O Ibovespa fechou em forte alta nesta terça-feira (18) após o presidente Jair Bolsonaro reforçar seu apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro disse que a saída de Guedes jamais foi cogitada e que a possibilidade do governo furar o teto de gastos é nula.
O Ibovespa subiu 2,48%, aos 102.065 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,008 bilhões. Foi a maior alta do índice em uma única sessão desde 8 de junho, quando o benchmark disparou 3,18%.
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Também ajudou no otimismo do dia a temporada de resultados, com mais uma surpresa positiva da Magazine Luiza, cujas ações dispararam quase 10%, puxando o desempenho das demais empresas do setor de varejo.
A Magazine Luiza registrou prejuízo ajustado de R$64,5 milhões no segundo trimestre, ante lucro de 85,2 milhões um ano antes. A varejista teve um salto nas vendas do segundo trimestre, uma vez que suas vendas pelo comércio eletrônico compensaram com sobras a queda nas vendas das lojas físicas, fechadas desde meados de março devido às medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19.
Apesar do dado aparentemente negativo, o prejuízo ficou abaixo da mediana da estimativa compilada pelo consenso Bloomberg, de R$ 127,8 milhões (com variação nas expectativas entre dado negativo de R$ 122 milhões e R$ 136 milhões).
A receita líquida da companhia, por sua vez, teve alta de 29%, atingindo R$ 5,57 bilhões e também ficando acima do esperado, que era de R$ 5,02 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) teve queda de 62% entre abril e junho na comparação anual, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) passou de 8,8% para 2,6% na comparação ano a ano.
Já a Petrobras informou o início da oferta de troca de títulos não registrados emitidos em 18 de setembro de 2010 por títulos registrados na Securities and Exchange Commision (SEC, a CVM americana) de sua subsidiária integral Petrobras Global Finance.
Já a fabricante de softwares de gestão Totvs ameaçou nesta segunda-feira ir à Justiça contra os termos da proposta de compra da Linx pela empresa de meio de pagamento StoneCo. A Totvs também tem interesse na empresa de software.
A Stone anunciou na semana passada acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx, numa transação em dinheiro e ações que avalia a produtora de programas para varejo em R$ 6,4 bilhões.
Um dos pontos polêmicos da proposta é uma multa em caso de fracasso do negócio. A Stone deve pagar R$ 605 milhões de reais para a Linx, caso o Cade não aprove a transação, mas a Linx teria que pagar a multa se aceitasse uma proposta concorrente. Também está previsto punição se a assembleia da Linx não aprovar o negócio.
“Reafirma, assim, a Totvs, a sua intenção de, se concluída a transação objeto da sua proposta, questionar, pelos meios legais cabíveis, a legalidade do referido ônus e a lesão ao interesse e à soberania dos acionistas da Linx”, disse, em comunicado, a Totvs.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu investigação sobre a transação anunciada, enquanto investidores criticaram os termos da oferta da Stone por oferecer termos diferenciados a executivos da Linx, o que configuraria conflito de interesses.
E em meio a um processo bilionário de recuperação judicial e da venda de ativos, a Oi espera captar R$ 2 bilhões para a expansão de sua rede de fibra ótica, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”.
Essa operação deve ser feita no máximo até o início do ano que vem, segundo a reportagem, que deve ter os ativos da área de fibra ótica como garantia.
A captação só será feita, no entanto, se os credores aprovarem, em assembleia prevista para o dia 8 de setembro, as mudanças propostas pela direção da Oi no plano de recuperação judicial.