
Esse é o Bom dia, Investidor! 06 de maio de 2020, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Os futuros de ações dos EUA avançam nesta manhã de quarta-feira, depois que o presidente Donald Trump pressionou novamente para reabrir a economia.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio permaneceu fechada, enquanto Xangai subiu 0,63%, a 2.878,14 pontos, voltando a operar após três dias sem negociações após feriados locais, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,53% a 1.790,28 pontos.
Na Europa, por sua vez, após abrirem em queda de forma generalizada, os índices amenizaram as baixas e operam praticamente estáveis. Os investidores seguem atentos às medidas de flexibilização do lockdown e repercutem os dados econômicos do continente. Na Alemanha, as encomendas à indústria sofreram tombo histórico de 15,6% em março ante fevereiro.
Já entre as commodities, após registrarem queda reagindo a dados de estoque do petróleo, os contratos futuros do WTI e do brent viraram para ganhos. Segundo pesquisa do American Petroleum Institute (API), houve um forte avanço no volume de petróleo bruto estocado nos EUA na última semana, de 8,4 milhões de barris.
Os futuros internacionais de petróleo Brent (NYMEX:BZ\N20) negociam agora em alta de 2,0%, negociado a US$ 31,61.
O WTI (NYMEX:CL\M20) também sobe por volta de 3,4%, sendo negociado a US$ 25,39.
Bitcoin é negociado em alta de +2,30%, valendo US$ 9.259.
ETF EWZ sobe 0,13% no pré-market.
Coronavírus
Novo recorde de mortes por Covid-19 no Brasil, que caminha para ser o novo epicentro da doença, com 115.953 casos e 7.958 mortes confirmadas hoje pela Universidade Johns Hopkins.
O ministério da saúde atualizou sua previsão para o pico da doença no Brasil, que deve ocorrer entre maio e julho, após um triste recorde diário, o Brasil registrou 600 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.
Brasil
A turbulência no cenário político local e o novo recorde de mortes por Covid-19 no Brasil, que caminha para ser o novo epicentro da doença, relembram os investidores de que não basta se escorar no bom humor dos mercados internacionais.
Ontem à noite, a Fitch foi além da Standard & Poor’s (S&P) e revisou para negativa a nota a perspectiva da nota de risco de crédito soberano (rating) do país, citando a piora das perspectivas econômicas e fiscais, bem como as renovadas incertezas políticas e em relação à duração da intensidade da pandemia de coronavírus por aqui.
O depoimento do ex-ministro Sergio Moro trouxe poucas novidades e carece de provas, devendo ser visto com descrença nos mercados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu investigar os motivos para a troca da Superintendência da PF no Rio, feita ontem por Bolsonaro, em um desdobramento do inquérito aberto pelo STF. Ao mesmo tempo, a PGR avalia se Moro pode ser também contestado na área criminal e vê como improvável uma denúncia contra o presidente.
Ou seja, por mais que os fatos ainda sejam incipientes, o ambiente político é pesado e os impactos dessa turbulência podem elevar a pressão nos ativos locais, provocando uma fuga do risco.
Ibovespa e dólar ontem
O Ibovespa apagou parte da alta no fim do dia acompanhando uma desaceleração das bolsas americanas, após alerta de Clarida.
O índice fechou em alta de 0,75% aos 79.470 pontos. Os papéis da Petrobras, que representam 9,4% do Ibovespa, puxaram a alta do índice. Os destaques negativos foram IRB, que adiou a divulgação de dados do primeiro trimestre, Magazine Luiza, Vale e Lojas Renner.
A busca por proteção no dólar voltou a reinar no mercado brasileiro, impulsionado a cotação da divisa americana para a casa de R$ 5,60. A forte queda da produção industrial e a perspectiva de juros ainda mais baixos no Brasil reforçaram a demanda por “hedge” no câmbio, em uma operação que serve para resguardar posições em outros mercados locais, como juros futuros e ações, ou até outras divisas emergentes.
A despeito do desempenho relativamente favorável de outros ativos locais, o dólar comercial se manteve em firme alta contra o real durante todo o dia. A moeda americana terminou a sessão com avanço de 1,31%, aos R$ 5,5933, depois de tocar R$ 5,6043 na máxima intradiária.
Agenda Econômica
E aí? O que o Copom vai fazer hoje? Fica difícil saber qual será a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) hoje, a partir das 18h. A expectativa majoritária ainda é de corte de meio ponto (0,50 pp), levando a Selic para o piso histórico de 3,25%, mas os riscos estão crescentes, ao mesmo tempo em que a potência dos estímulos parece menor.
Os dados de produção industrial divulgados ontem, com queda de 9,1% em março, o triplo do esperado pelo mercado, fizeram renascer no mercado as apostas em um corte maior, de 0,75 ponto percentual da Selic.
Os números de inflação mostram que há espaço para corte, com o IPC da Fipe fechando abril em queda de 0,30% e a expectativa de deflação também para o IPCA, que sai na sexta-feira.
O BC vai divulgar os dados de abril sobre a entrada e saída de dólares do país (fluxo cambial) às 14h30.
Já no exterior, o destaque fica com os dados da ADP sobre o total de vagas de emprego no setor privado dos Estados Unidos (9h15) em abril. A previsão é de eliminação de 21 milhões de postos de trabalho nas empresas norte-americanas, por causa das medidas de bloqueio (lockdown) e refletindo os milhões de pedidos de auxílio-desemprego feitos no país ao longo das últimas semanas, em meio ao contexto da pandemia de coronavírus.
Ainda no calendário econômico norte-americano, saem os estoques semanais de petróleo bruto e derivados nos EUA (11h30).
Os mercados acompanharão números importantes de atividade, como as encomendas à indústria na Alemanha e os dados dos gerentes de compras, os PMIs, do setor de serviços na Zona do Euro relativos a abril, e que devem mostrar fortes quedas. Saem também dados de vendas no varejo do euro de março.
No fim do dia, a China deve informar o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços e também os dados da balança comercial, ambos referentes ao mês passado.
Destaques Corporativos do dia
Destaques de Wall Street: Resultados do Mercado livre, Disney e outros destaques desta quarta-feira
Usuários ADVFN acompanham, gratuitamente e em tempo real, a cotação de todas as ações negociadas na B3 (BOV:IBOV) e em mais de 80 bolsas mundiais através das ferramentas Monitor, Cotação e Gráfico
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.
Cadastre-se