recomendação neutra com preço-alvo em R$ 16,00
Arezzo (ARZZ3): Goldman Sachs rebaixa para neutra com preço-alvo de R$ 32,00
Raia Drogasil (RADL3): Goldman Sachs eleva para compra com preço-alvo de R$ 118,00
B2W (BTOW3): Goldman Sachs eleva para compra com preço-alvo de R$ 55,00
BR Malls (BRML3): JP Morgan rebaixa para neutra e preço-alvo em R$ 11,00
Multiplan (MULT3): JP Morgan eleva para overweight e preço-alvo em R$ 24,50
Participação acionária:
Cogna (COGN3) – Comgest Global comunica que detêm 4,49% capital social (84.271.503 ações
Cesp (CESP6) – Morgan Stanley atingiu posição correspondente a 5,4% de ações preferências classe B
Bombril (BOMBR4) – Socopa anuncia que vendeu todas as 19.108.283 ações (15,54%) que detinha da companhia