Esse é o Bom dia, Investidor! 12 de junho de 2020, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
É quase impossível que o índice futuro do Ibovespa não abra no vermelho profundo, tentando ajustar as perdas vistas pelas ações brasileiras ontem em Nova Iorque, enquanto a B3 permanecia fechada.
Após uma quinta-feira de forte correção nos mercados globais, as ações europeias sobem junto aos futuros de ações nos EUA nesta manhã de sexta-feira. As fortes quedas da véspera surgiram devido a crescente preocupações com a segunda onda de infecções por coronavírus e a perspectiva de uma recuperação econômica mais prolongada em decorrência disso.
O temor dos investidores é que ocorra uma nova onda de contaminação do coronavírus no momento em que as principais economias ainda não se recuperaram das medidas de isolamento social impostas pelo vírus e que começaram a ser adotadas, em maior grau, a partir de março.
Um exemplo do caminho a trilhar até uma recuperação é o PIB do Reino Unido divulgado nesta quinta-feira. A contração do PIB foi de 20,4% em abril na comparação com março, a maior já registrada no comparativo mensal.
E embora as principais economias do mundo estejam tomando medidas para flexibilizar o isolamento social, o vírus segue avançando. O novo coronavírus já contaminou 7,6 milhões de pessoas e causou 424 mil mortes em todo o mundo.
Na Ásia, o índice Sanghai SE ficou praticamente estável, com pequena variação negativa de 0,04% e o Hang Seng Index, de Hong Kong, recuou 0,73%. Já o Nikkei 225, de Tóquio, registrou variação negativa de 0,75%.
Coronavírus
O Brasil ultrapassou as 40 mil mortes, segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada no início da noite de ontem (11). O balanço apontou 1.240 novas mortes e 30.412 novos casos de covid-19 nas últimas 24h. Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 40.919 falecimentos em função da pandemia do novo coronavírus e 802.828 pessoas infectadas. O país conta ainda com 416.314 pessoas em observação e 345.595 estão recuperados.
O mundo registra 7.531.872 de casos de coronavírus e 421.801 mortes, confirmadas hoje pela Universidade Johns Hopkins.
Brasil
Vale a pena ficar de olho na reação do investidor à volta do presidencialismo de coalizão, com a recriação do Ministério das Comunicações e entrega do comando a um parlamentar do centro político.
Com a missão de pacificar a conturbada relação entre Congresso e Planalto, o presidente Bolsonaro nomeou o deputado federal Fábio Faria como titular da pasta. Faria tem um bom histórico de intermediar crises e possui boa interlocução não apenas no parlamento, como também entre os ministros do STF, além de ter amizade com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Outra mudança parece estar sendo preparada: o presidente pode separar o ministério da segurança pública da pasta da justiça, colocando como ministro Alexandre Ramagem, recentemente impedido pelo STF de assumir o comando da PF, mas ainda não há uma confirmação oficial, nem mesmo uma data estipulada para a mudança.
As páginas policiais voltaram a ganhar espaço na política brasileira: a pedido do MP de São Paulo, a justiça quebrou o sigilo do escritório de advocacia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e de sua mãe, que é sócia no escritório, em investigação que apura suposto enriquecimento ilícito.
Ibovespa e dólar de ontem
A B3 esteve fechada por causa do feriado. O índice S&P500 desabou quase 6%, ficando pertinho do limite de oscilação de 7% que desencadearia uma pausa obrigatória nos negócios. Papéis de companhias aéreas, de cruzeiros e de turismo sentiram de novo o peso do temor de novas infecções.
O EWZ, principal fundo de índice do Brasil, desabou 7,84%, acelerando a queda à tarde, quando os EUA informaram que os novos casos de covid-19 voltaram a subir em vários estados americanos. Destaque foi o tombo de quase 22% da Azul.
Com o dólar se fortalecendo mundo afora, o câmbio por aqui demanda atenção redobrada do investidor.
Agenda Econômica
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